Terça-feira |
Quarta-feira |
Quinta-feira |
Sexta-feira |
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Teorias da Cultura e da Moda (2039002) – 4 créditos Elisabeth Murilho |
08h30 às 12h30
(sala 212)
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Seminário Avançado em Artes, Cultura e Linguagens (3022001) – 4 créditos
Raquel Quinet |
14h às 18h
(sala 212)
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Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens II (2039012) – 4 créditos Maria Claudia Bonadio |
18h30 às 22h30 (sala 106)
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Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens VII (2039034) – 3 créditos
Gilton Monteiro |
09h às 12h
(sala 212)
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Narrativas em Cinema e Audiovisual (2039019) – 4 créditos
Christian Pelegrini |
14h às 18h
(sala 212)
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Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens III (2039013) – 4 créditos
Luiz Carlos Junior |
18h às 22h
(sala 212) |
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Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens IV (2039014) – 4 créditos Marília Xavier |
08h às 12h (sala 212) |
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Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens V (2039032) – 1 crédito
Rui Gonçalves |
14h às 17h
(sala 212) Primeiro encontro: 19/10 Último encontro: 23/11 |
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Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens VI (2039033) – 2 créditos
Luiz Castelões |
09h as 11h
(sala 09) |
OBS.:
EMENTAS:
Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens II – Moda e gênero no século XIX: uma “história visual”Ementa: Partindo a ideia proposta por Ulpiano B. Meneses de que uma história visual seria aquela produzida especialmente a partir de “problemas visuais”, a disciplina irá se dividir em duas partes tendo como fio condutor as seguintes temáticas: moda e gênero no século XIX e a história visual.
Na primeira parte da disciplina, o foco será o livro “O Espírito das Roupas”, resultado da tese de doutorado de sua autora Gilda de Mello e Souza defendida em 1950, publicado em 1987 e recebeu nova edição por ocasião do centenário da autora em 2019. Considerando que a obra, para além do pioneirismo é também precursora em relação aos estudos em moda (fashion studies) no Brasil, a obra irá nortear a disciplina, uma vez que a partir desse trabalho iremos analisar a importância do uso de fontes literárias e iconográficas para o estudo da moda no século XIX e em especial no que diz respeito à relação entre gênero, corpos e aparências. Deste modo, além da obra em si, a disciplina irá abarcar também a leitura de: obras literárias que colaboraram para a formação do pensamento da autora acerca de gênero e sexualidade, de alguns textos de crítica de arte, cinema e literatura por ela produzidos ao longo de sua carreira e que reverberam seu “pensamento visual” acerca dos temas abordados no livro e ainda, alguns teóricos que já no início do século XX formulavam “teorias” sobre moda e gênero e com os quais “debate” em seu livro. Ainda que “O Espírito das Roupas” seja o “fio condutor” da disciplina, também serão debatidos trabalhos da área dos fashion studies posteriores a ele, mas que dialogam diretamente com as ideias de Gilda de Mello e Souza no que concerne à relação entre corpo, moda e gênero, demonstrando assim, a atualidade da obra.
Já na segunda parte, como contraponto ao livro de Gilda de Mello e Souza, que trata do que hoje denominamos “moda hegemônica”, iremos abordar também das dissidências de gênero no século XIX, partindo do mesmo procedimento, lendo trabalhos que abordam tais dissidências e suas fontes, focando especialmente o conceito de dandismo a partir de estudos sobre o tema e especialmente da leitura de obras literárias e textos avulsos produzidos por “dândis” do XIX, tais como Charles Baudelaire, Joris-Karl Huysmans e especialmente Oscar Wilde, de quem analisaremos também a produção de si como artefato estético a partir do uso das roupas e das fotografias. Tal como no caso de “O Espírito das Roupas”, os trabalhos de Wilde também serão colocados em diálogo com trabalhos mais contemporâneos, como o de Susan Sontag, que fazem análises “visuais” de seu trabalho e figura.
Esse curso tratará, portanto, de moda, gênero, produção literária e cultura visual.
