Título da tese | “Foi na raça”: histórias de professores de português |
Resumo da tese | Esta pesquisa trata de experiências narradas e crenças compartilhadas por docentes a respeito de seus processos de formação na área de português para estudantes de outros países. Partindo do princípio de que grande parte dos docentes de português para não brasileiros não teve uma instrução formal específica na área (FURTOSO, 2001; COELHO, 2015), pretendemos discutir sobre como esses docentes aprenderam (e aprendem) a educar linguisticamente os discentes e investigar o modo como quem já atua na docência se insere e se apresenta no mundo do português para estudantes não brasileiros ao construírem narrativas a respeito de suas formações. Com base na perspectiva socioconstrucionista de narrativa (BASTOS, 2005; BRUNER, 1997; LINDE, 1993); nos conceitos de identidade (HALL, 2006; ALVES, 2019) e crença (BARCELOS, 2006); em construtos da Sociolinguística Interacional – como o conceito de Face de Goffman (1967) – e no conceito de Dêixis (LEVINSON, 1983) como ferramentas analíticas, analisaremos como essas crenças a respeito da formação docente são construídas ao longo de entrevistas. Este trabalho está inserido na tradição de pesquisa qualitativa de cunho interpretativo (MASON, 1996). Para os fins deste estudo, em um primeiro momento, enviamos um questionário para um grupo de professores e professoras de português para não brasileiros que atuam na coordenação da aplicação do exame CELPE-Bras em instituições do Brasil e de outros países. Em uma segunda etapa, realizamos entrevistas não estruturadas (FONTANA; FREY, 1994) com esses professores da área de português para estrangeiros. Pudemos notar, a partir das histórias narradas: a força do acaso nas trilhas de formação e a superação das adversidades, já que grande parte dos docentes entrevistados teve uma formação em serviço, na prática; a defesa por uma educação linguística intercultural (MENDES, 2022); sob um ponto de vista da construção das narrativas, observamos a recorrência de avaliações a respeito de suas formações e as tentativas de preservação de face durante as conversas. As falas dos professores e professoras apontam a necessidade de uma maior institucionalização da área e sugerem caminhos para a elaboração de uma formação de profissionais da área de português para não brasileiros. Palavras-chave: Formação docente. Português para estrangeiros. Crenças. Saberes docentes. Identidade. Narrativa.
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Data e horário | Dia 01 de dezembro de 2022, às 14:00 horas, via web conferência. |
COMPOSIÇÃO DA BANCA:
Nome do(a) Prof.(a) | Título e instituição | Vínculo institucional | Função na banca | |
01 | Denise Barros Weiss | Doutora / UFF | UFJF | Orientadora e presidente |
02 | Henrique Rodrigues Leroy | Doutor /
UNIOESTE |
UFMG |
Membro Titular Externo |
03 | Viviane Aparecida Bagio Furtoso | Doutora /
UNESP |
UEL |
Membro Titular Externo |
04 | Andreia Rezende Garcia-Reis | Doutora/
UFRJ |
UFJF | Membro Titular Inteno |
05 | Marta Cristina da Silva | Doutor /
UFF
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UFJF | Membro Titular Interno |
06 | Tânia Guedes Magalhães | Doutora /
UFF |
UFJF | Suplente Interno |
07 | Thais Fernandes Sampaio | Doutora / UFJF | UFJF | Suplente Interno |
08 | Jerônimo Coura Sobrinho | Doutor /
UFMG
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CEFET-MG
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Suplente Externo |
09 | Patrícia Rodrigues Tanuri Baptista | Doutora /
UFMG
|
CEFET-MG
|
Suplente Externo |