Horários 1º semestre 2022
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Terça-feira |
Quarta-feira |
Quinta-feira |
Sexta-feira |
Narrativas em Cinema e Audiovisual (2039019) 4 créditos
Christian Pelegrini
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14h às 18h
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TÓPICOS EM ARTES, CULTURA E LINGUAGENS II (2039012) 4 créditos
Marta Castello Branco
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14h às 18h
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TÓPICOS EM ARTES, CULTURA E LINGUAGENS VII (2039034) – 3 créditos
Gilton Monteiro
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14h às 17h |
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TÓPICOS EM ARTES, CULTURA E LINGUAGENS IX (2039044) – 4 créditos Marcelo Vasconcelos
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14h às 18h |
OBS.:Todas as disciplinas aceitarão alunos especiais.
TÓPICOS EM ARTES, CULTURA E LINGUAGENS II – Marta
Título: Vilém Flusser e as Artes
Ementa: Ainda que o pensador das novas mídias, Vilém Flusser, tenha vivido no Brasil por mais de trinta anos, sua obra sobre arte permanece pouco investigada, sobretudo se considerarmos as possibilidades de intertextualidade entre ‘arte e linguagem’, ‘arte e técnica’ e ‘arte e mídia’, que correspondem a temas centrais de sua obra. Durante este semestre nos ateremos a estes três eixos de seu pensamento, incluindo neles o estudo da língua, da música e da cultura brasileira. Também trataremos da relação entre sua biografia e obra, em uma tentativa de elucidar os temas de pesquisa dos alunos a partir da ótica flusseriana.
Bibliografia:
FLUSSER, Vilém. Comunicologia. Reflexões sobre o Futuro. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
_______________. Deixe isto pra lá. Manuscrito. Registro no Arquivo Flusser: 1608 Nr. 2462, [196-?].
_______________. Língua e Realidade. Annablume: São Paulo, 2004.
_______________. Fenomenologia do Brasileiro: em busca de um novo homem. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998a.
_______________. Na Música. Vilém Flusser. São Paulo: Annablume, 2017.
_______________. No Universo das Imagens técnicas. Elogio da Superficialidade. São Paulo: Annablume, 2018.
Páginas da internet
ARQUIVO FLUSSER. http://www.flusser-archive.org/. (Acesso em: 05 de outubro de 2020).
FLUSSER BRASIL. http://www.flusserbrasil.com. (Acesso em: 05 de outubro de 2020).
FLUSSER STUDIES. Flusser Studies | Flusser Studies. (Acesso em: 05 de outubro de 2020).
TÓPICOS EM ARTES, CULTURA E LINGUAGENS VII – Gilton
Título: Linguagem, materialidade, corporeidade e espacialidade.
Ementa: Ao longo do século XX as noções de espaço e corpo adquiriram um peso e significado novos no campo do pensamento artístico, alterando radicalmente as premissas e convenções representacionais vigentes em cada momento. Tais domínios foram sucessivamente desencantados por diversas pesquisas artísticas que revelaram o aparato ideológico ao qual a arte estava atrelada, pondo em evidência as condições materiais sob as quais vinha sendo produzida. Assim, na medida em que são envolvidos na tessitura formal dos trabalhos, corpo, espaço, matéria e linguagem redefinem estruturalmente o estatuto estético da arte e sua atuação no campo da cultura. Partindo das mais recentes investigações rumo à crítica aberta por Marcel Duchamp aos suportes idealistas e metafísicos nos quais a arte estava historicamente implicada, este curso pretende analisar algumas das mais relevantes produções artísticas dos últimos 120 anos, visando compreender suas articulações com cada um destes respectivos domínios.
TÓPICOS EM ARTES, CULTURA E LINGUAGENS IX – Marcelo
Título: Arte, crítica e modernidade: Mario Pedrosa e os sentidos políticos das artes visuais no Brasil.
e-mail: Marcelo.ribeiro84@gmail.com
Apresentação: Mario Pedrosa (1900-1981) é ainda hoje reconhecido como um dos principais críticos de arte do séc. XX e também personagem fundamental da arte moderna brasileira. Em sua trajetória, Pedrosa adotou diferentes interpretações sobre a arte e seu papel na sociedade moderna. Contudo, é possível compreender essas mudanças como parte de uma mesma preocupação com as determinações do modo de produção capitalista sobre as potencialidades criativas da humanidade e sobre a condição da arte e do artista brasileiro frente a sua subordinação a uma tradição europeia. Também é inegável que suas posições estéticas se entrelaçaram ao longo de sua vida com seus posicionamentos políticos, mesmo que tal relação não se apresente de maneira óbvia. Seus entendimentos sobre a produção cultural de seu tempo partiam de uma abordagem materialista da história que também foi mobilizava em seu engajamento político. Durante sua trajetória, a crítica de Pedrosa ao capitalismo tomou formas não ortodoxas, conduzindo-o à busca de novos modelos de ação e organização, assim como novos entendimentos sobre as potencialidades emancipatórias da arte. Se nos textos da década de 1930 Pedrosa ainda afirmava um caráter “social” da arte na medida em que esta expressava, direta ou indiretamente, as convulsões e as lutas de seu tempo, ao longo da década de 1940 os entendimentos de Pedrosa sobre a arte moderna se ampliam, de modo que muitos dos fenômenos que antes eram vistos como exercícios estritamente individualistas passam a serem tomados como experimentações sobre as capacidades comunicativas e cognitivas que
são recobertas de uma dimensão política na medida em que sinalizam a possibilidade de formação de uma sensibilidade capaz de contrapor a frieza e a desumanização da civilização moderna, técnica e racional. Para isto, o artista deveria atuar no próprio campo da linguagem, construindo a partir de suas obras novas comunicabilidades que ultrapassam a representação do mundo e a mediação da realidade pela razão utilitarista. Assim, o curso discutirá uma série de textos fundamentais para a compreensão da interpretação pedrosiana sobre a arte moderna, articulando-os com outros autores que dialogam com as questões apresentadas por Pedrosa em seus textos. A organização das seções do curso privilegiará um recorte cronológico e temático e será apresentado nas próximas versões da ementa.