Fontes e Bibliografia:
Assis, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro : Nova Aguilar 1994. (leitura de contos)
Balzac, Honoré de; Baudelaire, Charles; d’Aurevilly. Manual do dândi. Tradução: Tomaz Tadeu. Autêntica, 2009.
Barthes, Roland. Inéditos vol. 3: imagens e moda. São Paulo: Editora Martins Fontes. 2005.
Baudelaire, Charles. O Pintor da Vida Moderna. Autêntica Editora Ltda, 2010.
Beckson, Karl. Oscar Wilde and the Green Carnation. English Literature in Transition, 1880- 1920, Volume 43, Number 4, pp. 387-397, 2000.
Bolon, Patrice. A moral da máscara: merveilleux, zazous, dândis, punks, etc. Rio de Janeiro: Rocco, 1993
Bolton, Andrew. Camp: Notes on Fashion. New York: Metropolitam Museum of Art, 2019.
Cole, Shaun. ‘Don we now our gay apparel’: Gay Men’s Dress in the twentieth century. Oxford/New York: Berg, 2000.
Felski, Rita. The gender of modernity. Cambridge, Massachusetts London: Harvard University Press, 1995.
Flügel, J. C. A psicologia das roupas. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1966.
Holland, Merlin. O Álbum de Oscar Wilde. Trad. Marcelo Hollenberg. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
Huysmans, Joris-Karl. Às Avessas. Trad. José Paulo Paes. São Paulo: Penguin, 2011.
Meneses, Ulpiano T. Bezerra. Fontes visuais, cultura visual, História visual. Balanço provisório, propostas cautelares. Rev. Bras. Hist. 23 (45) • Jul 2003.
Mitre, Maria Eugênia. Dandismo: o gesto ressurgente. Tese de doutorado, Comunicação e Semiótica, PUC-SP, 2021.
Pontes, Heloisa. Modas e modos: uma leitura enviesada de O espírito das roupas. Cadernos Pagu, Campinas, n. 22, 2004, p. 13-46.
______. A paixão pelas formas.Novos Estudos -CEBRAP, São Paulo, n. 74, 2006, pp. 87-105. Sontag, Susan (2020). Notas sobre o camp. In: Contra a interpretação e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras. 346-367.
Souza, Gilda de Mello e. O Espírito das Roupas: a moda no século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
______. A ideia e o figurado. São Paulo: Duas cidades/Editora 34, 2005.
______. Exercícios de Leitura. Duas cidades/Editora 34, 2000.
Veblen, Thorstein. A teoria da classe ociosa. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980 [1899].
Wilde, Oscar. O Retrato de Dorian Gray. Trad: Jorio Dauster. Biblioteca Azul. São Paulo: Globo, 2013.
Wilde, Oscar. More upon radical ideas on dress reform. Pall Mall Gazette 40, no. 6224 (11 november, 1884).
Wilde, Oscar The Philosophy of Dress. (1885). (Traduzido em português) Wilson, Elizabeth (1985). Enfeitada de Sonhos. Lisboa: Edições, 70.
Bibliografia complementar:
Alencar, José de. Lucíola. Rio de Janeiro, Garnier, 1872.
Baudelaire, Charles. Flores do Mal. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras. 2019.
Baudelaire, Charles. O “Spleen” de Paris: Pequenos Poemas em Prosa. São Paulo: Martin Claret, 2010.
Bonadio, Maria Claudia (2017). Algumas Anotações (e Questões) sobre Gilda de Mello e Souza e a moda como objeto de estudo. Revista Prâksis, 1, 5–20.
Bonadio, Maria Claudia (2023). Oscar Wilde, Dener Pamplona de Abreu: Approaches of DIY by the use of clothes, appearances, and photographs. DIY, Alternative Cultures & Society, 1(1), 65–78.
Chauí, Marilena. A dignidade do feminino; Miceli, Paulo e Matos, Franklin de. Gilda: A Paixão pela Forma. Ouro sobre azul: Rio de Janeiro, 2007, p. 23-50.
Entwistle, Joanne; Wilson, Elizabeth. The clothed body. In: Wollen, Peter; Bradley, Fiona. Addressing the century: 100 years of art and fashion. London: Hayward Gallery Pub., 1999, p.106-11.
