Uso de máscaras e álcool em gel, manter distanciamento em relação ao outro são algumas orientações básicas que estão na ponta da língua de praticamente todo brasileiro. Se há dois anos, esse tipo de prática não era usual, a pandemia de Covid-19 possibilitou novos hábitos por meio da divulgação de informações na mídia, redes sociais e canais diversos.

É nesse sentido que o pesquisador Marcel Vieira, coordenador da plataforma JF Salvando Todos, é um dos convidados do encontro virtual “Entre lacunas e excessos: entenda os efeitos da infodemia”. Também participará do debate o professor Wedencley Alves da Faculdade de Comunicação.

Professor Marcel Vieira é um dos convidados da live “Entre lacunas e excessos: entenda os efeitos da infodemia” (Arte: Milena Dibo)

A live ocorrerá no dia 7 de outubro, às 16h, e será transmitida ao vivo pelo canal da Revista A3 UFJF no YouTube (Inscreva-se e ative as notificações). Também haverá transmissão pelo perfil da UFJF no Facebook (UFJFoficial). Não é necessária inscrição e os participantes poderão interagir enviando perguntas pelo chat e canais oficiais.

Para dar uma amostra do que será abordado pelo professor de Estatística, Marcel Vieira respondeu algumas perguntas relacionadas ao tema. Confira:

De que forma avalia a grande quantidade de informações geradas sobre a pandemia de Covid-19?

“Realmente, a pandemia rapidamente se tornou um tópico de grande interesse para todas as pessoas em todos os países do mundo. Ao mesmo tempo em que os veículos de imprensa e muitos divulgadores científicos nas redes sociais tentavam informar a população, conscientizar em relação aos riscos e aos cuidados necessários, houve também um boom de notícias falsas, informações imprecisas, que desinformavam a população. Eu considero que foi natural esse assunto ter se tornado tão evidente e ter tomado tanto espaço na mídia. De fato em pouco tempo essa doença se espalhou pelo mundo inteiro, com milhões de casos, milhões de óbitos. Era realmente necessário informar, passar informações sobre a doença para a população.”

A Estatística se tornou muito recorrente para o monitoramento da Covid-19. Considera que essa divulgação possibilitou uma popularização da área? 

“De fato, a Estatística foi muito utilizada para o monitoramento e acompanhamento da pandemia e para a tomada de decisões de políticas públicas de saúde nesse período. A Estatística sempre foi utilizada com esse objetivo; nós que trabalhamos com e lecionamos na área já ensinávamos para os alunos esse importante papel dessa disciplina. Mas agora ficou mais evidente para todos e realmente considero que houve uma popularização da nossa área. As pessoas que antes não conheciam passaram a conhecer termos técnicos da Estatística, como indicadores da pandemia. Hoje é comum ouvir as pessoas conversando sobre taxa de transmissão da Covid-19 (Rt), média móvel, eficácia das vacinas, e antes da pandemia a maioria das pessoas desconhecia esses termos e desconhecia esses indicadores.”

O encontro irá abordar os efeitos da infodemia. Por que ainda é tão importante e necessário discutir essas questões?

“As pessoas que antes não conheciam passaram a conhecer termos técnicos da Estatística, como indicadores da pandemia. Hoje é comum ouvir conversas sobre taxa de transmissão da Covid-19 (Rt), média móvel, eficácia das vacinas” (Marcel Vieira).

“Como infelizmente a pandemia ainda não acabou e ainda não conseguimos prever quando se dará o seu fim, continuo considerando importante fazer o acompanhamento e monitoramento da pandemia, tanto no município de Juiz de Fora, no Brasil e no mundo. É importante continuar informando a população para que ela possa estar ciente daquilo que é importante em relação à evolução da doença. Eu acredito que informação salva vidas: as pessoas bem informadas podem tomar as melhores decisões, podem se proteger e evitar o contágio do novo coronavírus. É claro que ao passar essas informações temos que ter consciência, tomar cuidado para não levar as pessoas a ficarem alarmadas e nem excessivamente preocupadas. Mas não podemos evitar passar as informações. Eu acho que a melhor receita é passar as informações necessárias, fidedignas, precisas, com equilíbrio, de forma clara e realista, sem sensacionalismo e sem exageros.”

Pode destacar alguns dos tópicos que pretende abordar em sua fala durante a live? 

“Eu pretendo falar, sobretudo, sobre a minha experiência nesse período da pandemia, em relação à divulgação científica, à divulgação dos números e dos dados da Covid-19. Pretendo falar da minha experiência como coordenador da plataforma JF Salvando Todos e também do diálogo com colegas de outras áreas, da Medicina, da Epidemiologia, da Comunicação, que tem enriquecido muito a minha experiência acadêmica. Além disso, quero apresentar o que fizemos nesse período, em termos de plataforma, quantos usuários a acessam, bem como abordar o inventário de notícias que foram produzidas pela imprensa a partir dos dados que nós divulgamos na plataforma.”

Lives da Revista A3

Organizada pela Diretoria de Imagem da UFJF, a iniciativa integra a série Encontros possíveis, que tem como objetivo despertar novas possibilidades da divulgação da ciência e da troca de saberes no contexto de isolamento social. Este encontro acontecerá durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).

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