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Grade de horários 2º semestre de 2021

 


 
 

Terça-feira

 

Quarta-feira

 

Quinta-feira

 

Sexta-feira

Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens III (2039013)– 4 créditos

Renata Zago

 

08h às 12h
Seminário Avançado em Artes, Cultura e Linguagens (3022001) – 4 créditos

Marta Castelo Branco

(obrigatória do Doutorado)

 

14h às 18h
Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens X (2039045)– 4 créditos

Luiz Carlos Junior

(obrigatória do IMACS)

 

08h às 12h
Metodologia da Pesquisa em Artes, Cultura e Linguagens (2039015) – 4 créditos

Elisabeth Murilho

(obrigatória do Mestrado)

 

 

 

14h às 18h

 

Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens IV (2039012 ) – 4 créditos

Rosane Preciosa

 

08h às 12h
Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens VIII (2039043) – 4 créditos   

Maria Claudia Bonadio

 

14h às 18h
Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens VI – 2créditos (CH 30h)

Raquel Quinet Pifano

Período: 05 de janeiro a 23 de fevereiro de 2022

 

08h às 12h
Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens IX (2039044) –  4 créditos

Theresa Medeiros

(obrigatória do IMACS)

 

14h às 18h

 

Início das aulas: 18/10/2021

 

OBS.:

Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens IX – disciplina obrigatória do IMACS. Demais interessados podem se matricular.

Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens X – disciplina obrigatória do IMACS. Demais interessados podem se matricular.

Metodologia da Pesquisa em Artes, Cultura e Linguagens – disciplina obrigatória exclusiva para alunos do mestrado do PPGACL.

Seminário Avançado em Artes, Cultura e Linguagens – disciplina obrigatória exclusiva para alunos do doutorado do PPGACL.

 

Disciplinas que aceitarão alunos especiais: somente as de Tópicos.

 

EMENTAS:

Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens IX – Teoria e história das formas visuais e sonoras: uma abordagem através dos sentidos – Theresa Medeiros

PPGACL

A disciplina abordará, do ponto de vista teórico e histórico, diferentes aspectos da relação entre imagem e som no audiovisual. Pretende-se analisar, numa perspectiva histórica, as interações entre o sonoro e o visual e apresentar elementos para uma análise da teoria do som e da imagem na perspectiva dos sentidos, explorando as relações entre imagem, som e corpo. Discutir o papel da direção de arte na ficção e no documentário. Estudar o papel das atmosferas fílmicas e das ambiências sonoras na criação das imagens de ficção que problematizam temáticas históricas.

 

MÓDULOS PARA IMACS – International Master in Cinema Studies

Formas audiovisuais: uma abordagem através dos sentidos.

  1. A disciplina aborda diferentes aspectos da relação entre imagem e som no audiovisual do ponto de vista das escolas, conceitos e teóricos. Pretende-se analisar, numa perspectiva histórica, as interações entre o sonoro e o visual e apresentar elementos para uma análise da teoria do som e da imagem na perspectiva dos sentidos, explorando as relações entre imagem, som e corpo.
  2. A ficção da memória no audiovisual contemporâneo

A partir das discussões sobre as formas visuais e sonoras, na perspectiva dos sentidos, a disciplina tem como objetivos: estudar o papel das atmosferas fílmicas e das ambiências sonoras na criação das imagens de ficção que problematizam temáticas históricas; discutir o papel da direção de arte na ficção e no documentário; problematizar estratégias discursivas para construção de memórias no audiovisual.

 

Seminário Avançado em Artes, Cultura e Linguagens  – Marta Castelo Branco

 

Estudo de obras teóricas e artísticas que apresentem e discutam aspectos avançados da pesquisa em arte, os abordando de forma metodológica, conceitual, estética e linguística.

 

Bibliografia:

 

BENJAMIM, Walter. A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica. Porto Alegre: Editora L e PM Pocket, 2018.

FLUSSER, Vilém. Na Música. São Paulo: Annablume, 2017.

GEERTZ, Cliford. O Saber Local. Novos Ensaios em Antropologia Interpretativa. Editora Vozes, 1997.