Elmann, Richard (1987). Oscar Wilde. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
Focillon, Henri. A vida das formas: Elogio da mão.Lisboa: Edições 70
Galvão, Walnice Nogueira (org.). A palavra afiada.Rio de Janeiro: Ouro sobreazul, 2014
Horsley, Jeffrey. Re-presenting the body in fashion exhibitions. International Journal of Fashion Studies, Bristol, v. 1, n. 1, 2013, p. 75-96.
Janes, Dominic (2016). Oscar Wilde prefigured: queer fashioning and British caricature,1750– 1900. Chicago; London: The University of Chicago Press.
Macedo, Joaquim Manuel de. Rosa. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 18–.
Assis, Machado de. Quincas Borba. Garnier: Rio de Janeiro, 1899
Laver, James. A roupa e a moda: uma história concisa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Newton, Stella Mary Newton. Health, Art & Reason: Dress Reformers of the 19 th century. London: John Murray, 1974.
Novak, Daniel A. Sexuality in the Age of Technological Reproducibility: Oscar Wilde, Photography, and Identity. In: Bristow, Joseph (Ed.). Oscar Wilde and modern culture: the making of a legend. Athens: Ohio University Press, 2008.
Stern, Radu. Against Fashion: Clothing as Art, 1950-1930. Cambridge, Massachusetts/London: Mit Press, 2004.
Taylor, Lou. The study of dress history. Manchester Press University: Manchester, New York, 2002.
Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens III – O BARROCO NO CINEMA E NA CULTURA VISUAL CONTEMPORÂNEA
Ementa: A disciplina tem por objetivo atualizar a discussão sobre o barroco nas artes visuais e, sobretudo, no cinema. Aborda as teorias sobre o barroco na história da arte e a querela conceitual em torno das noções de barroco no campo dos estudos cinematográficos, tendo como pano de fundo as teses que há algumas décadas postulam que a contemporaneidade revive o ethos barroco ou quiçá se apresenta como idade neobarroca (no cinema, na arquitetura, na moda, no entretenimento de massa, no mundo digital etc.). Na segunda parte do curso, o debate se concentra no contexto brasileiro, em que o barroco constitui um dos eixos históricos de formação artística e cultural, com desdobramentos determinantes para a arte modernista, o cinema brasileiro moderno e a cultura midiática contemporânea.
Bibliografia:
AMARAL, Aracy A. Blaise Cendrars no Brasil e os modernistas. 3ª ed. São Paulo: 34, 2021.
ARGAN, Giulio Carlo. Imagem e persuasão: ensaios sobre o barroco. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
AVERINI, Riccardo. “Tropicalidade do Barroco”. In: ÁVILA, Affonso (org.). Barroco: teoria e análise. São Paulo: Perspectiva, 2013.
ÁVILA, Affonso. O lúdico e as projeções do mundo barroco II: áurea idade da áurea terra. 3ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1994.
______. Circularidade da ilusão. São Paulo: Perspectiva, 2004.
BARTHES, Roland. O óbvio e o obtuso. Lisboa: Edições 70, 2018.
BENJAMIN, Walter. Origem do drama barroco alemão. São Paulo: Brasiliense, 1984.
BUCI-GLUCKSMANN, Christine. Baroque reason: the aesthetics of modernity. Londres: Sage, 1994.
______. The madness of vision: on Baroque aesthetics. Athens: Ohio University Press, 2013.
CALABRESE, Omar. A idade neobarroca. Lisboa/São Paulo: Edições 70; Martins Fontes, 1987.
CAMPOS, Haroldo de. O sequestro do barroco na formação da literatura brasileira: o caso Gregório de Mattos. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado, 1989.
______. “Poesia do Barroco”. In: Barroco, n. 20, 2012/2013.
CHARPENTRAT, Pierre. Le mirage baroque. Paris: Les Éditions de Minuit, 1967.
CUBITT, Sean. The cinema effect. Cambridge; Londres: The MIT Press, 2004.
DE BAECQUE, Antoine. “Du concept au fétiche: penser un nouvel âge du cinéma, la critique et le baroque”. In: Vertigo, hors-série, “Projections Baroques”, 2000.
