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Oficinas de Música

Coordenadora: Juliana Costa Oliveira 

Resumo: Oferece atividades de apreciação e formação musical para a integração cultural por meio de uma linguagem universal que é a música, além de proporcionar aos estudantes de Música da UFJF a interação intercultural, por meio de um escopo humanitário e de promoção da cultura e da paz.

 

A música é uma importante expressão artística e cultural, compartilhada pela maioria dos povos e culturas. Pode servir como um mecanismo de aproximação, identidade e integração entre os povos. As artes, de maneira geral, humanizam a sociedade e podem ser um instrumento de promoção da cooperação internacional e da paz entre as nações.

Os objetivos do projeto são: – Proporcionar atividades de apreciação e formação musical para refugiados, viabilizando a integração cultural por meio de uma linguagem universal que é a música; – Expandir as ações de extensão dos cursos de Música da UFJF para atingir um escopo humanitário e de promoção da cultura e da paz por meio do estímulo às atividades culturais e artísticas. – Viabilizar para os estudantes de Música da UFJF a possibilidade de interação intercultural, inclusive com o estímulo à atividade docente em língua estrangeira, quando possível.

Observadas as afirmações supracitadas, entende-se que propiciar turmas para apreciação e formação musical para refugiados poderia ser uma forma eficaz de integração desses indivíduos com o país que os acolheu, bem como proporciona aos alunos do curso de Música uma interação internacional, com caráter humanitário, estimulando o intercâmbio cultural.

Os principais beneficiários seriam os refugiados com os quais a UFJF pudesse interagir por meio dos seus projetos de extensão. Entretanto, toda ação social propicia benefícios recíprocos. Como dizia uma antiga canção: “fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas”.

Os refugiados buscam a validação dos seus direitos civis e políticos, mas não se pode olvidar a relevância dos seus direitos econômicos, sociais e culturais. O que as Oficinas de Música da UFJF podem proporcionar é uma contribuição modesta para que esses indivíduos desfrutem de uma inclusão cultural. A música transcende fronteiras geográficas e linguísticas, e pode funcionar como um veículo instantâneo de agregação social e cultural. Uma vez que essas pessoas se sintam parte de um projeto, de uma instituição tão relevante como a UFJF, poderiam seguir com novos passos, como a busca de trabalho, moradia, renda e uma vida digna no país que as acolheu. Portanto, os impactos sociais viabilizados pelo projeto referem-se à inclusão social por meio das artes, fenômeno mais célebre até mesmo do que a inclusão pela linguagem.

Desta forma, o programa de extensão Oficinas de Música da UFJF, vigente há 3 anos na universidade, pretende alocar parte dos seus recursos humanos para oferecer turmas e atividades de apreciação e formação musicais específicas para os refugiados. Isso poderia estimular também os alunos dos cursos de Música à interação intercultural, ao aperfeiçoamento em língua estrangeira e a desenvolver alguns dos valores preconizados pelo PPC do curso, que incluem questões humanitárias e de compreensão das necessidades humanas como espécie, para muito além do contexto do município ou do estado.

O projeto funcionaria dentro das Oficinas de Música da UFJF. A coordenação do mencionado programa viabilizará atividades e turmas específicas para os refugiados, sendo possível aproveitar parte da carga horária de bolsistas do projeto ou mesmo alunos dispostos a atuar voluntariamente. Seriam propostas atividades de apreciação musical, que visam a formação cultural, desenvolvimento de plateias e integração aos bens culturais, que são direitos humanos de segunda geração; bem como uma ou mais turmas (a depender da demanda concreta) de formação musical para alunos refugiados. Após três anos de funcionamento, tal desafio seria positivo para o crescimento do projeto.

Um projeto de extensão que tenha como objetivo o ensino de música agregando em seu escopo um grupo de refugiados seria um caso relevante para estudo e divulgação no campo da educação musical brasileira. A UFJF hoje abriga o presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM), e seria possível utilizar esse vínculo institucional para, por meio da ABEM, apresentar uma proposta de extensão que transcende as necessidades da comunidade local, mas que viabilize uma integração humanitária. O fruto desse trabalho mereceria divulgação científica, para que, caso haja resultados positivos, outras instituições se inspirem e atuem com ações similares. Dessa forma, os indicadores seriam: a designação de docentes, bolsistas e/ou voluntários para atuarem com os alunos refugiados; – Relatório periódico (semanal, mensal, semestral e anual) das atividades culturais e pedagógicas desenvolvidas com os alunos; – Verificação qualitativa dos impactos do projeto na inclusão social dos refugiados; – Divulgação das ações por meio de atividades online e apresentações musicais realizadas por estudantes refugiados, por meio de mídias sociais e da Diretoria de Imagem da UFJF.