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Tem um projeto de pesquisa inovador? Precisa patentear? Conheça o NIT da UFJF

Um case de sucesso. Assim pode ser analisado o Kit Estéril, produto desenvolvido pelo médico mastologista Geraldo Sérgio Vitral, auxiliado pela professora da Universidade Federal de Juiz de Fora Nádia Rezende Barbosa Raposo, que no último mês recebeu a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização.

Kit estéril é um dos exemplos de sucesso do NIT.

O Kit Estéril, que faz um diagnóstico mais preciso do câncer de mama, quando comparado aos produtos e métodos já existentes no mercado, é o primeiro da UFJF a ser viabilizado para comercialização na área da saúde.

E para esse processo, foi importante que os pesquisadores buscassem ajuda no Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UFJF, gerenciado, desde 2005, pelo Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt).

Dentre as atribuições do Critt, enquanto NIT, estão: zelar pela manutenção da política institucional de estímulo à proteção das criações, licenciamento, inovação e outras formas de transferência de tecnologia e avaliar a solicitação de inventor independente para adoção de invenção pela UFJF. Caso necessário, o setor de Transferência de Tecnologia seleciona, também, possíveis parceiros, entre o corpo de pesquisa (docentes e empresas juniores) da UFJF, para atender a demandas como, por exemplo, testes para assegurar eficiência/aplicabilidade de um dado produto inovador.

Segundo Débora Marques, responsável pelo setor de Transferência de Tecnologia da UFJF, antes do surgimento dos NIT’s no país, muitas pesquisas aplicadas – com grande potencial inovador e de aplicação no mercado – se tornavam apenas artigos científicos: “muito dos recursos investidos em pesquisas aplicadas nas universidades, embora trouxessem resultados eficazes, não chegavam ao mercado, ou seja, não beneficiavam – diretamente – à sociedade em geral, já que a grande maioria delas eram divulgadas em artigos e podiam ser facilmente copiadas, sem antes receber algum tipo de proteção intelectual.” Explica ela.

Dessa forma, de acordo com Débora, o NIT tem como função assessorar as pesquisas aplicadas da UFJF, para isso, segundo ela, “há duas formas de trabalho: o primeiro é cuidar dessa invenção, fazer com que ela seja protegida, que no caso do Critt, tem como responsável o setor de Proteção ao Conhecimento. Nesse setor, há a proteção do projeto inovador, da tecnologia. É feita uma análise se será preciso ou não fazer um depósito de patente. Ainda, no setor de Proteção ao Conhecimento, se realiza também o acompanhamento das taxas que devem ser pagas para se obter um registro ou depósito. Após essa fase de proteção, os pesquisadores são assessorados pelo setor de Transferência de Tecnologia, que pode auxiliar na abertura de uma empresa, a qual poderá, inclusive, ser direcionada à Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do Critt (IBT) ou, para os casos em que os pesquisadores não desejem abrir uma empresa, o setor fornece ajuda na prospecção de empresas que podem ser possíveis parceiras da instituição, através de licenciamentos, que possibilitam que essas empresas possam fabricar e comercializar as tecnologias desenvolvidas na universidade.”

Nos quase cinco anos de pesquisa e criação, o Kit Estéril passou por todos os processos citados: “O produto foi gerado – pelo Dr. Geraldo Vitral – dentro do mestrado (cf.) de farmácia, desenvolvido junto à pesquisadora e foi feita a adoção do depósito de patente. Após isso, foi licenciado, recebeu o apoio de um programa da UFJF, que no caso, foi o Programa de Incentivo à Inovação (PII) e foi transferido.” Detalha Débora.

De acordo com Albertina Santos, responsável pelo setor de Proteção ao Conhecimento, após a conclusão do ciclo produtivo, os benefícios dos produtos criados nas universidades atingirão várias esferas. “Como no caso do Kit Estéril, além de trazer benefícios claros para a sociedade – como o avanço na tecnologia usada pelas mulheres que precisam fazer o exame de câncer de mama, por exemplo – no campo econômico, deixa-se de importar tecnologias, sendo que muito dos inventos criados passam a ser, inclusive, exportados. Há, assim, uma contribuição econômica muito importante para o desenvolvimento do país.” Explica Albertina.

Maiores informações sobre o NIT da UFJF podem ser obtidas nos setores de Proteção ao Conhecimento e Transferência de Tecnologia, ambos localizados no Critt, cujo telefone de contato é 2102 3435.