Na segunda-feira (06/05) o Cineclube Movimento deu início a mostra “Mostra de Cinemas do Brasil: Quando a sala de projeção vira personagem” coordenada por Eudaldo Monção Jr. da Memorabilia filmes que também assina a curadoria junto com Christian Jafas (Diretor do filme Cine Paissandu: Histórias de uma geração). O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia, através da contemplação da proposta na 4ª Chamada do edital de intercâmbio e mobilidade artística.
Os filmes da mostra contribuem para o debate sobre a situação das salas de exibição cinematográfica, cujos prédios que ainda estão em funcionamento, enquanto cinemas nas ruas, resistem nas calçadas da cidade, sobrevivendo aos impactos das mudanças que sofreram para se manterem vivos na configuração do espaço citadino.
Todas as sessões serão seguidas de debate ao final das exibições, aberto para todos os públicos.
Classificação indicativa: livre
Horário e local: 14:30 hrs no Instituto de Artes e Design (IAD) – UFJF
Programação:
06/05 – Abertura
Cine Rio Branco
Direção: Eudaldo Monção Jr. – Nazaré/BA
Duração: 17’33’’
Sinopse: Em seu aniversário de noventa anos, o majestoso Cinema Rio Branco vira filme e estreia nele mesmo.
Cine Centímetro – Valença/RJ
Direção: Dannon Lacerda
Duração: 15’27’’
Sinopse: Curta metragem que narra o reencontro dos primos Pedro (Malvino Salvador) e Ari (Otto Jr.) em uma cidade interiorana onde recordam a infância e a paixão pelo cinema. Selecionado em mais de 50 festivais e com 11 premiações.
Extintos Cinemas – Sertão do Pajeú/PE
Direção: William Tenório
Duração: 13’06’’
Sinopse: Dois jovens cineastas afogadenses, Willian Tenório e Bruna Tavares, pretendem contar através de um curta metragem a história dos extintos cinemas de algumas cidades do Alto Pajeú. Entre elas estarão o “Cine-Theatro São José”, do “Cine Art” e “Cine Plaza”, ambos em Serra Talhada.
Uma balada para Rocky Lane – Arcoverde/PE
Direção: Djalma Galindo
Duração: 20’00’’
Sinopse: Arcoverde, sertão de Pernambuco. Um homem conheceu o cinema, trabalhou no cinema e viveu para o cinema. No início dos anos 80 o cinema fechou, e essa foi a maior tragédia de sua vida. Rocky Lane viveu o dilema entre manter a sua própria fantasia ou se despir do personagem e assumir sua identidade real, que pouca gente conhece.
Memórias do Cine Argus – Castanhal/PA
Direção: Edivaldo Moura
Duração: 19’50’’
Sinopse: O Cine Argus movimentou a vida cultural da cidade de Castanhal, no nordeste do Pará, e influenciou diversas gerações durante seu período de funcionamento, de 1938 até seu fechamento em 1995. O filme recupera a história desse importante cinema de rua, através do entrelaçamento de memórias de funcionários e frequentadores.
13/05 – Memorabília
A morte do Cinema – Cachoeira/BA
Direção: Evandro de Freitas
Duração: 20’00’’
Sinopse: Quando levantou a casa, o sonho viveu lá. Depois morreu e tudo mudou: ficou a ruína. Dizem que ruína é coisa alguma, mas não é verdade. Ruína é a casa do abandono.
Cine Rincão – São Paulo/SP
Direção: Fernando Grostein Andrade
Duração: 14’56’’
Sinopse: Baseado em fatos reais, “Cine Rincão” narra a história de Paulo Eduardo, um jovem da periferia de São Paulo, que aos 15 anos sobreviveu a um tiro no peito. Hoje, Paulo Eduardo sonha em ser diretor de cinema.
O que se memora – Zona da Mata/PE
Direção: Caio Dornelas e Ernesto Rodrigues
Duração: 10’10’’
Sinopse: A história da vida de cinemas mortos.
Cinemas de Rua de Curitiba – Curitiba/PR
Direção: Roberval Machado
Duração: 5’00’’
Sinopse: Vídeo realizado com somente fotos sobre os cinemas de rua de Curitiba com depoimento de Zito Alves Cavalcanti. Trabalho feito para pós-graduação em documentários da Unicuritiba em setembro de 2006.
Cine Paissandu: histórias de uma geração – Rio de Janeiro/RJ
Direção: Christian Jafas
Duração: 14’56’’
Sinopse: Sinopse não revelada
20/05 – O cinema vive!
Cine S. José – Afogados da Ingazeira/PE
Direção: William Tenório
Duração: 11’30’’
Sinopse: O Cine S. José foi construído em 1942, na cidade de Afogados da Ingazeira no Sertão de Pernambuco, em meados dos anos 80 os projetores são vendidos e o cinema é fechado. Abandonado o teto desaba só restando à fachada. Em 1994 um grupo de pessoas inicia um trabalho de reconstrução.
