A Ibor, empresa de transporte rodoviário sediada em Juiz de Fora, realiza nesta quarta-feira, dia 26, a viagem inaugural de um caminhão movido 100% com biodiesel produzido no Parque Científico e Tecnológico de Juiz de Fora e Região (PartecJF). Esse marco representa um avanço significativo no desenvolvimento de combustíveis sustentáveis na região.
A cerimônia de lançamento ocorrerá às 10h, no anel viário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), próximo ao acesso da Faculdade de Educação Física e Desportos (FAEFID), e contará com a presença de representantes da Ibor, do PartecJF, da universidade e do governo municipal.
O caminhão seguirá até Belo Horizonte, utilizando exclusivamente o biocombustível produzido no PartecJF. A iniciativa está inserida no projeto de produção de biodiesel a partir de óleo de cozinha usado, uma solução inovadora para promover a sustentabilidade e reduzir impactos ambientais.
A tecnologia utilizada na conversão do óleo em biodiesel é da empresa britânica Green Fuels, que cedeu a máquina de produção por meio de um fundo de financiamento do governo do Reino Unido. O processo químico é simples e rápido, envolvendo apenas um reagente (como a soda cáustica) para quebrar o óleo e um solvente (como o metanol) para dissolver o material. A eficiência do método garante que um litro de óleo de cozinha resulte em um litro de biodiesel.
Além do caminhão da Ibor, veículos da Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanidades (Empav) também têm testado o biodiesel, assim como o ônibus circular da UFJF, que atualmente opera com uma mistura de 30% de biodiesel no diesel fóssil. Os testes com a transportadora Ibor tiveram início em dezembro de 2024.
A iniciativa está alinhada às diretrizes das ações de descarbonização e transição energética, contribuindo para a inovação e a sustentabilidade no setor de transportes. A produção de biodiesel na Zona da Mata surgiu como uma alternativa para impulsionar o desenvolvimento econômico da região e mitigar seus impactos ambientais. Além do óleo de cozinha usado, outras matérias-primas, como o óleo de macaúba, podem ser incorporadas ao processo no futuro.
A logística de coleta e beneficiamento do óleo de cozinha usado é realizada pelo Instituto EPROS, que tem sido um parceiro fundamental no fornecimento da matéria-prima para a usina de biodiesel do PartecJF.
