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A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio da Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf) e da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), publicou esta semana o edital do “Programa Institucional para Acolhimento e Apoio a Estudantes Cotistas”. O objetivo é favorecer a permanência de alunos de baixa renda, egressos de escolas públicas, negros e indígenas na Universidade. A iniciativa é pioneira e irá abranger os campi de Juiz de Fora e Governador Valadares.
Ao todo, o edital oferta 45 bolsas para graduandos, distribuídas por diferentes áreas.
Os estudantes contratados atuarão como tutores acadêmicos de alunos cotistas que apresentarem dificuldades, forem indicados ou buscarem o serviço. O suporte será oferecido, especialmente, durante o primeiro ano da graduação, quando são mais elevadas as taxas de evasão.
Os interessados em concorrer a uma das vagas devem realizar inscrição pelo e-mail bolsatutoriaufjf@gmail.com, até 17 de abril. Para se candidatar, é preciso ser estudante de qualquer curso de graduação da UFJF, a partir do 3º período; ter disponibilidade de 12 horas semanais para realização de atividades de acompanhamento nos estudos dos alunos cotistas, realizadas em seus respectivos cursos; além de quatro horas mensais para atividade de formação a ser oferecida pela Diaaf.
As vagas serão distribuídas, no Campus Juiz de Fora, entre as áreas de Artes e Design e Arquitetura (5); Ciências Humanas (11); Sociais Aplicadas (6); Ciências Biológicas e Saúde (9); Ciências Exatas (8) e, no campus Governador Valadares entre os Institutos, Ciências da Vida (4); e Ciências Sociais Aplicadas (2).
Acolhimento e permanência
De acordo com o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Moreira de Oliveira, a iniciativa faz parte da política de acompanhamento da Diaaf junto às Pró-reitorias de Assistência Estudantil (Proae) e de Graduação (Prograd). “Os tutores vão acompanhar, acolher, perceber as dificuldades e estar à disposição dos estudantes cotistas, auxiliando-os nos trabalhos e estudos, buscando reverter a dificuldade que muitos têm assim que ingressam na universidade. A ideia é diminuir os índices de evasão, retenção e trancamento de cursos por parte desses graduandos e atender aos desafios de ingresso e permanência desses grupos na Universidade”, explica.
A medida é mais um esforço da UFJF em incentivar a inclusão de grupos historicamente excluídos do ensino de graduação. “Nós temos um grupo muito grande de estudantes que vêm de famílias com renda de até 1,5 salário mínimo per capita e, além disso, de escolas públicas, que precisam se adequar ao ritmo da academia. Sendo assim, acolhimento e apoio são aspectos fundamentais para permanência desses estudantes na Universidade e para a democratização, de fato, do espaço universitário”, afirma Oliveira.
A avaliação é compartilhada pela pró-reitora de Graduação, Maria Carmen Simões Cardoso de Melo. “O lançamento deste edital, por iniciativa da Diaaf, é motivo de muita alegria no sentido de atender determinadas demandas. É algo que faz parte de um todo, pois que se soma e vem ao encontro de outras ações já em curso ou em processo. Assim, ao envolvimento da Prograd, da Proae e da Diaaf, se articulam as outras Pró-reitorias e Diretorias em atenção a uma política formativa que seja realmente inclusiva.”
Outras informações: (32) 2102-6919 – Diretoria de Ações Afirmativas UFJF