Bibliografia provisória:
ADORNO, T.W. “Crítica Cultural e Sociedade”. In: Adorno. São Paulo: Ática, 1986.
________ “Sociologia da arte e da música”, in Temas Básicos da Sociologia (Adorno e Horkheimer, orgs.), São Paulo: Cultrix, 1978.
________”Minima Moralia”. São Paulo: Ática, 1989.
ADORNO, T. W. ; HORKHEIMER, M. “A Indústria Cultural: O Esclarecimento como Mistificação das Massas”, in Dialética do Esclarecimento, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
AMARAL, A. Arte para quê? Preocupação social na arte brasileira 1930-1970: subsídio para uma história social da arte no Brasil. São Paulo: Itaú Cultural/Studio Nobel, 2003
ARANTES, O. Mário Pedrosa: itinerário crítico. São Paulo: Cosac&Naify, 2005
ARGAN, G. C. Arte e crítica de arte. Lisboa: Editorial Estampa, 1995.
CABAÑAS, K. Learning from Madness: Brazilian Modernism and Global Contemporary Art. University of Chicago Press, 2018
CLARK, T. J. Modernismos: ensaios sobre política, história e teoria da arte. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.
COUTO, M. F.M. Por uma vanguarda nacional. A crítica brasileira em busca de uma identidade artística – 1940-1960. Campinas: Unicamp, 2004
EAGLETON, Terry. A função da crítica. 1.ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1991
FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. Trad. de José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
GREENBERG, Clement. Arte e cultura. São Paulo: Cosac & Naify, 2013.
GUILBAUT, S. How New York stole the idea of modern art. Chicago: Univ. of Chicago Press, 1983.
HUYSSEN, A. “Mapping the Postmodern.” New German Critique, no. 33. Duke University Press, 1984, pp. 5– 52.
KAREPOVS, D. Pas de politique, Mariô!: Mario Pedrosa e a política. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2017
MARCUSE, Herbert. A dimensão estética. São Paulo: Martins Fontes, 1981.
_________. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional. Tradução de Giasone Rebuá. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
MARQUES NETO, José Castilho. A solidão revolucionária: Mário Pedrosa e as origens do trotskismo no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.
MARTINS, S. B. Constructing an avant-garde: art in Brazil, 1949–1979. Cambridge: MIT Press, 2013
MARX, K. Manuscritos Econômico-Filosóficos e Grundrisse in: DUARTE,R. (org.) O Belo autônomo: textos clássicos de estética. Belo Horizonte: Autêntica ,2012
PEDROSA, M. Mundo, Homem, Arte e m Crise. São Paulo: Perspectiva, 1975
__________. Forma e personalidade: 3 estudos. São Paulo: Kairós, 1979
__________. Dos Murais de Portinari aos espaços de Brasília. São Paulo: Perspectiva, 1981.
__________. Política das Artes. Textos escolhidos I. São Paulo: EdUSP, 1995.
__________. Forma e percepção estética. Textos Escolhidos II. São Paulo: EdUSP, 1996
__________. Acadêmicos e Modernos: Textos escolhidos III. São Paulo: EdUSP, 1998
__________. Modernidade cá e lá: textos escolhidos IV. São Paulo: EdUSP, 2000
___________. Arte -Ensaios: Mario Pedrosa. São Paulo: Cosac & Naify, 2015.
___________ Mario Pedrosa: Primary Documents. Nova Iorque: MoMA, 2015
PERICÁS, L.; SECCO(ORG.), L. Intérpretes do Brasil: clássicos, rebeldes e renegados. São Paulo: Boitempo, 2014.
RIDENTI, M. Brasilidade revolucionária: um século de cultura e política. São Paulo: UNESP, 2010.
RUBIM, A. A. C. Marxismo, cultura e intelectuais no Brasil. In: MORAES, J. Q. História do Marxismo no Brasil V.3: Teorias e Interpretações. Campinas: UNICAMP, 2007.
SCHAPIRO, Meyer. A Arte Moderna. séculos XIX e XX, São Paulo: Edusp, 1996.
TROTSKI, L. Literatura e Revolução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 2007
TROTSKI, L. Art and politics. Partisan Review V. 5 N.3, AGO/SET 1938. 3-10.
VILLAS BÔAS, G. A estética da conversão: o ateliê do Engenho de Dentro e a arte concreta carioca (1946-1951). Tempo social v. 20, n. 2, São Paulo, p. 197-219, Nov. 2008.
VILLAS BÔAS, G. Concretismo. São Paulo: Martins Fontes, 2014. In: BARCINSKI, F. Sobre Arte Brasileira: da pré-história aos anos 1960. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2015. WILLIAMS, R. Política do modernismo: contra os novos conformistas. São Paulo: Ed. Unesp, 2011
Narrativas em Cinema e Audiovisual – Christian
Ementa: Trata do estudo dos conteúdos narrativos em cinema e audiovisual enfocando as estratégias de construção do discurso e suas relações com modelos de produção e suporte tecnológico dos meios. Abrange tanto o campo do cinema de ficção como do documentário, abordando questões relacionadas a estética, teoria, história e gêneros ficcionais.