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A 14ª reportagem da série que faz um balanço dos oito meses da gestão “Reconstruir a UFJF” e que aponta algumas perspectivas para 2017 pontua ações e propostas futuras do Forum da Cultura. Nas matérias anteriores foram abordados temas relacionados aos trabalhos da Diretoria de Inovação, da Diretoria de Ações Afirmativas, da Diretoria de Avaliação Institucional, da Pró-reitoria de Extensão, da Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças, da Pró-reitoria de Cultura, da Pró-Reitoria de Apoio Estudantil e Educação Inclusiva , da Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), do campus avançado da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares (UFJF-GV), da Pró-reitoria de Graduação, da Diretoria de Imagem Institucional e da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas.

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Prédio é marco arquitetônico de Juiz de Fora (Foto: Caique Cahon/UFJF)

O Forum da Cultura é um espaço cultural da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) que abrange diversos segmentos de manifestações artísticas. Criado em 1971 pelo reitor Gilson Salomão, ao longo de quase quatro décadas tem proporcionado à comunidade acadêmica e juiz-forana contato com mostras em artes plásticas, espetáculos teatrais, difusão de cultura popular e música. Cumprindo a função universitária de, por meio da cultura, unir ensino, pesquisa e extensão, a casa é um exemplo vivo da arquitetura da primeira metade do século XX. Resguardando a memória da Universidade, por ter abrigado a primeira sala de reitoria da UFJF, o prédio é um marco arquitetônico que possibilita às novas gerações um mergulho na identidade de Juiz de Fora.

Um ano com calendário artístico rico e pleno

Para a diretora do Forum da Cultura, Márcia Falabella, “2016 foi um ano marcante por conta da celebração dos 50 anos do Grupo Divulgação e do Coral Universitário, entidades que integram a casa”. Verdadeiro expoente da cultura juiz-forana, o Grupo Divulgação celebrou seu Jubileu de Ouro com uma releitura do clássico “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, que esteve em cartaz no Forum entre os dias 8 de junho e 3 de julho, com versão e direção do fundador do Grupo, José Luiz Ribeiro. A peça foi uma das nove montagens teatrais da programação anual da casa. Dentre outros eventos comemorativos, o Divulgação também teve sua história contada através do livro “Cancioneiro Divulgação”, de autoria de José Luiz.

Já o coral da UFJF – um dos poucos do país que está em atividade ininterrupta desde a sua fundação em 1966 -, celebrou seus 50 anos com a apresentação do espetáculo “Brasis em Cena: Paisagens”, nos dias 17 e 22 de novembro, em evento realizado no Cine-Theatro Central.

Outras produções, como “Anjos & Desarranjos”, musical para o público infanto-juvenil, e “Sete Palmos”, possibilitaram a continuidade do projeto de extensão Escola de Espectador. “Uma ação de cidadania que permite aos estudantes e professores de escolas da rede pública e também a integrantes de comunidades carentes de Juiz de Fora e cidades da região terem acesso aos espetáculos da companhia e uma vivência totalizadora da produção cultural do Forum”, explica Márcia Falabella.

Adolescentes encenaram a peça Coração de Neve (Foto: Márcia Falabella)

Adolescentes encenaram a peça Coração de Neve (Foto: Márcia Falabella)

O projeto “Centro de Estudos Teatrais – Cursos e Oficinas” recebeu menção especial na I Mostra de Ações da Extensão e possibilitou ao Núcleo de Adolescentes e ao de Universitários estabelecerem contato com o ensino e a pesquisa de linguagens cênicas. Para a Terceira Idade, foram montados dois espetáculos: “Cora, Luar e Cantar”, percorrendo o universo de Cora Coralina, e Mentira tem perna curta, uma investigação da cultura popular através de chistes.

