DIVULGAÇÃO – Defesa de Dissertação
Mestrando |
Leomar Francisco |
Título da dissertação |
LETRAMENTO E DIREITOS HUMANOS: A VINHETA NARRATIVA COMO DISPOSITIVO DE REFLEXÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES |
Resumo da dissertação |
O presente estudo parte da preocupação em formar professores crítico-reflexivos (LIBERALI, 2008; FREIRE, 1996) para atuarem na sociedade brasileira contemporânea. Tendo em vista que vivemos em meio a uma efervescência social (MOITA LOPES, 2006), marcada pela desigualdade, segregação e intolerância entre as pessoas, o docente é um dos agentes sociais capaz de acessar crianças, jovens e adultos em formação e transformar suas realidades (GIROUX, 1997) – apontando-lhes um projeto de sociedade baseado na cidadania e na justiça social (BRASIL, 2006). Tal tarefa de transformação requer uma prática profissional crítica-reflexiva, que garanta ao professor autonomia e precisão nas tomadas de suas decisões e no trato humanitário dos sujeitos que estão sob sua responsabilidade social. A partir deste entendimento, tenho como objetivo geral construir uma compreensão sobre como a vinheta narrativa (CREESE, TAKHI & BLACKLEDGE, 2017; ERICKSON, 1986) institui-se como dispositivo catalisador (SIGNORINI, 2006) de práticas reflexivas no contexto da formação inicial de professores – dado que o trabalho docente envolve uma gama de saberes profissionais (TARDIF, 2014), e que esses saberes precisam ser refletidos já na graduação. No intuito de observar como a escrita na graduação, que constitui parte do letramento para o local de trabalho (MOTTA-ROTH, 2016), potencializa reflexões sobre os saberes profissionais do professor, faço uso de pressupostos da etnografia como mecanismo de geração de vinhetas narrativas (GARCEZ, 2015). Para isso, analiso documentos diversos de um portfólio educacional (AMBRÓSIO, 2013) produzido por estudantes do curso de licenciaturas em Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Como recurso metodológico, mobilizo um instrumental teórico-analítico de estudos do discurso em viés sociolinguístico e pragmático (SILVERSTEIN, 2003; BLOMMAERT, 2015; HANKS, 2008; WORTHAM, 2015) para analisar como narrativas escritas desempenham ações formativas e de construção de saberes, posicionamentos e identidades sociais docentes (GEE, 1999; DEPPERMANN, 2015). A partir das discussões propostas, foi possível considerar que a mobilização da vinheta como dispositivo formativo de professores corrobora a sensibilidade dos aprendizes, no que diz respeito à diversidade e à dignidade humana. Tal auxílio acontece quando, ao narrarem, os graduandos dão indícios de naturalização, contrariedade ou alinhamento com relação às cenas do mundo social retratadas. |
Data e horário |
Dia 03 de abril de 2020, às 14:00 horas, por videoconferência – a distância. |
COMPOSIÇÃO DA BANCA:
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Nome do(a) Prof.(a) |
Título e entidade onde foi obtido |
Data de obtenção do título (mês/ano) |
Entidade a que pertence |
Observação |
01 |
Alexandre José Pinto Cadilhe de Assis Jácome |
Doutor / UFF |
03/2013 |
UFJF |
Orientador e Presidente |
02 |
Ana Cláudia Peters Salgado |
Doutora / PUC-Rio |
11/2008 |
UFJF |
Membro Titular Interno |
03 |
Jonê Carla Baião |
Doutora / PUC-Rio |
08/2006 |
UERJ |
Membro Titular Externo |
04 |
Andreia Rezende Garcia Reis |
Doutora / UFRJ |
08/2010 |
UFJF |
Suplente Interno |
05 |
Henrique Rodrigues Leroy |
Doutor/ UNIOESTE |
03/2018 |
UFMG |
Suplente Externo |