KITTLER. A Verdade do Mundo Técnico. Ensaios sobre a genealogia da realidade. Rio de Janeiro: Contraponto, 2017.

NONO, Luigi; RILKE, Rainer Maria; CACCIARI, Massimo: Das atmende Klarsein – per piccolo coro, flauto basso, live electronics e nastro magnetico (1980-83), Testi da Duineser Elegien di Rainer Maria Rilke e da antiche lamellae orfiche. A cura di Massimo Cacciari, Milano: Ricordi, 2007.

SEEGER, Anthony. Why Suya sing: a musical anthropology of an Amazonian People. Illinois: University of Illinois Press, 2004.

 

 

Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens X – Regimes estéticos do audiovisual contemporâneo – Luiz Carlos Junior

O curso irá propor e discutir alguns conceitos operatórios para se pensar os regimes estéticos do audiovisual contemporâneo, investigando – de uma perspectiva genealógica – as formas como os dispositivos de representação abordados retomam ou deslocam parâmetros centrais da história dos estilos no cinema.

Primeiramente, investigaremos três paradigmas representacionais: o “cinema de atrações” (isto é, o regime estético predominante no primeiro cinema), a mise en scène clássica (calcada na maestria do sistema de continuidade do cinema clássico-narrativo) e a colagem modernista (estética da fragmentação e da disjunção narrativa, que constituiu uma das linhas de força da modernidade estética dos anos 1960). Esses três paradigmas nos fornecerão parâmetros históricos para pensar como a estética cinematográfica variou, em suas primeiras grandes eras (primórdios, classicismo e modernismo), entre o exibicionismo frontal (o filme interpela o espectador de frente), o modo denegatório (o filme finge não saber da existência do espectador) e a reflexividade (o filme assume uma consciência da representação e recupera a frontalidade, mas agora em chave reflexiva ou metacinematográfica).

Em seguida, veremos como os regimes estéticos contemporâneos se situam em relação a esses parâmetros históricos, ora negando-os sistematicamente, ora reinventando-os. Buscaremos mapear – num universo que inclui desde filmes autorais até séries televisivas, passando por vídeos profissionais e amadores que circulam nas plataformas digitais – algumas das novas declinações da imagem em movimento, que incluem modelos de imersão (as obras menos preocupadas com a narração do que com a criação de ambiências sensoriais, frequentemente em forte diálogo com os dispositivos de videoinstalação), de absorção (o registro minimalista, desdramatizado e distanciado do slow cinema e de outras vertentes radicais do cinema contemporâneo) e de frontalidade (o retorno do exibicionismo performático tanto no cinema autoral politicamente engajado como nos expedientes das mídias digitais, que reempregam o endereçamento frontal do espectador como estratégia de mobilização social e de afirmação política dos corpos representados na imagem).

Bibliografia:

AUMONT, Jacques. O olho interminável. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

AUMONT, Jacques. O cinema e a encenação. Lisboa: Texto & Grafia, 2008.

BAXANDALL, Michael. Padrões de intenção. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

BAZIN, André. O que é o cinema? São Paulo: Ubu, 2018.

BELLOUR, Raymond. La Querelle des dispositifs: Cinéma – installations, expositions. Paris: P.O.L., 2012.

BORDWELL, David. Figuras traçadas na luz: a encenação no cinema. Campinas: Papirus, 2008.

BORDWELL, David. Sobre a história do estilo cinematográfico. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.

BURCH, Noel. Life to those shadows. Berkeley: University of California Press, 1990.

CRARY, Jonathan. Técnicas do observador: visão e modernidade no século XIX. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 1990.

ELSAESSER, Thomas. Cinema como arqueologia das mídias. São Paulo: Sesc, 2018.

FRIED, Michael. Absorption and theatricality: painting and beholder in the age of Diderot. Berkeley: University of California Press, 1980.

FRIED, Michael. Le modernisme de Manet. Paris: Gallimard, 2000.

GUNNING, Tom (org.). Early cinema: space-frame-narrative. Londres: BFI, 1990.

JAFFE, Ira. Slow movies: countering the cinema of action. Nova York: Wallflower, 2014.