DELEUZE, Gilles. A dobra: Leibniz e o barroco. Campinas: Papirus, 1991.
DIAS, Fernando Correia. “A redescoberta do Barroco pelo movimento modernista”. In: Barroco, nº 4, 1972.
D’ORS, Eugenio. O barroco. Lisboa: Vega, 1990.
FAURE, Élie. Fonction du cinéma. Paris: Denoël, 1990.
FOCILLON, Henri. Vie des formes. 9ª ed. Paris: Presses Universitaires de France, 2010.
GALT, Rosalind. Pretty: film and the decorative image. Nova York: Columbia University Press, 2011.
GOMES JÚNIOR, Guilherme Simões. Palavra peregrina: o barroco e o pensamento sobre artes e letras no Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
GRUZINSKI, Serge. A guerra das imagens: de Cristóvão Colombo a Blade Runner (1492-2019). São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
JAY, Martin. “Regimes escópicos da modernidade”. In: ARS, vol. 18, n. 38, 2020.
MACHADO, Lourival Gomes. Barroco mineiro. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.
NDALIANIS, Angela. Neo-baroque aesthetics and contemporary entertainment. Cambridge/Londres: The MIT Press, 2004.
OLIVEIRA, Rodrigo Cássio. Razão em transe: o barroco e o cinema de Glauber Rocha. Porto Alegre: Fi, 2021.
PLASSERAUD, Emmanuel. Cinéma et imaginaire baroque. Villeneuve d’Ascq: Presses Universitaires du Septentrion, 2007.
REVAULT D’ALLONNES, Fabrice. La lumière au cinéma. Paris: Cahiers du cinéma, 1991.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
THORET, Jean-Baptiste. Dario Argento: Magicien de la peur. Paris: Cahiers du cinéma, 2008.
WALTON, Saige. Cinema’s baroque flesh: film, phenomenology and the art of entanglement. Amsterdã: Amsterdam University Press, 2016.
WÖLFFLIN, Heinrich. Renascença e Barroco. São Paulo: Perspectiva, 1989.
______. Conceitos fundamentais da história da arte. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
XAVIER, Ismail. O cinema brasileiro moderno. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
______. Alegorias do subdesenvolvimento: cinema novo, tropicalismo, cinema marginal. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens IV – Documentário Brasileiro Contemporâneo: estética, política e performance
Ementa: A disciplina busca colocar em discussão um panorama de práticas e estratégias audiovisuais do campo teórico e técnico da produção documental contemporânea. As reflexões serão, sobretudo, acerca das realizações do cinema brasileiro contemporâneo que colocam em debate os limites tradicionais do fazer ficcional e documental. Desse modo, objetiva-se discutir a ascensão de novos sujeitos no cinema, o modo de realização das imagens e suas implicações para a cultura audiovisual brasileira.
Bibliografia:
ALICE, Tania. Performance como revolução dos afetos. São Paulo: Annablume, 2016.
BERNARDET, Jean-Claude. Cineastas e Imagens do Povo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
CAETANO, Daniel (Org). Cinema brasileiro 1995-2005: ensaios sobre uma década. Rio de Janeiro: Azougue, 2005.
COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder: a inocência perdida – cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: UFMG, 2008.
DA-RIN, Silvio. Espelho partido: tradição e transformação do documentário. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2004.
FELDMAN, Ilana. Jogos de cena: ensaios sobre o documentário brasileiro contemporâneo. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicação e Artes – ECA, Universidade de São Paulo – USP. São Paulo, 2012, 162 p.
FÉRAL, Josette. Além dos limites: teoria e prática do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2013.
FOSTER, Hal. O retorno do real: A vanguarda no final do século XX. São Paulo, Cosac Naify. 2014.
FREIRE, Marcius. Documentário: ética, estética e formas de representação. São Paulo: Annablume, 2011.
LEHMANN, Hans-Thies. Teatro Pós‐dramático. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Belo Horizonte: UFMG, 2014.
