O Coral da UFJF participa logo mais, no Cine-Theatro Central, da noite cultural preparada para a abertura da primeira edição do Festival Internacional de Cinema e Cultura da Diversidade (Festicidi Juiz de Fora). A partir das 18 horas, o palco desse espaço historicamente consagrado a importantes momentos da arte e da cultura local e nacional traz atrações como a Trupe Circense, recepcionando os convidados da Prefeitura para o evento que tem apoio da Pró-reitoria de Cultura.

O maestro André Pires, ex-professor do curso de Música da Universidade e ex-regente do Coral da UFJF, dirige o espetáculo “O sonho do futuro”, que tem produção de Lilian Gil. O programa apresentado a partir das 18h30 revisita Presciliano Silva (1854-1910), com Pires ao piano. Em seguida, as Bachianas nº 5 – Cantilena, de Heitor Villa-Lobos (1897-1986), traz a interpretação de Michele Flores, com Guto Cimino ao violão.

A programação traz ainda Cânticos de Obaluayé, de Francisco Mignone (1897- 1986) e Dona Janaína, de Camargo Guarnieri (1907- 1993), sobre poema de Manuel Bandeira, com interpretação de Luane Voigan e acompanhamento ao piano pelo diretor do espetáculo. O Coral da UFJF entra a seguir com Olhos coloridos, de Osvaldo Rui da Costa (1952), tendo como regente Ana Letícia Macedo (Sukita). Makamba, Danças Afro-brasileiras, encerra o programa artístico com performance e percussão intituladas O sopro da ancestralidade.

Confira a programação completa

A conferência de abertura do Festicidi está marcada para as 19 horas, com a presença da prefeita Margarida Salomão, tendo como convidados Ugo Soares, do CineFanon; Giane Almeida, da Funalfa; Marcelo do Carmo, do Setur, além de Hassane Mezzine, da Argélia; Júlia Catharine, de São Paulo; Avelin Kambiwá, de Belo Horizonte; Adenilde Petrina, do Vozes da Rua,  e Luiz Cláudio Ribeiro (Cacáudio), diretor do Cine-Theatro Central.

Vozes da resistência

Iniciativa dedicada a celebrar a diversidade em toda a sua amplitude, o Festicidi Juiz de Fora traz para o espetáculo de hoje um recorte do concerto “Já que sou, resisto!”, do Coral da UFJF, com a música Olhos coloridos. A regente e coralista Ana Sukita destaca a importância do evento neste momento: “É fundamental dar visibilidade à mulher, ao negro, ao indígena, à população LGBTQIA+ e às pessoas que têm o direito de preservar as características com as quais se identificam”.

A jornalista Laura Castro, uma das veteranas do Coral da UFJF, acredita que o festival vem ao encontro das aspirações do grupo enquanto coro engajado na luta pelo respeito às diferenças e à liberdade de cada um fazer as próprias escolhas em busca da felicidade. “A gente resiste, porque sabe que a luta é difícil. O canto e a arte são nossa contribuição para que esse ideal se concretize”.

Laura fala da importância de participar do Festicidi, atentando para o fato de que o mundo inteiro está voltado para as questões abordadas pelo evento: “Há pessoas, em todo o planeta, que comungam com os mesmos ideais, o que é gratificante para o Coro, especialmente por estar ligado a uma instituição pública e gratuita de ensino, o que reforça a visibilidade dessa bandeira”.

Outras informações: Festicid