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Português como Língua de Acolhimento

Professora responsável: Noemi Teles de Melo – Departamento de Letras

Resumo: Ensina noções básicas da língua portuguesa para facilitar a inserção na sociedade e no mercado de trabalho. O curso está sendo ofertado atualmente de maneira remota para imigrantes e refugiados, de qualquer nacionalidade.

 

O projeto de ensino de português a migrantes e refugiados desenvolvido pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) desde 2018 tem o objetivo de oferecer noções básicas da língua portuguesa de modo a facilitar a inserção na sociedade e no mercado de trabalho deste público. O projeto “Língua portuguesa como Língua de Acolhimento” faz parte das ações do Programa Boa Vizinhança e foi coordenado pela professora Ana Beatriz Rodrigues. Em sua primeira turma, a iniciativa atendeu 10 estudantes, oriundos de diversas regiões da Venezuela. As aulas aconteciam, presencialmente, duas vezes na semana, nas noites de terças e quintas-feiras, na Faculdade de Letras da UFJF. O curso tem duração de três semestres, divididos em três módulos, com carga horária de 60 horas cada um. A coordenadora conta que sempre teve vontade de atuar de alguma forma na causa dos refugiados no Brasil. Como a Faculdade de Letras e o Boa Vizinhança já oferecem o ensino de português para
estrangeiros, pensou-se na possibilidade de abrir uma turma que acolhesse essas pessoas.

O objetivo é integrá-las na comunidade brasileira e juiz forana a partir do aprendizado da língua. “O falar a gente sabe que muitos aprendem na rua, com as vivências e conversas cotidianas, mas estamos preocupados sobretudo com a escrita, com a leitura e com a integração. Então as aulas são muito voltadas para isso. Buscamos abordar os aspectos do Brasil, mostrar um pouco sobre o país e ajudá-los a compreender a língua”. Com duração de aproximadamente duas horas, os encontros acontecem em uma sala de aula acolhedora, cujas mesas e cadeiras formam uma espécie de círculo, para que os alunos interajam entre si e com a professora. A ideia é promover o diálogo e a aprendizagem a partir das experiências de cada um. A bolsista responsável, Tereza D’Avila Ferreira, 26 anos, é formada em Letras pela UFJF e atualmente cursa a habilitação em Espanhol. É ela quem prepara e ministra as aulas baseada em uma apostila disponibilizada pelo projeto. Mas, para além de normas gramaticais e conjugação verbal, o objetivo é tornar a língua portuguesa acolhedora, para que os estudantes aprendam a ler, escrever e se comunicar nesta nova realidade em que se inserem.

Atualmente, o curso está sendo ofertado de maneira remota para imigrantes e refugiados de qualquer nacionalidade que residam em Juiz de Fora, com idade a partir de 16 anos. É coordenado pela professora Noemi Teles do mesmo departamento. São oferecidas duas turmas nos seguintes dias e horários: 2ª e 4ª (19h às 21h) e 3ª e 5ª (19h às 21h). Para receber certificado os participantes devem concluir 75% das atividades propostas no curso.