MIGLIORIN, Cezar (Org.). Ensaios no real: o documentário brasileiro hoje. Rio de Janeiro: Azougue, 2010.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. São Paulo: Exo Experimental org. 2009.
TEIXEIRA, Francisco Elinaldo (Org.). Documentário no Brasil: tradição e transformação. São Paulo: Summuns, 2004.
TEIXEIRA, Francisco Elinaldo. Cinemas “não narrativos”: experimental e documentário – passagens. São Paulo: Alameda, 2012.
Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens V – O modernismo e as transformações de tempo-espaço que ganharam corpo na arte e no design
Desenvolvimento da disciplina: 5 (cinco) encontros semanais às quintas-feiras, de 14 a 17 hrs.
Primeiro encontro: 19-10-2023; último encontro: 23-11-2023.
Ementa: Modernismo é um termo amplamente usado, mas raramente definido, onipresente, utilizado não só na escrita acadêmica, mas nas páginas sobre artes, em jornais, revistas, na televisão, entre outros e, mesmo assim, esconde uma ambiguidade e indefinição de significados. O crítico e ensaísta italiano Giulio Carlo Argan utiliza o termo relacionado ao entusiasmo pelo progresso industrial que sobreveio a consciência da transformação em curso nas próprias estruturas da vida e da atividade social, quando se formou as vanguardas artísticas preocupadas em revolucionar radicalmente as modalidades e finalidades da arte.
Nos nossos encontros estaremos focados nos artistas das vanguardas que propuseram ultrapassar as fronteiras socialmente estabelecidas que, tradicionalmente, distinguiam objetos de usos – os designs – e objetos únicos sem função utilitária – as obras de arte –, artistas esses que podem ser denominados de “designers-artistas”. As nossas preocupações estarão voltadas para o design de têxteis, o design de moda e figurinos para performances de palco.
Bibliografia:
ARGAN, Giulio Carlo. O Modernismo. In: Arte Moderna. São Paulo: Cia da Letras, 1992.
BARTLETT, Djurdja. Fashion East, the spectre that hunted socialism. Cambridge: MIT Press, 2010.
BENTON, Tim. Building Utopia. In: WILK, Christopher (org.). Modernism designing a new world. Londres: V & A Publications, 2006.
BOWLT, John E. e DRUTT, Matthew (Ed.) Amazons of the Avant-garde: Alexandra Exter, Natalia Goncharova, Liubov Popova, Olga Rozanova, Varvara Stepanova and Nadezhda Udaltsova. New York: Guggenheim Publications, 1999.
BURKE, Peter. Testemunha ocular: história e imagem. Bauru: EDUSC, 2004.
CHRISTIE, Ian. Mass-Market Modernism. In: WILK, Christopher (org.). Modernism designing a new world. Londres: V&A Publications, 2006.
DAMASE, Jacques. Sonia Delaunay, fashion and fabrics. London: Thames & Hudson, 1991.
DABROWSKI, Magdalena. Liubov Popova. New York: Museum of Modern Art, 1991.
EVANS, Caroline. The Mechanical Smile. London: Yale University Press, 2013.
GIORDANO, Marina. Sonia Delaunay, la danza del colore. Milano: Selene Edizioni, 2003.
GONÇALVES, Rui Gonçalves. Tecidos modernistas, artefatos artísticos, documentos históricos. In: Designs modernistas: ideias, atitudes e mentalidades em padronagens têxteis. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Design, PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2014.
___. Tecidos para uma moda modernista. In: Designs modernistas: ideias, atitudes e mentalidades em padronagens têxteis. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Design, PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2014.
___. Têxteis modernistas como testemunho ocular. In: Designs modernistas: ideias, atitudes e mentalidades em padronagens têxteis. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Design, PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2014.
GREEN, Christopher. The Machine. In: WILK, Christopher. Modernism designing a new world. London: V&A Publications, 2006.
GRONBERG, Tag. Preforming Modernism. In: WILK, Christopher (org.). Modernism designing a new world. London, V&A Publications, 2006.
HOWART, Shirley R. Raoul Dufy, a celebration of beauty. Jackson: Mississippi Museum of Art, 2009.
