Reunião ordinária terá duas pautas principais: a definição do calendário de encontros em 2020 e a proposição de nova eleição (Foto:

O Fórum Permanente de Diversidade da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza a última reunião ordinária deste ano, na próxima sexta-feira, dia 6, das 14h às 17h, no Anfiteatro das Pró-reitorias, no campus de Juiz de Fora. 

De acordo com o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Moreira de Oliveira, o encontro terá como pauta principal  a avaliação de políticas afirmativas de outras instituições federais. A intenção é que medidas bem-sucedidas sirvam como parâmetro para elaboração de ações na instituição, sendo respeitadas as singularidades da UFJF.  

“Com objetivo de remover muitas barreiras que criam dificuldades de acesso e permanência de estudantes pertencentes a grupos sociais historicamente discriminados ou em profunda desvantagem econômico-social, ações afirmativas estão sendo desenvolvidas em diversas universidades públicas, sendo esse um ponto em comum, especialmente com relação a estudantes cotistas. Fruto da luta do movimento social negro brasileiro, as ações afirmativas se expandiram para outros grupos sociais e, atualmente, ganham particularidades em cada instituição”, aponta Oliveira.

Dentre as instituições mencionadas pelo diretor, estão as universidades federais de São Carlos (UFSCAR); de Minas Gerais (UFMG); do Rio Grande do Sul (UFRGS); do Paraná (UFPR); e de Pernambuco (UFPE).   

“A UFSCAR, por exemplo, desenvolveu no ano de 2016, através da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade, diversos encontros com a comunidade universitária e elaborou um documento expressando a sua política. A UFMG não possui uma secretaria ou diretoria específica, mas um programa que envolve várias pró-reitorias e, é possível observar, as ações estão diretamente voltadas para as políticas de inclusão da população negra e indígena”, relata Oliveira.

Ele acrescenta que a UFRGS possui uma Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas, composta por representantes de diversas pró-reitorias, além de desenvolver iniciativas voltadas, especificamente, para estudantes cotistas negros e indígenas. 

“Já a UFPR criou há pouco tempo a Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade, que atuará com ações voltadas para os públicos negro, indígena, quilombola, comunidades tradicionais, migrantes, mulheres, LGBTQI+ e pessoas com deficiência. A UFPE não possui uma secretaria ou diretoria específica de ações afirmativas, mas é possível observar a existência de núcleos que trabalham diretamente com políticas voltadas para a comunidade LGBT, para a Acessibilidade e para os Negros”, explica Oliveira.

Principais demandas na UFJF

Segundo o diretor de Ações Afirmativas da UFJF, Julvan Moreira de Oliveira, três demandas se sobressaem na instituição: as dos grupos e coletivos negros; as de pessoas com deficiência (PCD); e as relacionadas às identidades de gênero e sexualidades.

“O ideal, porque é um processo a ser construído com os diversos grupos e coletivos, é que a Diretoria de Ações Afirmativas da UFJF tivesse, pensando especificamente em suas demandas, três coordenações nessas áreas, o que já está se consolidando”, aponta.

O diretor menciona a criação, em 2018, do Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI), que tem como objetivo construir e implementar políticas de ações afirmativas para pessoas com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Altas Habilidades e Superdotação no âmbito dos cursos de graduação e pós-graduação da UFJF.

“Também temos o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab), que está aos poucos se consolidando, exemplo disso foi o I Encontro de Pesquisadorxs e Estudantes Negrxs da UFJF, ocorrido no dia 30 de outubro último. Em seguida, tivemos a aprovação de um Programa de Extensão, para o ano de 2020, desenvolvido pelos professores e estudantes dos coletivos que organizaram o evento, visando ao fortalecimento do Neab. Nesse sentido, o NEAB poderia assumir as demandas específicas para a população negra e, quem sabe, também indígena. E nos restaria uma coordenação voltada para as questões relacionadas às identidades de gênero e sexualidades”, avalia.

O diretor salienta que as representações eleitas para compor o Fórum Permanente de Diversidade da UFJF possuem trabalhos especificamente nas áreas da inclusão, da diversidade étnico-racial e das relações de gênero e sexualidades. “Essa diversidade é importante na construção de nosso documento da Política de Ações Afirmativas da UFJF”, conclui.

Histórico e objetivos do Fórum de Diversidade

O Fórum Permanente de Diversidade da UFJF foi instaurado em agosto de 2018, visando à elaboração participativa e democrática de uma política de ações afirmativas para a Universidade. Ações afirmativas são políticas públicas feitas pelo Estado, instituições ou iniciativa privada com o objetivo de corrigir desigualdades presentes na sociedade, acumuladas ao longo do tempo. 

Uma ação afirmativa busca oferecer igualdade de oportunidades a todas e todos, revertendo representações negativas e combatendo preconceitos e discriminações.

Integram a instância deliberativa representantes eleitos de professores, técnico-administrativos em educação (TAEs), estudantes e terceirizados da UFJF, e movimentos sociais externos à instituição.

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