A Galeria de Arte abrigou 15 exposições, permitindo que artistas locais e de outros centros realizassem um entrelaçamento de linguagens através da fotografia, pintura, escultura e tapeçaria, e dando aos frequentadores uma possibilidade de percorrer, durante o ano, um mosaico de criações pictóricas. “Ser embrião, a Epifania”, da artista peruana Kãula Lanmou; “Florescer da Alma”, da artista radicada no Rio de Janeiro, Nequitz Miguel; além de “Brasil, cores e sabores”, pelo Clube de Fotógrafos Amantes da Natureza; e “Singularidades e Memórias no Velho Continente: Veredas de um Ensaio Fotográfico”, do Professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Adriano Medeiros, fizeram parte do calendário de 2016.

Água de Beber: uma das mostras expostas no Museu da Cultura Popular (Foto: Franciane Lúcia)

Água de Beber: uma das mostras expostas no Museu de Cultura Popular (Foto: Franciane Lúcia)

No campo da literatura, o Forum realizou lançamentos de livros, dos quais se destacam, além do já mencionado “Cancioneiro Divulgação”, do dramaturgo, diretor e professor José Luiz Ribeiro; “Breviário de Cena”, da diretora da casa, que também é atriz e professora. Já o Museu de Cultura Popular iniciou o ano com uma mostra sobre amuletos, celebrou o folclore brasileiro, em agosto, e, depois de ter realizado 11 exposições, encerrou com a clássica mostra de seu acervo de mais de cem presépios.

“Os diversos projetos realizados na casa, numa parceria do Grupo Divulgação com a Faculdade de Comunicação, conjugando a extensão e o treinamento profissional,  alavancaram um farto material que documenta a memória dos 50 anos da companhia, através do site que foi criado”, completa Márcia Falabella.

O cinema também foi prestigiado com o projeto ”Journée du Cinema – Programa Embaixadores Universitários da França na UFJF”, do serviço de cooperação e ação cultural da Embaixada da França no Brasil (SCAC-BH), com apresentações de filmes franceses como “La Famille Bélier” e “Marguerite”.

Para José Luiz Ribeiro, “comemorar 50 anos de um grupo de teatro nascido nos anos de chumbo e percorrendo valentemente cinco décadas, semeando o fazer teatral em Juiz de Fora é, antes de tudo, a consagração de um ato de amor”.

Expectativas para 2017

Márcia Falabella avalia que “foi um ano imensamente produtivo. Conseguimos dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos diversos espaços culturais da casa, conciliando produção e difusão, e, sobretudo, articulando ensino, pesquisa e extensão. Quando fui convidada pelo Marcus David e pela Girlene para permanecer no cargo, eu disse que o que tínhamos a oferecer para a nossa comunidade era trabalho. E isso não faltou nem como meta nem como realização. Num momento de crise, há que se comemorar”.

Para 2017, a diretora revela: “temos muitos desafios. Um deles é manter o nível das nossas produções, tanto do ponto de vista qualitativo quanto quantitativo, num cenário de escassez. O outro é avançar nas melhorias estruturais do Forum. Não é fácil manter viva uma casa centenária. Ela começa a revelar os sinais do tempo. Algumas ações se fazem emergenciais. Nesse sentido, creio que há grande vontade dessa Administração em resolver essas carências. Estamos todos trabalhando para isso”.

Outras informações: (32) 3215-3850 – Forum da Cultura da UFJF

Confira todas as matérias da série:
Reestruturação do Critt potencializa inovação tecnológica na UFJF
Diretoria de Ações Afirmativas intensifica combate à violência e ao preconceito
Extensão universitária amplia o contato entre a UFJF e as comunidades externas dos dois campi
Reestruturação da Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças amplia conhecimento de gestão
Diretoria de Avaliação Institucional impulsiona autoconhecimento organizacional
UFJF reassume seu papel como polo fomentador da cultura regional
Aproximação com alunos torna trabalho da Pró-reitoria de Assistência Estudantil  mais efetivo
Pró-reitoria redimensiona pesquisa e pós-graduação na Universidade
Diretoria de Relações Internacionais amplia relações diplomáticas com parceiros globais
Conquistas marcam o ano de 2016 no campus avançado de Governador Valadares
Prograd trabalha para fortalecer a qualidade acadêmica dos cursos
Diretoria de Imagem humaniza as relações institucionais
Gestão de Pessoas compreende servidor como agente de desenvolvimento organizacional