LAVRENTIEV, Alexandre. Varvara Stepanova. Paris: Philippe Sers Editeur, 1988.
__. Minimalisme et création textile ou l’origine de la mode constructiviste. In: MUSÉE DE LA MODE ET DU COSTUME. Europe 1910-1939, quand l’art habillait le vetement. Paris: Paris Musées, 1997.
LODDER, Cristina. Searching for Utopia. In: WILK, Christopher (org.). Modernism designing a new world. Londres: V&A Publications, 2006.
MULLER, Ulrike. Bauhaus Women. Paris: Flammarion, 2009.
STADLER, Monika. Gunta Stolzl: Bauhaus Master. New York: MoMA, 2009.
STRIZHENOVA, Tatian. Soviet Costume and Textiles, 1917-1945. Paris: Flammarion, 1991.
TARABUKIN, Nikolai. From the Easel to the Machine. In: GOUGH, Maria. The Artist as Producer: Russian Constructivism in Revolution. Berkeley: University of California Press, 2005.
TOURLONIAS, Anne e VIDAL, Jack. Raoul Dufy L’Oeuvre em Soie. Avignon: Editions A. Barthelemy, 1998.
TROY, Virginia Gardner. Anni Albers and ancient American textiles, from Bauhaus to Black Mountain. Guildford: 2002.
WILK, Christopher (org.). Modernism designing a new world. London: V & A Publications, 2006.
VICTORIA & ALBERT MUSEUM. Diaghilev and the Golden Ages of Ballets Russes. London: 2010.
VOLKER, Angela. Textiles of the Wiener Werkstäte. London: Thames & Hudson, 2004.
YASINSKAYA I. Revolutionary Textile Design. New York: Viking Press, 1983.
Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens VI – Composição Algorítmica
Ementa: Oficina teórico-prática em Composição Musical contemporânea, com foco em um pensar-fazer algorítmico.
(URL com materiais da disciplina: http://www.ufjf.br/mus/mestrado/)
Forma de avaliação: Durante o curso, os participantes devem desenvolver e redigir um (ou mais) exemplo(s) completo(s) de algoritmo(s) que conduza(m) à produção de obra(s) musical(is) autoral(is) e inédita(s). O formato do texto a ser entregue ao final do curso pode ser o de um artigo a ser publicado, capítulo de dissertação, memorial descritivo, ou similar (acompanhado ou não da obra musical pronta). Curso presencial. Com presença obrigatória em todos os encontros do curso.
Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens VII – No corpo das linguagens
Ementa: A “teatralidade”, regime apontado por Michael Fried e ligado à reformulação da relação entre obra de arte, espaço institucional, espectador etc., nos idos da arte contemporânea, adquire hoje um acento problemático, para dizer o mínimo. Se de início esse processo foi marcado por uma operação destranscendentalizada, responsável por redefinir as condições ontológicas que viabilizavam o advento da obra de arte no contexto de uma guinada institucional, o que dizer mediante à superinstitucionalização corrente em nossos dias, redefinindo estruturalmente a lógica de relação entre os trabalhos artísticos com cada um dos setores e dispositivos responsáveis por seu processo de inserção social? É uma questão aporética, claro, que nos convoca à reflexão sobre cada recurso empregado pelos artistas ao abordá-la. Esse curso parte de uma intuição que atribuo, aqui, um caráter de tese: não se trata mais de estabelecer os jogos explorando, à maneira wittigensteiniana, as linguagens nos níveis médios do corpo e do espaço (como, grosso modo, ansiavam o Fluxus, arte conceitual, minimalismo etc.) com vistas a uma abertura topológica, facultando esteio “performático” ao sentido da arte; mas tratá-se de se fazer uma torção e assimilar no nível imanente do corpo e do espaço das linguagens mesmas, a lógica (esteticizada) de operação do meio artístico. Nossa intenção é examinar alguns desses artistas, dedicando atenção ao uso que fazem dos espaços (institucional, arquitetônico, urbano, geográfico, planetário etc.), assim como dos corpos, dos materiais, das linguagens (verbal, escrita, sonora etc.) procurando atentar, enfim, para seus modos de atuação em um mundo amplamente “administrado”.