LUCA, Tiago de; JORGE, Nuno Barradas (orgs.). Slow cinema. Edinburgh: University Press, 2015.

MARGULIES, Ivone. Nada acontece: o cotidiano hiper-realista de Chantal Akerman. São Paulo: Edusp, 2016.

MARTIN, Adrian. Mise en scène and film style: from classical Hollywood to new media art. Nova York: Palgrave MacMillan, 2014.

MICHAUD, Philippe-Alain. Filme: por uma teoria expandida do cinema. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014.

STEYERL, Hito. The wretched of the screen. Berlim: Sternberg Press, 2012.

STOICHITA, Victor I. L’instauration du tableau. Genebra: Droz, 1999.

WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da história da arte. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

 

Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens VIII – Moda e gênero: historiografia em debate – Maria Claudia Bonadio

O objetivo da disciplina é apresentar e analisar como a produção historiográfica vem discutindo os usos da moda e vestuário a partir da perspectiva da identidade de gênero e sexualidade. A ideia é debater alguns trabalhos clássicos sobre o tema e também a produção mais contemporânea, pensando quais assuntos vêm sendo abordados e de quê maneira. A historiografia ilustrada e mais conhecida sobre o tema costuma dividir a moda em masculina e feminina, sem observar as brechas, a fluidez entre masculino e feminino, os usos das roupas de forma alternativa ao padrão dominante e como forma de contestação de padrões de gênero, a disciplina pretende abordar esses temas com vistas a observar como rígido binarismo apresentado pela bibliografia mais tradicional não se confirma e como o questionamento em termos de gênero e aparências é algo intrínseco à cultura de moda. É objetivo ainda pensar como a cultura de consumo foi e é determinante para o estabelecimento de padrões e ainda como a compreensão acerca de feminino e masculino nas roupas não é universal mesmo na sociedade ocidental (foco da disciplina), uma vez que há, por exemplo, diferentes padrões em termos etários.

 

Bibliografia

ARIÈS, Phillipe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1978.

AUSLANDER, Phillip. Performing Glam Rock: Gender & Theatricality in Popular Music. Michigan: The Unisity of Michigan Press, 2006.

BACHEGA CASADEI, E.; RUFINO, C. B. Discursividades da moda agênero para homens: performatividades do masculino e a economia moral do consumo no cenário agênero paulistano. dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, [S. l.], v. 14, n. 29, p. 374–394, 2020. DOI: 10.26563/dobras. v14i29.1151. Disponível em: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/1151. Acesso em: 31 ago. 2021.

BARD, Christine. Historia política del pantalon. Barcelona: Tusquets Editores, 2012.

BONADIO, Maria Claudia e Simili, Ivana Guilherme (org.). Histórias do vestir masculino: narrativas de roupas, beleza, elegância. Maringá: Eduem, 2017.

BONADIO, Maria Claudia. Moda e sociabilidade: Mulheres e consumo na São Paulo dos anos 1920. São Paulo: Senac, 2007.

BONADIO, Maria Claudia. O corpo vestido. In: Marquetti, Flávia e Funari, Pedro Paulo. Sobre a Pele: Imagens e Metamorfoses do corpo. São Paulo: Intermeios, 2015.

BONADIO, Maria Claudia. Algumas anotações (e questões) sobre Gilda de Mello e Souza e a moda como objeto de estudo. PRÂKSIS (FEEVALE), 2017.

BOLTON, Andrew. Braveheart: Men in Skirts. London: V&A, 2003.

CANO, Gabriela. Amélio Robles, andar de soldado velho: fotografia e masculinidade na Revolução Mexicana. Cadernos Pagu (22) 2004: pp.115-150.

CARVALHO, Vânia Carneiro de. Gênero e Artefato: O sistema doméstico na perspectiva da cultura material – São Paulo, 1870-1920. São Paulo: Edusp, 2008.

COLE, Shaun. ‘Don we now our gay apparel’: Gay Men’s Dress in the twentieth century. Oxfor/New York: Berg, 2000.

