Cantora Fernanda Cunha se apresenta no projeto Musicamamm, no próximo dia 21, às 20h
“O samba mandou me chamar”, canta Fernanda Cunha na faixa “Adeus América”, de Coração do Brasil, que comemora seus 15 anos de carreira. Para iniciar a turnê desse novo trabalho, a artista volta à sua cidade natal e se apresenta no dia 21, às 20h, no projeto Musicamamm do Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM). O show conta com as participações especiais da cantora e compositora Sueli Costa, tia de Fernanda, e do pianista Márcio Hallack. Coração do Brasil foi gravado com os músicos Cristóvão Bastos (piano), Zé Carlos (violão e guitarra), Jorjão Carvalho (baixo) e Jurim Moreira (bateria).
No repertório do disco, estão presentes compositores e músicos que fazem parte de sua trajetória, como Tom Jobim e Aloysio de Oliveira (“Eu preciso de você” e “Dindi”), Haroldo Barbosa e Geraldo Jacques (“Adeus América”), Noel Rosa (“Não tem tradução”), Antonio Adolfo e Nelson Wellington (“Coração do Brasil”), Ivan Lins e Vitor Martins (“Somos todos iguais esta noite”). Como colaboradores, fazem parte a pianista Camilla Dias, com quem a cantora fez uma parceria (“Rio”); a cantora Sueli Costa, que compôs, juntamente com Luiz Sergio Henriques, a música “Perdido de encantamento”, especialmente para o CD; e o pianista Márcio Hallack com “Feito andorinha”, também com letra de Luiz Sergio Henriques.
Contabilizando cinco CDs lançados, a cantora consolidou sua carreira no exterior, explorando o bom momento da música nacional fora do país. Desde 2005, Fernanda tem se apresentado em importantes festivais, como o Vancouver Jazz Festival, no Canadá, o Wien Jazz, na Áustria, e o Aarhus Jazz, na Dinamarca. Contudo, é no Brasil onde busca inspiração, um país que, segundo ela, “tem a melhor música do mundo”, mas que “é também um país onde artistas independentes encontram bastante dificuldade de chegar até o público”.
Fernanda tem a veia musical herdada da avó, a pianista Maria Aparecida Costa, da mãe e das tias, as cantoras Telma, Lisieux e Sueli Costa. “Pra mim, é muito natural cantar as músicas da minha tia, Sueli Costa. Cresci ouvindo Coração ateu, Cão sem dono. Sempre que possível, nós dividimos o palco”, relembra. Sobre o show em Juiz de Fora, mostra-se bastante ansiosa. “É a cidade em que nasci, é a cidade da minha família, que me deu a música. É sempre ótimo retornar”, emociona-se.