Título da tese |
O fazer docente de português: uma análise contrastiva dos discursos de profissionais atuantes na educação básica e a BNCC.
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Resumo da tese |
O presente trabalho buscará investigar o fazer docente (ações e atividades cotidianas) do/da profissional de português, tendo como objetivo principal contrastar dois discursos: a Base Nacional Curricular Comum e os relatos de 15 professoras e dois professores atuantes em redes públicas (ex-alunos do ProfLetras – UFJF). É preciso salientar que tais discursos carregam consigo pesos, vozes e forças distintas perante a sociedade. Trata-se de um estudo de caso que se baseia nas premissas da Linguística Aplicada (MILLER, 2013; MOITA LOPES, 2009). Buscando compreender o histórico que nos conduziu à BNCC, discute-se sobre o paradoxal processo de escolarização no Brasil, assim como a democratização do ensino no país (SAVIANI, 2009, FREIRE, 2011, PERONI, 2011, BITTAR e BITTAR, 2012). Além disso, as ideias de Apple (2006, 2017) e Freitas (2018) nos fornecem um panorama sobre as vozes dominantes na educação em tempos atuais. Os debates acerca da construção de currículos educacionais foram feitos a partir das ideias de Apple (1979/2006), Arroyo (2013) e Silva (1999), Soares (1998), Stieg e Alcântara (2017), Galian (2014), Cury (1998) e Rojo (2000). Os trabalhos de Arroyo (2012; 2013), Freire (1968/2011) e Bohn (2013), nos ajudam a compreender o que significa ser docente de português, discutindo aspectos como a complexidade da docência, as imagens e privações sofridas, a precarização, a busca por reconhecimento, profissionalização e intelectualidade. Os procedimentos metodológicos utilizados partem do levantamento dos frames (FILLMORE, 1977, 1982, 2009) principais em cada discurso, para posterior exercício interpretativo contrastivo. A análise do documento revelou um docente de LP reprodutor de instruções elaboradas por outrem, silenciado pelas vozes dominantes na educação. Ao docente de português, não é permitido ocupar o território de currículo. A análise dos relatos docentes, obtidos via Google Forms, revelou, em contrapartida, um profissional intelectual, participativo, que trabalha a língua a partir dos eixos do ensino de LP. Exausto pela sobrecarga de trabalho, desempenhando suas funções não apenas em sala de aula. Parece ser um objetivo silenciar aquele(a) que lida com a linguagem e pode auxiliar na construção de pensamentos críticos, autônomos e emancipatórios. A voz do profissional da educação básica sempre é a última a ser ouvida (quando é ouvida). Desse modo, faz-se necessário o investimento em cursos de formação de professores e também em cursos de formação continuada não apenas para tratar dos conhecimentos da área, mas também a fim de fortalecer debates políticos sobre nossa classe e sobre nossas vozes. Parafraseando Arroyo (2013): se não controlarmos o currículo, seremos controlados por ele. Uma formação crítica para auxiliar na formação de indivíduos igualmente críticos. Palavras-chave: Docente de LP, Base Nacional Curricular Comum, Análise do Discurso, Linguística Aplicada.
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Data e horário | Dia 28 de novembro de 2022, às 09:00 horas, via web conferência. |
COMPOSIÇÃO DA BANCA:
Nome do(a) Prof.(a) | Título e instituição | Vínculo institucional | Função na banca | |
01 |
Thais Fernandes Sampaio
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Doutora / UFJF | UFJF | Orientadora e presidente |
02 |
Victória Wilson da Costa Coelho
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Doutor / UFF | UERJ | Membro Titular Externo |
03 |
Marilene Batista da Cruz Nascimento |
Doutor / PUC RS | UFS | Membro Titular Externo |
04 |
Alexandre José Pinto Cadilhe de Assis Jácome |
Doutor/ UFF | UFJF | Membro Titular Inteno |
05 |
Lauriê Ferreira Martins Dall’Orto
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Doutora / UFJF | UFJF | Membro Titular Interno |
06 |
Denise Barros Weiss
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Doutora / UFF | UFJF | Suplente Interno |
07 |
Roberto Perobelli de Oliveira
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Doutor / UFJF | UFES | Suplente Externo |