CRAIK, Jennifer. The face of fashion: cultural studies in Fashion. Routledge: London/New York, 1993.

CRANE, Diana. A moda e seu papel social. São Paulo: Senac, 2006.

ENTWISTLE, Joanne. El cuerpo y la moda: una visión sociológica. Barcelona: Paidós, 2002.

FISCHER, Gayle. "Pantalets" and "Turkish Trowsers": Designing Freedom in the Mid-Nineteenth-Century United States. Feminist Studies, Vol. 23, No. 1 (Spring, 1997), pp. 110-140.

GARBER, Marjorie. Vested Interests: Cross-dressing and Cultural Anxiety. Routledge, 1997.

GONÇALES, Guilherme Domingues. Mulheres engravatadas: moda e comportamento feminino no Brasil, 1851-1911.

FORTY, Adrian. Objetos do desejo: Design e Sociedade desde 1750. São Paulo: Cosac & Naif, 2007.

HARVEY, John. Homens de Preto. São Paulo: Unesp, 2003.

FLÜGEL, J. C. A psicologia das roupas. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1966.

HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos. O breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

HOLLANDER, Anne. O sexo e as roupas: evolução do traje moderno. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.

LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

MAGNO, Isabela Brasil. Entre saias e calções: vestindo crianças em revistas no século XX (1905-1958). Dissertação de Mestrado em História. Universidade Federal do Paraná, 2021.

MENESES, Emerson Silva. Quem é esse rapaz que tanto androginiza? Transgressões vestimentares nas homossexualidades não-hegemônicas. Mestrado em Têxtil e Moda, Universidade de São Paulo, 2019.

MOTT, Maria Lúcia. Parteiras no século XIX: Mme. Durocher e sua época. In: Costa, Albertina de Oliveira e BRUSCHINI, Cristina (Orgs.). Entre a virtude e o pecado. Rio de Janeiro: Fundação Carlos Chagas/ São Paulo: Rosa dos Tempos, 1992.

PAOLLETI, Jo B. Pink and Blue: Telling the boys from the girls in America. Bloomington: Indiana Press, 2012.

PAOLLETI, Jo B. Sex and Unissex: Fashion, Feminism, and the Sexual Revolution. Bloomington: Indiana Press, 2015.

PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2017.

SCHMITT, Juliana e SANCHEZ, Gabriel. Gênero e moda: do binarismo à tendência agender. In:

DEBOM, Paulo, MONTELEONE, Joana e SILVA, Camila Borges da. (Orgs.) História na moda, a moda na história. São Paulo: Alameda, 2019.

SOUZA, Gilda de Mello e. O espírito das roupas: A moda no século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

WINICK, Charles. Unissexo. São Paulo: Perspectiva: 1972.

WILSON, Elizabeth. Enfeitada de Sonhos. Lisboa: Edições 70, 1985.

ZAMBIRNI, Laura. Modos de vestir e identidades de género: reflexiones sobre las marcas culturales en el cuerpo. Nomadías, (11). doi:10.5354/0719-0905.2010.15158.

 

Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens IV – Rosane Preciosa

Em meio à asfixia social-política-cultural-subjetiva, parece ser urgente nos empenharmos em ativar escutas e práticas de escrita que perturbem a conformidade de modos de sentir e pensar, e desencadeiem outras modalidades de existência mais insubmissas e eróticas.

“Reconhecer o poder do erótico nas nossas vidas pode nos dar a energia necessária para lutarmos por mudanças genuínas em nosso mundo, em vez de apenas nos conformarmos com trocas de personagens no mesmo drama batido”. ( Audre Lorde)

Essa passagem, trazida pela escritora, poeta e ativista lésbica negra Audre Lorde, desperta dentro de nós um vigor, que pode orientar nossas ações no mundo, despachando o que nos limita e apequena.

A ideia é que as aulas abriguem uma espécie de território coletivo de trocas, de conversações, em que vamos nos apoiando afetivamente nos saberes uns dos outros, e que cada um de nós possa ir criando seus fios condutores, acessando as palavras e ideias que façam sentido, que sejam ferramentas de aperfeiçoamento de si e do outro: seja humano, seja planta, seja bicho, enfim, viventes.

