Mestrando(a) |
CECÍLIA DE MACEDO GARCEZ |
Título |
“DESTECENDO OS FIOS DA MEMÓRIA: A ESCRITA MEMORIALÍSTICA DE MURILO MENDES ENTRE O TEMPO PRETÉRITO E O TEMPO PRESENTE” |
Orientador(a) |
Profª. Drª. Terezinha Vânia Zimbrão da Silva |
Ano da defesa |
2000 |
Resumo |
Neste trabalho, pretendemos, a partir de uma análise da descrição espacial contida na obra A idade do serrote, do escritor juiz-forano Murilo Mendes, enfocar o texto de memórias enquanto construção discursiva que conjuga profundamente o tempo pretérito e o presente. O registro do passado, na obra de memórias, destacamos nós, encontra-se atrelado a exigências subjetivas do autor, como A idade do serrote bem o revela. Na narrativa memorialística do escritor mineiro, há uma perspectiva de fixação identitária que pode ser lida até na rememoração do espaço citadino realizada pelo escritor. Nesta dissertação, empenhamo-nos em confirmar tal afirmação a partir do estudo da apresentação que a obra realiza da realidade cultural e material da Juiz de Fora do período da “Belle Époque”, da seleção dos personagens que compõem a narrativa e da mitificação da cidade que o texto opera. |
Mestrando(a) |
CRISTINA RIBEIRO VILLAÇA |
Título |
“A POESIA DE ADÉLIA PRADO: UM CANTAR MINEIRO” |
Orientador(a) |
Profª. Drª. Terezinha Maria Scher Pereira |
Ano da defesa |
2000 |
Resumo |
Este trabalho propõe uma leitura crítica de duas obras de Pedro Nava, Território de Epidauro, livro sobre a História da Medicina e Beira-mar quarto volume das Memórias. Ao longo de nosso estudo buscamos estabelecer uma relação estreita entre essas obras e concluir que a obra médica de Nava prefigura suas Memórias e seu livro de medicina revela, mais que anuncia, seu talento literário. Traçamos um paralelo entre o escritor-médico e o médico-escritor para mostrarmos como essas duas características são fortemente enraizadas e inseparáveis em Nava. Na sua obra memorialística, encontramos o mesmo estilo solto, híbrido, onde vários saberes confluem para formar um todo orgânico. |
Mestrando(a) |
GILVAN PROCÓPIO RIBEIRO |
Título |
“O OLHO E O DISCURSO: UMA LEITURA DE RUBEM FONSECA” |
Orientador(a) |
Profª. Drª. Terezinha Maria Scher Pereira |
Ano da defesa |
2000 |
Resumo |
Este trabalho pretende, a partir da leitura de alguns contos de Rubem Fonseca, mostrar como sua obra se articula e se estrutura num permanente diálogo com uma tradição artística. Nesta direção, procurar-se-á ver a presença múltipla de outros textos e outras vozes em suas narrativas. Além disso, pretende-se buscar, em sua obra, de que maneira o espaço urbano se dispõe como uma criação ficcional. |
Mestrando(a) |
ISABELA MONKEN VELLOSO |
Título |
“FOTOGRAMAS DO IMAGINÁRIO” |
Orientador(a) |
Profª. Drª. Maria Lúcia Campanha da Rocha Ribeiro |
Ano da defesa |
2000 |
Resumo |
Neste estudo, procuramos, a partir da análise de Os Irmãos Karamázovi, de Dostoiévski, e do álbum Trabalhadores, de Sebastião Salgado, evidenciar a relação literatura/fotografia. Para tanto, investigamos os processos do imaginário concernentes à leitura textual e imagética, e assim destacamos: a articulação mnemônica, o trânsito entre o legível e o submerso, a singularização da referência e o desautomatismo perceptivo. Pretendemos, através desta pesquisa, demonstrar que a investigação de campos, aparentemente díspares, fornece dados essenciais à compreensão da especificidade de cada um, como também revela a inaudita simbiose que há entre eles. |