Cine Vaz Lobo – Rio de Janeiro/RJ
Direção: Luiz Claudio Lima
Duração: 06’10’’
Sinopse: O documentário mostra a luta dos moradores e pesquisadores para a transformação do Cine Vaz Lobo em Centro Cultural.
Cinema, Onde Você Está? – Caruaru/PE
Direção: Edvaldo Santos
Duração: 15’00”
Sinopse: O fechamento dos últimos três cinemas de rua da cidade de Caruaru, em Pernambuco.
Cinema do Meu bairro, cadê você? – Rio de Janeiro/RJ
Direção: Renata Lima
Duração: 13’00”
Sinopse: A partir de um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, o filme revive a era de ouro do cinema de rua no Brasil. Memórias íntimas ajudam a contar a história dos três cinemas de Santa Cruz: o gigante cinema Palácio, o cativante cine pulguento e o controverso cinema da Igreja.
Cine Brasília – Carazinho/RS
Direção: Boca Migotto
Duração: 20’00”
Sinopse: Três apaixonados por filmes lutam para manter aberto o Cine Brasília, um dos últimos cinemas de calçada do sul do Brasil. Com a morte do proprietário, o cinema, finalmente, fecha as portas.
22/05 – O novo cinema de rua
Cosmorama – Relatos dos cinemas em Caruaru – Caruaru/PE
Direção: Moema França
Duração: 14’06”
Sinopse: A uma hora e meia do Recife, a cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, por muito tempo teve destaque na região pela quantidade de cinemas de rua que haviam no município. Os cinemas, hoje transformados em igrejas evangélicas, no entanto, ainda fazem parte das lembranças dos moradores. O documentário “Cosmorama” traz as histórias e memórias contadas por quem viveu pequenas aventuras nos cinemas Irmãos Maciel, Grande Hotel, Santa Rosa e Caruaru. Para os mais novos, resta a provocação: você sabia que aqui tinha um cinema?
Sessão entre amigos – João Pessoa/PB
Direção: Cristhine Lucena
Duração: 22’45”
Sinopse: O filme apresenta diversas ações cineclubistas realizadas em João Pessoa, Paraíba.
Cine Éden – Ipiaú/BA
Direção: Edson Bastos e Henrique Filho
Duração: 15’00”
Sinopse: Cine Teatro Éden, localizado na cidade de Ipiaú-BA, foi palco de muitas histórias que marcaram diversas gerações com exibições de filmes, peças teatrais e shows musicais. Mais de 20 anos se passaram após o seu fechamento e o tombamento da sua fachada, e até hoje muitos sonham com o Novo Cine Éden.
Casa sem Janela – Rio de Janeiro/RJ
Direção: Juliette Yu-Ming, Marcelo Engster e Vitor Kruter
Duração: 13’04”
Sinopse: “Aquele que não sentiu a perda de um cinema que frequentou durante anos, tem o coração de pedra ou a memória nublada.” Carlos Drummond de Andrade.
Um documentário sobre os cinemas de rua cariocas.
27/05 – Espectadores
Entre Andares – Recife/PE
Direção: Aline Van der Linden e Marina Moura Maciel
Duração: 14’50”
Sinopse: No centro do Recife, cinco pessoas resistem junto a um prédio em estado de degradação. Enquanto contam suas histórias pessoais, memórias do prédio e da cidade são reveladas.
Cine São Vicente – São Vicente Férrer/PE
Direção: Kleber Camelo
Duração: 21’00”
Sinopse: Cine São Vicente reabre com forte diálogo sobre memória e patrimônio.
Isso Vale um filme – Maceió/AL
Direção: Bruna Cabral, Gisele Siqueira, Italo Rodrigues, Suednes Teixeira, Taynah e Wellington Caetano
Duração: 15’10’’
Sinopse: “Quando as ruínas de um cinema ganham vida sua história nos é revelada.” Isso Vale um Filme é o mais novo documentário realizado pelos alunos do Ateliê Sesc de Cinema sobre o Cine Plaza, cinema do bairro do Poço (Maceió – AL) situado nas imediações do Vale do Reginaldo que marcou a memória de muitas pessoas.
Victor vai ao cinema – Olinda/PE
Direção: Albert Tenório
Duração: 11’20”
Sinopse: Filme de resistência que instiga o reconhecimento da trajetória e personalidade do multiartista Victor Moreira em meio a ocupação do Cine-Olinda.
29/05
Cine São Paulo – O Estado das coisas – Dois Córregos/SP
Direção: Ricardo Martensen e Felipe Tomazelli
Duração: 77’00”
Sinopse: Desde 1940, quando seu pai comprou um cinema na cidade de Dois Córregos, a vida de Chico passou a ser dedicada ao local. O edifício, que está deteriorado, precisa ser restaurado e Chico tem a obsessão de fazer o velho cinema voltar a funcionar.Desde 1940, quando seu pai comprou um cinema na cidade de Dois Córregos, a vida de Chico passou a ser dedicada ao local. O edifício, que está deteriorado, precisa ser restaurado e Chico tem a obsessão de fazer o velho cinema voltar a funcionar.