Os textos que leremos, no decorrer de nossas aulas, provêm de múltiplos recortes de saber e de linguagens, mas guardam entre si uma aliança e um chamamento fundamental que os alinha:  são vozes  anti-colonialistas, que confrontam o racismo, o elitismo, o machismo, a homofobia, e qualquer espécie de intolerância.

Referências:

HOOKS, B. Ensinando Pensamento Crítico – sabedoria prática. (trad: Bhuvi Libanio. São Paulo: Elefante, 2020.

_________. O Feminismo é para todo mundo – políticas arrebatadoras. ( trad: Ana Luiza Libânio). Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019.

KILOMBA, G. Memórias da Plantação – episódios de racismo cotidiano. (trad: Jess Oliveira). Rio de Janeiro: Cobogó, 2019

KRENAK, A. Ideias para Adiar o Fim do Mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2019.

_________. A Vida Não é Útil. São Paulo: Cia das Letras, 2020.

LORDE, A. Irmã Outsider – ensaios e conferências. (trad: Stephanie Borges). Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

RIBEIRO. D. O que é Lugar de Fala. Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2017.

ROLNIK, S. Esferas da Insurreição – notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1, 2018.

SIMAS, L.A. Pedrinhas Miudinhas – ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019.

SIMAS, L.A.; RUFINO, L. Flecha no Tempo. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019.

 

Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens VI – Arte colonial sob a ótica modernista – Raquel Quinet Pifano

O curso propõe o estudo e a reflexão sobre a historiografia da arte colonial produzida pelos intelectuais modernistas. Responsáveis pelo projeto de revisão do passado artístico nacional, intelectuais como Mario de Andrade, Lucio Costa e Rodrigo de Mello Franco, através do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN (na época DPHAN), construíram e consolidaram uma História do nosso passado artístico colonial que fundamentava um projeto modernista de nação.

Referências:

ANDRADE, Mario de. O Aleijadinho, in: Aspectos das Artes Plásticas no Brasil. São Paulo: Martins, 1965.

BANDEIRA, Manuel. Guia de Ouro Preto. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Saúde, 1938.

BASTIDE, Roger. Psicanálise do Cafuné. São Paulo, Guaíra, 1941.

BRETAS, Rodrigo José Ferreira. Traços biográficos relativos ao finado Antônio Francisco Lisboa, distinto escultor mineiro, mais conhecido pelo apelido de Aleijadinho IN: Antônio Francisco Lisboa, O Aleijadinho — Publicações da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rio de Janeiro, SPHAN/ MEC, 1951, nº15

BRITO, Ronaldo; CZAJKOWSKI, Jorge; ZILIO, Carlos. Entrevista: Lucio Costa sobre Aleijadinho; in: Gávea 3. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 1986.

CHUVA, Márcia. “Fundando a nação: a representação de um Brasil barroco, moderno e Civilizado”; in: TOPOI, v. 4, n. 7, jul.-dez. 2003, pp. 313-333.

COSTA, Lucio. A arquitetura dos Jesuitas no Brasil. Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 5, p. 105-169, 1941.

FONSECA, Sônia Maria. A Invenção do Aleijadinho: Historiografia e Colecionismo em torno de Antônio Francisco Lisboa. Campinas: Programa de

Pós-Graduação em História da Arte e da Cultura, 2001. (dissertação de Mestrado)

GOMES JR, Guilherme Simões. Palavra Peregrina. O Barroco e o pensamento sobre artes e letras no Brasil. São Paulo: Editora da USP, 1998.

GRAMMONT, Guiomar de. Aleijadinho e o aeroplano: o paraíso barroco e a construção do herói colonial. São Paulo: Dep. de Letras Vernáculas/ FFLCH/ USP, 2002.

MICELI, Sérgio. SPHAN: refrigério da cultura oficial; In: Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 22. Rio de Janeiro: SPHAN/ Fundação nacional Pró-Memória, 1987.

