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Som Aberto mescla rock, erudito e samba em edição com atrações diversas e 90 expositores

 

Goya Reggae Rock - Cópia

 

No próximo sábado, dia 23, o Som Aberto volta a ocupar a Praça Cívica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Com entrada gratuita, o evento acontece a partir das 14h e conta com atrações culturais, artesanais, culinárias e musicais, como o Grand Bazar e os belo-horizontinos da banda Velotrol. Sucesso na década de 1970, o projeto foi resgatado pela Pró-Reitoria de Cultura (Procult) em 2016 e tem se consolidado como uma opção de lazer diversificada para todas as faixas etárias.

 

Nesta edição, o Som Aberto recebe as bandas Velotro, Goya Reggae Rock e Guerreiras de Clara, além da Orquestra Sinfônica Pró-Música e da dupla Rhee Charles e Guto Gibson. A discotecagem fica por conta do coletivo Astronautas Groove. Também acontecerão oficinas de papel reciclado e origami, contação de histórias, a Campanha Veterinários Solidários, a Batalha de Danças Urbanas do Programa Gente em Primeiro Lugar e a Gincana Solidária do DCE. Ao longo do evento, o público ainda poderá fazer uma massagem relaxante quick, aproveitar as delícias dos food trucks e da praça de alimentação, experimentar técnicas de hipnose, além de acompanhar os expositores do Grand Bazar.

 

Música boa não tem rótulos

 

A Orquestra Sinfônica Pró-Música é quem inicia as atividades na Concha Acústica. Para o regente da Orquestra, Victor Cassemiro, o grande diferencial do Som Aberto é poder estar em contato com um público muito diverso. “É um evento que agrega todas as parcelas da população”, ressalta. “É muito recompensador se apresentar nesse ambiente e poder quebrar essa resistência que as pessoas têm com música clássica.” E, para isso, além da execução de peças tradicionais, como as de Beethoven e Händel, o grupo também vai tocar as aberturas de Game of Thrones e Harry Potter. “É uma forma de a gente se aproximar”, explica o regente.

 

Segunda a se apresentar, a Goya Reggae Rock foi selecionada no edital de cadastramento de bandas universitárias e toca no Som Aberto pela primeira vez. O baterista Matheus Tchê reconhece o evento como uma grande oportunidade para a banda: “Para quem tem esse sonho de trabalhar com música, é uma forma de fortalecer a proposta e ganhar visibilidade”. Além de tocar as músicas do seu primeiro álbum, A Pedra Mais Alta, a Goya também vai apresentar versões de músicas reconhecidas, incentivando a participação do público.

 

Com a proposta de agenciamento do feminino como força criativa, outra atração do Som Aberto é o grupo Guerreiras de Clara. Nascida há pouco mais de um ano, a banda busca homenagear a intérprete Clara Nunes, precursora na popularização da música afro-descendente. Composto exclusivamente por mulheres – são 23 -, o grupo se apresentou publicamente pela primeira vez no Som Aberto, ainda em 2016. “É uma sensação de crescimento”, afirma a integrante Josy Pessoa. “Nós começamos com um show em frente ao Jardim Sensorial, o primeiro da nossa carreira, e agora vamos poder estar no palco. Isso mostra que o nosso projeto é bem aceito”.

 

 

 

Para finalizar, o palco do Som Aberto recebe a Velotrol, grupo belo-horizontino com mais de 15 anos de carreira. A banda apresenta releituras de grandes clássicos do rock e blues, com músicas de Beatles, Pink Floyd, The Doors, Queen, entre outros. O vocalista Elvis Krause acredita que o espaço é uma oportunidade de renovação. “Depois de tanto tempo na estrada, é importante fortalecer o público que nos acompanha, mas também cativar novas pessoas. Para isso, nada melhor que um evento como esse, que reúne um público muito diferenciado”, afirma.

 

Já a discotecagem fica por conta do Astronautas Groove, um projeto formado por três amigos que acreditam que música boa não tem rótulos: do samba ao pop, do funk ao jazz, a equipe traz um pouco da diversidade cultural e sonora para a Praça Cívica. “Nós queremos levar para as pessoas esse lado B, um pouco desconhecido, e mostrar que existe muita coisa boa fora dos circuitos comerciais”, afirma Nuno Melo. Segundo o DJ, o Som Aberto é o maior evento de que o grupo vai participar. “Bate uma ansiedade, mas a oportunidade de poder mostrar a nossa identidade, o nosso projeto, é incomparável”, completa.

 

Além dos shows na Concha Acústica, também é possível conferir a dupla Rhee Charles e Guto Gibson, que investe no repertório de clássicos do rock internacional dos anos 1960 aos 1990. A apresentação será realizada no Palco Cultural, um espaço para pocket shows próximo à praça de alimentação. O projeto é uma parceria com o Cultural Bar.

