O contador Luiz Carlos Alves foi indiciado por conta de sua militância estudantil no período ditatorial. na Ação Popular Marxista Leninista do Brasil (APML do B), organização política de esquerda extraparlamentar, formada em sua grande maioria por universitários, intelectuais e artistas católicos. Alves era estudante de história e tinha vinte e dois anos.
A trajetória política de Alves começou em 1967 na Juventude Estudantil Católica (JEC). Posteriormente, passou a militar na AP (Ação Popular) que se tornou depois APML. Em seguida, em meados de 1971, Alves conta que houve um movimento de incorporação da AP pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), e o estudante passou a militar no partido.
Quando foi condenado a 2 anos de cadeia, o contador relata que assumiu outra identidade para poder trabalhar e se sustentar e ficou dois anos clandestinamente dentro do Brasil, voltando para Juiz de Fora apenas quando sua pena prescreveu.
Para Luiz Carlos Alves, “hoje, se nós temos um país que tem uma liberdade política plena com o partido que quiser se institucionalizar e se legalizar, (…) é um pouco por causa dessa resistência.” O contador acredita que a soma das pequenas ações foi importante para o início do processo de reconquista da liberdade politica para o povo brasileiro.
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