Mestrando(a) |
MARIA PERLA ARAÚJO MORAIS |
Título |
“QUEM TEM MEDO DO LOBISOMEM? (LEMBRANÇAS E ESQUECIMENTOS EM ALGUMAS COLEÇÕES, ARQUIVOS E IMAGENS DE BORGES, GUIMARÃES ROSA E ARLINDO DAIBERT)” |
Orientador(a) |
Profª. Drª. Terezinha Maria Scher Pereira |
Ano da defesa |
2000 |
Resumo |
Em tempos pós-modernos, o diálogo entre a Arte e a Identidade cultural propicia leituras responsáveis pela desconstrução de antigos centros. Tendo como ponto de partida Manual de Zoología Fantástica de Jorge Luís Borges, o conto “Meu Tio o Iauaretê” de Guimarães Rosa e a xilogravura Pacto de Arlindo Daibert, sugerimos uma incursão na identidade latino-americana e uma reflexão sobre a forma como essa identidade é apreendida. Isso porque nesses sistemas artísticos, encontramos uma realidade híbrida que mina um exercício pedagógico de apreensão do “outro”. Esse aspecto, intuimos, o podemos observar na cultura latino-americana. Dessa forma, nosso trabalho pretende investigar quais são estratégias de que os autores se valem para anunciar essa “outra” voz, irredutível – a um esquema que homogeneiza as diferenças – e híbrida, e como essa identidade pode desestabilizar a estrutura do centro. |
Mestrando(a) |
PETRA CRISTINA AUGUSTO |
Título |
“NAUS SOB O CÉU DE LIXBOA, UMA TERRA ESTRANGEIRA” |
Orientador(a) |
Profª. Drª. Maria Luiza Scher Pereira |
Ano da defesa |
2000 |
Resumo |
Este trabalho parte de um levantamento de aspectos da identidade cultural encontrados no projeto literário português, observados na obra de Camões, Fernando Pessoa, e analisados mais destacadamente na de António Lobo Antunes. Interessou-nos a reflexão sobre o traço de negociação entre o próprio e o diverso, o centro e às margens, o mesmo e o outro, na construção do discurso da identidade portuguesa. Contextualizados pelo processo imperial/colonial, escolhemos como corpus da nossa análise textos consagrados pelo cânone literário como os romances Os cus de Judas e As naus, de Lobo Antunes, e textos pertencentes a outros sistemas culturais, como a letra da canção popular Canção de Maria esperando o regresso das naus e os filmes O céu de Lisboa e Terra Estrangeira dirigidos, respectivamente, por Wim Wenders e Walter Salles. |
Mestrando(a) |
YÁSKARA BARROS F. DE MENDONÇA |
Título |
“EM NOME DA LITERATURA, DO SAGRADO E DO PROFANO…” |
Orientador(a) |
Profª. Drª. Geysa Silva |
Ano da defesa |
2000 |
Resumo |
Em nome da literatura, do sagrado e do profano… analisa a literatura pós-moderna que segue a tendência de outras áreas do saber, ao reconhecer que o discurso traduz uma verdade que nem sempre é a verdade formal, única. Livre dos processos de diferenciação binária, essencialista, a literatura deste final de século multiplica a eficiência da linguagem, ao mesmo tempo em que questiona a idéia de originalidade. Fugindo de idéias totalitárias, consecutivas e representativas da realidade, o espaço da literatura torna-se interdisciplinar, sem abrir mão do que lhe é específico. Analisando os romances A porta e Diário de Perséfone, de Heloisa Seixas, percebe-se que o fenômeno literário é dinâmico e histórico. Nele cabe a representação do sagrado e do profano que se manifestam no enfrentamento do homem com a fragmentação pós-moderna que divide o sujeito em múltiplas subjetividades e constrói um discurso cuja característica é a busca desesperada de ilusões. |