 

Tópicos em Artes, Cultura e Linguagens III – História da arte como história das exposições: circuito, instituições, crítica, curadoria, acervos, coleções e arquivos –  Renata Zago

 

Ementa:

A história das exposições de arte possibilita compreender singularidades de períodos artísticos, sociais, políticos e econômicos, quando relacionados a um determinado sistema da arte. Diante do pluralismo presente na arte hoje, a proposta dessa disciplina é realizar um estudo a partir da designação de exposição de arte como escrita da história da arte e como espaço de discussão entre curadores, artistas e público.

As exposições de arte que a priori eram pensadas nos campos da museologia ou da sociologia, atualmente são exploradas pela teoria e história da arte. Iniciativas recentes como o programa Recherche et Mondialisation do Centre Georges Pompidou (Paris) em 2010, que implementou um ciclo de reflexão e pesquisa com o objetivo de questionar a historicidade das exposições, seus formatos e suas práticas curatoriais, produzindo um catalogue raisonné online das exposições ocorridas na instituição; ou ainda as recentes e especializadas publicações da série Exhibition Histories, da editora inglesa Afterall, que buscaram criar uma metodologia para um novo campo de pesquisa dentro da história da arte, surgem principalmente da consideração de que a história das exposições ainda se mostra um campo pouco explorado. Nos últimos

anos, novas pesquisas foram editadas, entre as quais: L’art: une histoire d’expositions de Jérôme Glicenstein (2009); Salon to Biennial: Exhibitions That Made Art History de Bruce Altshuler (vol.1 de 2008 e o segundo volume referente ao período de 1962- 2002, publicado em 2013); Quand l’oeuvre a lieu: l’art exposé et ses récits autorisés de Jean-Marc Poinsot (2008). No Brasil, foi organizado um colóquio, em 2014, pelo Grupo de Pesquisa História da Arte: modos de ver, exibir e compreender (Ana Cavalcanti, Maria de Fátima Morethy Couto, Marize Malta e Emerson Dionísio Gomes de Oliveira) e posteriormente um livro Histórias da arte em exposições: modos de ver e

exibir no Brasil, publicado em 2016.

A disciplina será dividida em seções. A primeira parte contemplará a leitura de uma bibliografia geral, ou seja, autores que buscam a compreensão e a metodologia de formação do campo de pesquisa da história das exposições.

As seções seguintes serão temáticas e tratarão de instituições museológicas; grandes mostras sazonais (Bienais de São Paulo e Veneza, Documenta de Kassel e outras Bienais e Trienais); curadoria e crítica; sistema da arte; coleções, acervos e arquivos; e a recepção do público.

 

Bibliografia básica:

BELTING, Hans. Contemporary Art as Global Art: a critical estimate. In: BELTING, Hans;

BUDDENSIEG, Andrea (Eds.). The Global Art World: audiences, markets, and museums. Ostfildern: Hatje Cantz, 2009. p. 38-73.

BULHÕES, Maria Amélia Garcia et Al. As novas regras do jogo: o sistema da arte contemporânea no Brasil. Porto Alegre: Zouk, 2014.

BUENO, Maria Lucia. Coleções e arquivos como agentes da mundialização. O caso da arte brasileira nas coleções latino-americanas nos Estados Unidos. In.: Anais do 2º Simpósio Internacional de Relações Sistêmicas da Arte [recurso eletrônico] / Maria Amélia Bulhões, Bruna Fetter, Nei Vargas da Rosa (Orgs.). – Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2020. Disponível em: https://2simposioirsablog.files.wordpress.com/2020/07/2-arte-alc3a9m-da-arte- ebook.pdf

CARVALHO, A. M. (2012). A exposição como dispositivo na Arte Contemporânea: conexões entre o técnico e o simbólico. Museologia & Interdisciplinaridade, 1(2), 47. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/museologia/article/view/12654

CARVALHO, Ananda. Redes curatoriais: procedimentos comunicacionais no sistema da arte contemporânea. 2014. 199 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica) – Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/4647.

CASTILLO, Sonia Salcedo del. Cenário da arquitetura na arte: montagens e espaços de exposições. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

__________. Arte de expor. Curadoria como expoesis. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2015.

CAVALCANTI, Ana; COUTO, Maria de Fátima Morethy; MALTA, Marize; OLIVEIRA, Emerson Dionisio G. (Orgs.). Histórias da arte em exposições: modos de ver e exibir no Brasil. Rio de Janeiro: Riobooks, 2016.

