Aquisições que proporcionarão alto grau de interatividade entre o público e as obras literárias são o resultado da presença da Pró-reitoria de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece até 31 de agosto. A obra Críctor, a serpente boazinha, de Tomi Ungerer, agraciado com o prêmio Hans Christian Andersen, encabeça a lista que agregará especial valor ao projeto Leitura no Campus, que tem sua próxima edição neste domingo, às 10h30, no estacionamento da Reitoria.
O secretário da Procult, escritor Darlan Lula, levou à Bienal uma série de encomendas da professora Suzana Lima, coordenadora do projeto, lista referendada para acirrar o interesse de crianças e jovens pela leitura. O clássico de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas, chega em versão atualizada com a sugestão “Abra-me” para proporcionar surpresas aos leitores. O inusitado também ronda Só mais uma história, de Dugald Steer, com ilustrações de Elisabeth Moseng, elaborado para atrair a atenção do público infantojuvenil.
Darlan Lula interpretou a Bienal como uma iniciativa interessante em termos de motivação para a leitura, por agregar, em um mesmo espaço, inúmeras editoras. “Foi possível a percepção da estrutura de funcionamento físico do evento, muito mais do que em relação à discussão de ideias, pelo pouco tempo que fiquei por lá. Não há dúvida de que se trata de uma megainfraestrutura, disponibilizando múltiplas opções para os visitantes”, disse, lembrando que alguns livros estavam à disposição por R$ 5 e R$ 10, embora a maioria das obras apresentava custo semelhante ao da internet.
O secretário da Procult ainda observou o grande respaldo de público no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, com a presença de escolares, adolescentes, famílias e casais em busca de novidades no mercado dos livros. “Vi espaços para leitura, para performances, além de estruturas para palestras e escritores de renome autografarem seus trabalhos”.
Novos passos
Darlan Lula entende que foi importante enriquecer o acervo do Leitura no Campus, uma vez que já existem planos de incrementar o projeto, levando-o além das fronteiras da Universidade. A ideia é entrar em contato com presidentes de bairros, bibliotecas autônomas, como a de Benfica, tendo como foco o público infantil. “Será uma oportunidade de levar o projeto a crianças cujos pais não são os frequentadores usuais do Campus”.
A ideia é investir continuamente no projeto, inclusive com a aquisição de material técnico, como microfone, tripé, caixa acústica, favorecendo a contação de histórias, lançamentos infantis etc. “Percebi, através de uma conversa com a coordenadora, que é importante expandir o projeto e que devemos estudar a possibilidade, em parceria com alguns nomes importantes da cidade, de uma Bienal do Livro em Juiz de Fora, reunindo autores locais, talentos muitas vezes com trabalhos que não são difundidos e que acabam dispersos na cidade. A proposta seria promover escritores, incentivar a leitura e possibilitar um acesso mais amplo ao livro.”
Ao lado das principais editoras, livrarias e distribuidoras do país, a Editora da UFJF (EDUFJF) participou da 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo com um estande em que apresenta suas principais publicações. A proposta é consolidar sua posição no cenário editorial nacional, divulgando as pesquisas dos professores da UFJF, além de outros trabalhos relevantes para o universo acadêmico.
Mais informações:
Pró-reitoria de Cultura – (32) 2102-3964