Fechar menu lateral

“Achavam que eu sabia de muita coisa, que eu estava mentindo, porque eu não falava mais nada” – Colatino Lopes Soares Filho

Colatino_LopesColatino Lopes Soares Filho foi preso em 1968 em Juiz de Fora. Segundo o professor aposentado, ele foi sequestrado dentro de casa e levado para o Quartel General (QG).  Durante este período a família não foi comunicada de sua prisão. “A prova de que ninguém sabia onde eu estava é, que da cela deu para ver que meu cunhado esteve no QG. E dez minutos depois ele saiu, pegou o carro, foi embora. Depois eu fiquei sabendo que falaram com ele que eu não estava preso lá, que ninguém sabia onde eu estava.”

Ex-militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), também atuou à frente da União da Juventude Estudantil Secundarista(UJES), na década de 1960. Colatino contou que enquanto esteve detido no QG sofreu torturas físicas e psicológicas. Tiravam-lhe as roupas durante a noite, faziam vários interrogatórios e, segundo ele levou “correntadas” dos militares. “[…] eu lembro que, aqui em Juiz de Fora, eu levei uma correntada”, disse.

Em 1969 foi transferido para Belo Horizonte, onde de acordo com o ex-militante, sofreu intensas sessões de torturas porque acreditavam que ele possuía informações importantes. “Achavam que eu sabia de muita coisa, que eu estava mentindo, porque eu não falava mais nada”, relatou.

Tem interesse neste depoimento? Acesse a transcrição na íntegra.