CRIPPA, Elena et al. Exhibition, Design, Participation: ‘an Exhibit’ 1957 and Related Projects. Londres: Afterall, 2016.

CYPRIANO, Fábio; OLIVEIRA, Mirtes Matins de (org.) História das exposições: casos exemplares. São Paulo: Educ, 2016.

DOSSIN, Francielly Rocha. Exposições como problema de pesquisa. Revista Ciclos, Florianópolis, v. 1, n. 2, p. 174-186, fev. 2014. Disponível em:

http://www.revistas.udesc.br/index.php/ciclos/article/view/3559

GARCÍA BLANCO, Ángela. La exposición, un medio de comunicación. Madrid: Ediciones Akal, 1999.

GIUNTA, Andrea. Feminismo y arte latinoamericana. Buenos Aires: Siglo XXI Editores Argentinas, 2019.

GLICENSTEIN, Jerôme. L’art: une histoire d’expositions. Paris: PUF, 2009.

GONÇALVES, Lisbeth Rebollo. Entre cenografias: o museu e a exposição de arte no século XX. São Paulo: Edusp, 2004.

HEGEWISCH, Katharina. Um meio à procura de sua forma – as exposições e suas determinações. Arte & Ensaios, Rio de Janeiro, n. 13, p. 185-198, 2006. Disponível em: http://www.ppgav.eba.ufrj.br/wpcontent/uploads/2012/01/ae13_katharina_hegewisch.pdf

HEINICH, Nathalie; POLLAK, Michael. From museum curator to exhibition auteur: inventing a singular position. In: GREENBERG, Reesa; FERGUSON, Bruce; NAIRNE, Sandy (Eds.). Thinking about exhibitions. London, New York: Routledge, 1996. p. 231-250.

KLUSER, Bernd; HEGEWISCH, Katharina. L’Art de l’exposition. Paris: Editions du regard, 1998.

LORENTE, Pedro. Los museos de arte contemporâneo. Noción y desarollo histórico. Asturias: Ediciones Trea, 2008.

MODOS. Revista de História da Arte [recurso eletrônico]. v.5, n.2, (2021). – Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes, Programa de Pós-graduação em Artes Visuais, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/issue/view/1831

MOULIN, Raymonde. L’artiste, l’institution et le marché. Paris: Flammarion, 1992.

PARCOLLET, Rémi; SZACKA, Léa-Catherine. Histoire des expositions du Centre Pompidou: refléxions sur la constitution d’un catalogue raisonné. Marges, Saint-Denis, n. 15, p. 107-127, out. 2012. Disponível em: http://marges.revues.org/361 OBRIST, Hans Ulrich. Uma breve história da curadoria. São Paulo: BEI Comunicação, 2010.

OLIVEIRA, Emerson Dionísio Gomes. A condição expositiva e sua relação com o mercado de arte. Ouvirouver Uberlândia v. 13 n. 2 p. 362-377 jul.|dez. 2017. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/ouvirouver/article/view/39147 [Revista completa no link: http://www.seer.ufu.br/index.php/ouvirouver/issue/view/1509 ]

O’NEILL, Paul et Al. Curating after the global: roadmaps for the presente. Cambridge: The MIT Press, 2019.

POINSOT, Jean-Marc. Espaço social e obra de arte: do White Cube à Casa Negra. Pós, Belo Horizonte, v. 5, n. 9, p. 86-105, mai. 2015. Disponível em: https://www.eba.ufmg.br/revistapos/index.php/pos/article/view/256/0

PORTO ARTE: Revista de Artes Visuais. Porto Alegre, Brasil: PPGAV-UFRGS, Ano 22, Vol.25, nº 43, jan-jun-2020. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/PortoArte/issue/view/4211

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SELECT. A história das exposições é a nova história da arte? https://www.select.art.br/a-historia-das-exposicoes-e-a-nova-historia-da-arte/