Narrativas em Cinema e Audiovisual
Ementa: Trata do estudo dos conteúdos narrativos em cinema e audiovisual enfocando as estratégias de construção do discurso e suas relações com modelos de produção e suporte tecnológico dos meios. Abrange tanto o campo do cinema de ficção como do documentário, abordando questões relacionadas a estética, teoria, história e gêneros ficcionais.
Bibliografia:
AUMONT, Jacques. O cinema e a encenação. Lisboa: Texto & Grafia, 2008.
BAZIN, André. O cinema: ensaios. São Paulo: Editora Braziliense, 1991.
BELLOUR, Raymond. Entre-imagens. Campinas: Papirus Editora, 1997.
BERNARDET, Jean-Claude. Brasil em tempo de cinema. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
BORDWELL, David. Narration in the fiction film. Wisconsin: University of Wisconsin Press, 1985.
CARRIÈRE, Jean-Claude; BONITZER, Pascal. Prática do Roteiro Cinematográfico. São Paulo: JSN Editora, 1996.
CHATMAN, Seymour. Story and discourse. Ithaca and London: Cornell University Press, 1978.
CHION, Michel. L’audio-vision, son et image au cinema. Paris: Armand Colin, 2005.
COSTA, Flávia Cesarino. O primeiro cinema: espetaculo, narração, domesticação. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2005.
GAUDREAULT, André; JOST, François. A narrativa cinematográfica. Brasília: UNB, 2010.
GOSCIOLA, Vicente. Roteiro para as novas midias: do cinema as midias interativas. São Paulo: SENAC, 2008.
MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas, pós-cinemas. Campinas: Papirus Editora, 1997.
MANOVICH, Lev. Language of new media. Massachusetts: MIT Press, 2002.
Metz, Christian. A significação no cinema. São Paulo: Editora Perspectiva, 1977.
PLANTINGA, Carl R.. Rhetoric and representation in nonfiction film. Cambridge, Cambridge University Press, 1997.
RAMOS, Fernão Pessoa. Teoria contemporânea do cinema (vol. I e vol. II). São Paulo: Editora Senac, 2005.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa (vol.II). São Paulo: Martins Fontes, 2010.
ROSEN, Phillip. Narrative, apparatus, ideology: a film theory reader. New York: Columbia University Press, 1986.
Teorias da Cultura e da Moda
Ementa: A proposta da disciplina é refletir sobre as transformações históricas, sociais e culturais que levaram ao desenvolvimento dos estilos de vida e da moda e a importância desses temas na modernidade e contemporaneidade. Assim, a primeira parte do curso tratará do processo de civilização dos costumes e transformação dos hábitos em sociedade. Na segunda parte o curso irá abordar as transformações e configurações da cultura de moda na modernidade e contemporaneidade, ou seja, a partir da segunda metade do século XIX até a primeira década do século XXI. Serão analisadas as mudanças na estrutura do sistema da moda e a relação entre moda e identidade no período.
Bibliografia:
BARD, Chirstine. Une histoire politique du pantalon. Paris, Seuil, 2010.
BOLTANSKI, Luc e ESQUERRE, Arnauld. Enrichissement. Une critique de la marchandise. Paris, Gallimard, 2017.
ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador, vol. 1: Uma história dos costumes. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1994.
ENTWISTLE, Joanne. El cuerpo y la moda – una visión sociológica. Barcelona, Paidós Contextos. 2002.
MILLER, Daniel. Trecos, troços e coisas – estudos antropológicos sobre a cultura material. Rio de Janeiro, Zahar, 2010.
RAINHO, Maria do Carmo T. Moda e Revolução nos anos 1960. Rio de Janeiro, Contra Capa/FAPERJ, 2015.
ROCHE, Daniel. A cultura das aparências – uma história da indumentária (séculos XVII-XVIII). São Paulo, Senac, 2007.
SENNETT, Richard. O declínio do homem público. São Paulo, Companhia das Letras, 1998.
VIGARELLO, Georges. Le propre et le sale – l’hygiène du corps depuis le Moyen Âge. Paris, Seuil, 1985.