Integrando a campanha “Março, Mais Mulher, Mais Democracia” da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), foi realizada na manhã desta quinta-feira, 9, a roda de conversa com mulheres migrantes e refugiadas. O evento foi promovido através de uma parceria entre a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), a Secretaria de Assistência Social (SAS), a Casa da Mulher, o Centro de Referência em Direitos Humanos, a Casa São Francisco de Assis e o ImigraSomos.
As participantes conversaram sobre os desafios enfrentados pelas mulheres migrantes. Muitas delas relataram sobre como foi a chegada ao país, os desafios, mas também como se sentiram extremamente acolhidas pelo povo mineiro. Também foi oferecido um café da manhã, que contou com um prato típico venezuelano chamado “arepas” preparados pelas próprias venezuelanas, como forma de integração e resgate de parte da memória afetiva do país.
De acordo com a assistente social da SEDH, Victoria Sabatine, são muitos os desafios enfrentados pelas mulheres no Brasil e no mundo. Para as migrantes, as dificuldades são mais complexas e envolvem a articulação de políticas que protejam e sejam acessíveis especificamente a essas mulheres e meninas. “É importante ressaltar os avanços que tivemos, tanto no que se refere à proteção das mulheres quanto dos próprios migrantes internacionais”.
Para a refugiada Anggy Desangles, que mora em Juiz de Fora há três anos e seis meses, o principal desafio é estar forte para ajudar os outros. “Tenho que pensar em mim, me fortalecer para conseguir ajudar as pessoas ao meu redor, a minha família. Preciso me fortalecer para enfrentar todas as dificuldades.” Ela ainda falou sobre ser uma mulher refugiada. “A mulher precisa ter a capacidade de fazer tudo, cuidar da casa, do marido, dos filhos, de trabalhar fora. Eu sou filha, mãe, esposa. Tudo isso que eu sou me impulsiona. Estou muito orgulhosa de mim.”
Matéria publicada originalmente no site: https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=78927