Esta cátedra conta com o suporte institucional da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), em parceria com a Pró-reitoria de Extensão (Proex), compreendendo “o papel da autonomia das instituições de educação superior brasileiras para desenvolver estratégias de internacionalização que sejam contextualmente relevantes e que busquem promover a justiça social global; e a importância de vincular as atividades de extensão universitária existentes a grupos marginalizados à política institucional de internacionalização, para que os esforços de internacionalização não acabem suprimindo o papel social mais direto dessas instituições” (DE WIT, 2020).
A Diretoria de Relações Internacionais possui como missão a promoção de uma visão plural de mundo por meio da internacionalização da instituição. Nesse sentido, visa inserir a UFJF no cenário internacional, fortalecendo relações acadêmico-científicas com outras instituições de ensino e pesquisa no exterior através da criação de projetos, programas, estabelecimento de convênios e redes que possam viabilizar parcerias e cooperação internacionais, além da criação e implantação de uma política linguística que possibilite e que facilite o processo de internacionalização.
O período atual caracterizado pela globalização e fragmentação do espaço mundial impõe mudanças aceleradas em diferentes processos e dinâmicas no campo da educação. A ciência, hoje associada à técnica e cingida pela informação, aparece como um complexo de variáveis que comanda o desenvolvimento do período atual. Frente aos desafios provenientes da natureza da produção do conhecimento contemporâneo e as características da sociedade atual, é urgente estruturar as respostas das universidades, mediante uma série de ações articuladas capazes de fortalecer suas capacidades na docência no ensino de graduação, na pós-graduação, na pesquisa e na extensão.
Assim, concebemos que o processo de internacionalização das universidades remete à introdução da dimensão internacional na cultura e na estratégia institucional, na graduação e pós-graduação. Mas para que esse objetivo consiga se consolidar nesses diferentes níveis, há que se preservar a indissociabilidade do ensino, pesquisa, extensão e inovação, para que os ganhos das ações internacionais possam ser compartilhados por todos. No âmbito da extensão universitária, dada a perspectiva da indissociabilidade com o ensino e a pesquisa, envolvendo a graduação e a pós-graduação, entendemos como necessária a construção de uma política institucional para a internacionalização incorporando a dimensão extensionista. Consideramos como uma importante experiência, por exemplo, o intercâmbio científico entre os países centrais e os países periféricos, buscando a troca e incorporação de saberes, a experimentação de novas metodologias, de mecanismos de monitoramento e avaliação de ações no campo da extensão.
Ao mesmo tempo, essas relações podem conectar novas formas de experimentação das universidades nas comunidades, propiciando a visão crítica dos estudantes sobre a extensão em territórios diferenciados, bem como sobre o trabalho que é desenvolvido na região de influência da UFJF, em seus dois campi, contribuindo para o planejamento, fortalecimento e ampliação das ações hoje desenvolvidas. Estas experiências podem gerar oportunidades para ampliação de programas e projetos de extensão com interfaces com a pesquisa, além de permitirem novas vivências adequadas às distintas realidades envolvidas.