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“Eu sei que eu tive muita sorte. Mais um pouquinho, eu talvez estivesse no meio do pessoal, talvez não tivesse nem sobrevivido” – Maria Andrea Rios Loyola

MARIA ANDREAA professora Maria Andrea Rios Loyola nasceu em Pouso Alegre, filha de um militar. Formou-se na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e foi fazer mestrado em  Antropologia no Museu Nacional do Rio de Janeiro.  No ano de 1964, retornou à Juiz de Fora e começou a lecionar na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Na cidade, desenvolveu várias teses e artigos acadêmicos, inclusive, em um deles descobriu fatos importantes sobre a cidade, ao entrevistar os operários.

 

 

Depois de retornar ao RJ para fazer seu mestrado, em 1969, ficou sabendo por um amigo que havia sido aposentada involuntariamente pela UFJF. Respondeu a um inquérito juntamente com outros três professores da instituição. Segundo a depoente, a acusação seria de que suas opiniões divergiam com o padrão da sociedade da época.

 

Por conta das perseguições que estava sofrendo, Maria Loyola exilou-se na França, onde permaneceu por quatro anos. Durante sua estadia no país, aproveitou para escrever sua tese de doutorado e conheceu importantes sociólogos mundiais e personalidades políticas. Para ela, a sua inclinação nunca foi política, também não se considera uma aliada da esquerda, e sim uma das causas sociais.

 

Maria Andrea ainda declara que considera sorte o fato de não ter sido presa na época da repressão: “eu sei que eu tive muita sorte. Mais um pouquinho, eu talvez estivesse no meio do pessoal, talvez não tivesse nem sobrevivido”.

 

Tem interesse neste depoimento? Acesse a transcrição na íntegra.