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Musicamamm recebe Coral da UFJF

Grupo apresenta repertório diversificado nesta quinta, 29, às 20h, no MAMM

Com mais de 40 anos de existência, e tendo cantado de tudo um pouco, o Coral Universitário é praticamente uma família. Entre memórias e planos para o futuro, o grupo se apresenta, na próxima quinta-feira, dia 29, às 20h, no Musicamamm, projeto do Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM) que abre espaço para jovens músicos e artistas consagrados mostrarem a diversidade musical de Juiz de Fora e região.  Segundo o regente Guilherme Oliveira, o repertório para a apresentação vai misturar do mais clássico, como Debussy e Bach, ao popular da música brasileira e estrangeira. “Vamos cantar Bohemian Rhapsody, do Queen, o que é bastante incomum para um coral”, antecipa.

História

O grupo nasceu, na década de 60, de um pequeno coro religioso que se apresentava na Igreja da Glória e no Colégio Santa Catarina. O então Coral Pio XII, sob a regência de Victor Giron Vassalo, passou a realizar ensaios na hoje extinta Galeria de Arte Celina. Em 1966, se tornou Coral Universitário após uma apresentação para o reitor da UFJF, professor Moacir Teixeira de Andrade Reis, que decidiu integrar o coral à universidade.

Com o falecimento de Vassalo, em 1996, e sob a direção da professora Ana Maria Oliveira Ramos, o grupo passou a incluir canções populares em seu repertório erudito e tradicional. O século XXI trouxe novos regentes – os maestros André Pires, Carlos Alberto Romanelli e Fernando Vieira – e o lançamento de dois dos primeiros álbuns do grupo: À Moda da Casa, de 2002, e Tear, de 2004. Desde 2011, o maestro Guilherme Oliveira assumiu a direção do coral e prevê, para este ano, além das apresentações mensais no projeto Musicamamm, a gravação de um terceiro CD do grupo.

Um pouquinho de tudo

Há mais de dez anos no grupo, a coralista Adriana Castro diz que a principal mudança no coral aconteceu durante a regência de André Pires. “O Coral Universitário se tornou mais cênico, dinâmico, popular, sempre cativando o público”, afirma. Foi sob o comando do maestro que o grupo lançou seus dois discos e ganhou prêmios internacionais, como o de Melhor Regente e o de Melhor Coral Adulto Misto no Concurso Latino-Americano de Interpretação Coral, realizado na Argentina em 2004.

O coral atualmente é composto de músicos amadores e alguns profissionais. “Tem cantora lírica, roqueiro, cantor de baile, uma variedade que acaba dando uma originalidade para o grupo. A reunião de pessoas de interesses e propostas diferentes deu um pique bom para o Coral”, diz Adriana Castro. Apesar das trocas de regentes e da renovação do grupo, ocorridas nos últimos anos, “a identidade do grupo se firmou de tal maneira que quem se aproximou já compartilhava do mesmo sentimento, uma maneira de ser traduzida em música”, afirma Adriana.

Esse sentimento também é compartilhado por Flávia Cocate, coralista do grupo há sete anos. “O repertório do Coral reflete nossa identidade. Temos músicas eruditas, populares, brasileiras, estrangeiras, de tudo um pouco, com arranjos e composições bem variados”, comenta. Flávia diz que algumas músicas já se tornaram marca registrada do Coral, como Comida, do Titãs, e Tristeza Pé no Chão, composição do artista local Mamão, eternizada na voz de Clara Nunes.

Planos para o futuro

“Estamos trabalhando para lançar o terceiro CD, um álbum só de inéditas. Temos o apoio da UFJF e queremos lançá-lo ainda esse ano”, comenta Guilherme Oliveira, regente do Coral desde 2011. O maestro, que trabalhava anteriormente no coral Canarinhos de Itabirito, afirma que se entrosou rapidamente com o grupo. “Identifico-me bastante com o estilo do Coral, que possui um repertório popular e movimentação cênica, o que gera uma aproximação forte com o público”, diz.

O Coral também se prepara para a sétima edição do festival internacional America Cantat, que acontece na Colômbia em março de 2013. “Para o festival, estamos preparando um espetáculo novo, só com músicas inéditas. Queremos fazer uma apresentação ainda no final do ano”, afirma.