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Luz e conhecimento na gestação

Projeto Luz de Betânia retoma atividades no próximo dia 19

 

Mãe da pequena Beatriz, Amanda Caldeira é uma das 23 gestantes que já passaram pelo projeto (Foto: Arquivo pessoal)

“Não há nada mais potente do que mulheres fortalecendo mulheres no momento em que estamos mais vulneráveis.” O depoimento de Amanda Caldeira, técnica em Edificações da Proinfra, reflete o impacto do projeto Luz de Betânia na vida de gestantes servidoras da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

O projeto contínuo de acolhimento e educação perinatal retoma as atividades na próxima quinta-feira (19), às 9h, na Faculdade de Enfermagem. Para participar, basta enviar e-mail para luzdebetania.ufjf@gmail.com. Criado para instrumentalizar e informar aquelas que vivenciam a jornada da gestação, o Luz de Betânia busca transformar experiências por meio de rodas de conversa e práticas perinatais. 

Parceria entre a Coordenação de Saúde, Segurança e Bem-estar (Cossbe/Siass) e o Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública da Faculdade de Enfermagem da UFJF, os encontros ocorrem quinzenalmente às quintas-feiras, das 9h às 11h30.

“O objetivo principal é que as gestantes possam vivenciar o processo de forma natural, informada e consciente”, destaca a enfermeira da Cossbe Fernanda Mazzoni. Além disso, o projeto visa promover reflexões e embasar escolhas conscientes, sem impor um tipo específico de parto, mas sim respeitar as decisões de cada mulher baseada em seu contexto de saúde.

Os encontros começam com práticas de yoga, que ajudam a aliviar desconfortos e a preparar o corpo e a mente para o parto e o puerpério. Em seguida, as participantes formam uma roda de conversa para explorar temas diversos relacionados à maternidade, com destaque para o controle dos desconfortos na gestação e pós-parto, elaboração de planos de parto,  aleitamento materno e direitos das gestantes e técnicas como o uso do sling e shantala.

Referência no parto humanizado

O nome do projeto é uma homenagem póstuma à enfermeira Betânia Maria Fernandes, ex-professora da Faculdade de Enfermagem, falecida em dezembro de 2019. Betânia foi uma grande militante da causa da humanização do nascimento e autora do projeto do Centro de Parto Normal-Casa de Parto. 

Encontro, em dezembro de 2023, promovido com servidoras gestantes e puérperas participantes do Luz de Betânia (Foto: Carolina de Paula)

A iniciativa começou em fevereiro de 2020, motivada pela própria vivência de Fernanda. “Durante a gestação do meu primeiro filho, fui beneficiada por um grupo semelhante e compreendi a importância de oferecer esse suporte a outras mulheres”, destaca. Até o momento, o Luz de Betânia acolheu 23 gestantes, oferecendo um espaço contínuo de apoio e troca. Também participa da ação a assistente social da Cossbe, Sabrina Barra. 

Reforçando que o objetivo não é necessariamente o parto natural, mas a vivência do processo de forma informada e consciente, a idealizadora acredita que a partir dessa experiência, é possível fazer escolhas coerentes com o seu desejo, dentro da condição de saúde de cada uma e seu bebê: “Nem todas optaram pelo parto natural e algumas, no momento do nascimento, escolheram ou tiveram indicação de cesariana.”

“O Luz de Betânia é um presente em minha vida. Uma honra fazer parte de um grupo de mulheres fortes que fortalecem umas às outras, além de repassar conhecimentos, esclarecer dúvidas, proporcionar um momento de fala com uma escuta generosa, um momento de autocuidado, autoconhecimento. É indescritível o poder desse grupo para as gestantes e mães”, finaliza Amanda Caldeira.

 

Serviço

As gestantes interessadas podem entrar em contato pelo email: luzdebetania.ufjf@gmail.com

 

Relembre

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