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“Fissuras do Tempo” apresenta reflexões artísticas sobre a pandemia em mostra virtual

Os trabalhos selecionados de artistas que atenderam ao chamado público da Pró-reitoria de Cultura para uma reflexão artístico-visual sobre o período da pandemia podem ser conhecidos agora no vídeo da exposição Fissuras do Tempo. Em decorrência das medidas de distanciamento social e controle da Covid-19, a mostra, instalada na galeria Espaço Reitoria, no Campus da UFJF, que permanece sem atividades presenciais, será a princípio visitada apenas virtualmente.

 

Uma obra com oito ilustrações, dentro de 4 quadros, sendo 2 em cada quadro, formando algo que lembra uma janela.

“Arqueologia de apartamento” – Ismael Honório

 

Todas as obras reunidas em Fissuras do Tempo foram produzidas durante a quarentena com exclusividade para a exposição. São óleos sobre tela, fotografias, colagens, desenhos, técnica mista e escultura. Entre os 34 artistas selecionados estão nomes já reconhecidos e novos e jovens artistas de talento, alguns dos quais participam com até três obras. A qualidade e a diversidade dos trabalhos produzidos chamaram a atenção da pró-reitora Valéria Faria e apontam para a multiplicidade de expressões do campo artístico-visual juiz-forano, proporcionando um bom panorama da arte produzida atualmente na cidade.

 

Fotografia em preto e branco de dois profissionais da construção civil trabalhando em uma obra.

“Ser humano em construção” – Thiago Wierman

 

As obras traduzem o sentimento e a forma como cada artista está vivenciando o isolamento social e interpretando os conflitos e dramas íntimos e sociais provocados pela vida durante a pandemia ao longo dos últimos meses. A motivação ou inspiração para desenvolver a obra pode ser a superexposição ao noticiário, como em Eu Monocromático, de Aline Dornelas, que  utiliza recortes de jornais; o confinamento e todo o seu repertório de medo, solidão e tristeza, como nos trabalhos de Daniel Cenachi (Monophobia), Fabrício Silveira (Cá Dentro) e Isabela Castro (Corpo Ausente), dentre outros; ou as mudanças de relação com o tempo, como na composição fotográfica de Nina Mello (Entre Tempos), em que imagens feitas ao longo de 22 dias de pandemia, costuradas num tecido, “alinhavam o tempo”.

 

"Janela imunológica", obra da artista Sandra Sato, semelhante a uma moldura azul com uma espécie de madeira com uma fechadura no meio.

“Janela imunológica” – Sandra Sato

 

A crítica social permeia obras como Era só uma Gripezinha, de Paulo Soares, e Assuntos neoliberais sem serifa, de Pedro Carcereri, que mira o “sistema neoliberal que ignora a vida”. Perspectivas mais otimistas em meio às incertezas de dias sombrios também estão presentes em Fissuras do Tempo, como na obra Reconexão, de Luis Amorim, que aposta na superação desse momento difícil, e na série fotográfica de Tiago Wierman (Ser Humano em Construção), que ilumina o congraçamento possibilitado pela solidariedade.

Um desenho de um corpo, de costas, sem cabeça e sem pernas, se apalpando.

“Corpo ausente II” – Isabela Castro

 

FISSURAS DO TEMPO

ARTISTAS

Ada Medeiros

Aline Dornelas

Ângelo Abreu

Bárbara Almeida

Cendretti

Clara Americano

Cipriano

Daniel Cenachi

E. Silva

Fabrício Silveira

Fernanda Cruzick

Flávia Rosa

Frederico Merij

Gilberto Medeiros

Irene Barros

Isabela Castro

Ismael Honório

Izabel Mano

João Jacob

Luciana

Luiz Amorim

Marcos Amato

Maria Aguiar

Natane Castro

Nina Mello

Paula Duarte

Paulo Soares

Pedro Carcereri

Ramón Brandão

Sandra Sato

Sergio Sabo

Tais Marcato

Tata Rocha

Thiago Wierman

 

REALIZAÇÃO: UFJF/Pró-reitoria de Cultura 

Reitor: Marcus Vinícius David
Vice-reitora: Girlene Alves da Silva
Pró-reitora de Cultura: Valéria Faria Cristofaro
Curadoria: Valéria Faria Cristofaro
Expografia: Paulo Alvarez

 

Acesse o vídeo com a Exposição em nosso canal no YouTube.