 

Gincana Solidária

 

Pensando em uma alternativa à tradicional recepção de alunos realizada pelos veteranos dos cursos, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) realiza sua primeira Gincana Solidária. O objetivo do evento é apresentar para os calouros as atividades e grupos da universidade, como o PET e as Atléticas. “São muitas oportunidades que os calouros não sabem”, conta Laura Matos, coordenadora de gestão do DCE. “Nossa ideia é mostrar, em um ambiente divertido, os projetos em que esses alunos podem se envolver. Além disso, ao fazer isso no Som Aberto, a gente dá um retorno para a comunidade do que vem sendo feito no ambiente universitário”.

 

A Gincana também recebe a apresentação das baterias das Atléticas da Medicina e da Engenharia e faz uma campanha de arrecadação de alimentos: são aceitos produtos de limpeza e de higiene, alimentos não-perecíveis e rações para cães e gatos. O evento acontece em frente ao Centro de Ciências.

 

Oficinas

 

O público que acompanhar a próxima edição do Som Aberto também poderá participar das oficinas de papel reciclado e origami. Érika Senra, coordenadora da oficina de papel reciclado, acredita que a iniciativa é importante para criar uma consciência ecológica. “Além disso, é também uma forma de desenvolver habilidades e gerar renda”, afirma. A coordenadora levará exemplos de produtos feitos de papel reciclado, que podem ser fonte de renda. Já Alexandre Chocolate, responsável pela oficina de origami, acredita que o Som Aberto é um espaço para brincar com a arte. Os participantes vão aprender a fazer pequenos animais, como sapos que pulam, e poderão levar as dobraduras para casa. As duas oficinas são abertas ao público e o material é oferecido pela equipe.

 

Além disso, a edição conta com a Caravana de Histórias, com Cristiano Fernandes, e a 7ª Batalha de Danças Urbanas do Programa Gente em Primeiro Lugar, projeto que oferece oficinas gratuitas por toda a cidade nas áreas de artes visuais, artesanato, dança, música e teatro. Segundo Onély Teixeira, coordenadora da área de dança, a apresentação no Som Aberto não apenas aumenta a visibilidade do projeto, como é uma forma de aproximar as crianças e adolescentes do espaço da universidade. Serão 32 crianças e adolescentes batalhando em quatro categorias, duas de break e duas de hip hop, divididas por faixa etária.

 

Bazar

 

Com a proposta de produtos personalizados e diferenciados, que valorizam a produção local, o Grand Bazar ganhou o público do Som Aberto e vem de um histórico de sucesso. Nesta edição, serão cerca de 90 expositores – o maior número até então -, trazendo produtos diversificados, que vão desde artigos de vestuário até culinária.

 

Para Bruna Luz, da 365 Filmes, o Bazar permite um contato mais próximo com os clientes: “É uma relação mais humana, em que nós conseguimos interagir e entender melhor o nosso público”, observa. Presente desde as primeiras edições, Bruna conta que cada participação traz algo diferente e reforça o conceito da marca com os consumidores.

 

Se para a 365 Filmes o Som Aberto já é tradição, o evento ainda é novidade para a Bio-loja, que integra a equipe de expositores pela primeira vez neste sábado. Krajva Caixeta, dona da marca, acredita que o bazar é um espaço para levar ao público produtos alternativos: “Existe personalidade e arte nos produtos, uma mensagem a ser passada. Isso vai muito além do que comprar um produto de marca, feito em larga escala”, afirma.

 

Produto de sucesso na última edição, os gelatos da Ice Cup Gelateria também retornam ao evento. Originária da Tailândia, a técnica pouco usual de produção – o gelato é feito em uma chapa congelada a -30º – chamou a atenção. Os gelatos, produzidos artesanalmente, são naturais, nutritivos e saudáveis e ganharam o gosto do público. Rauly Ambrosio, idealizador do projeto, conta que o Som Aberto abriu portas: “Nós só participamos uma vez, mas o retorno já foi grande. Nosso trabalho vem sendo reconhecido”. A marca lança neste sábado um novo sabor: cappuccino.

 

Som Aberto – Shows, bazar e atrações culturais

Dia 23 de setembro, das 14h às 22h, na Praça Cívica (Campus da UFJF)

Entrada franca

 

Roteiro:

                                

14h Abertura – Ângelo Abreu

 

         Abertura – Grand Bazar

 

        DJ  Coletivo Astronautas Groove

 

        7ª Batalha de Danças Urbanas do Programa Gente em Primeiro Lugar

 

15h – Oficina de Papel Reciclado – Érika Senra

 

          Oficina de Origami – Alexandre Chocolate

 

16h –  Gincana Solidária – Encontro das Atléticas

 

16h30 –  Caravana de Histórias  – Cristiano Fernandes

 

17h20 –  Orquestra Sinfônica Pró-Musica

 

18h – Palco Cultural – Rhee Charles e Guto Gibson

 

19h – Show – Guerreiras de Clara

 

20h – Show Goya Reggae Rock

 

21h –  Show – Banda  Velotrol

 

22h – Pista – DJ Coletivo Astronautas Groove

 

 

 

Mais informações:

Pró-reitoria de Cultura – (32) 2102-3964