Diretor teatral ministra palestra sobre espetáculos, no próximo dia 22, das 14h às 17h30
“A arte se ensina e se aprende”, defendeu a estudiosa Ana Mae Barbosa, em entrevista ao programa Roda Viva, em 1998. Seguindo essa premissa, o Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM), em parceria com o projeto TIM ArtEducAção, abre espaço para as atividades de incentivo e capacitação de produtores culturais. Voltada para arte-educadores, professores, artistas e pessoas ligadas à ação social e interessadas em cultura, a palestra Diálogo para a construção de Espetáculos e Arte-educação, ministrada pelo diretor de teatro e produtor cultural Marcelo Andrade, no próximo dia 22, das 14h às 17h30, visa a abordar o potencial transformador da arte e, por consequência, a responsabilidade de seus gestores.
Segundo Andrade, sua experiência como professor lhe servirá de base para tratar o potencial da arte no processo educacional. “Irei compartilhar minhas experiências nesse projeto e em outros que faço pelo país, envolvendo, ainda, a literatura que temos na área”, adianta. “Queremos reforçar a importância da arte na vida cotidiana e o impacto das políticas culturais para a transformação da sociedade”, aponta.
Desenvolvido no Centro Experimental de Viçosa, o projeto TIM ArtEducAção oferece aos alunos da rede pública de ensino oficinas de teatro, dança, artes plásticas, literatura, música e folclore. Atualmente, abrange vinte cidades do interior de Minas, entre elas Araxá, Barbacena, Governador Valadares, Lavras, Montes Claros, Poços de Caldas, Juiz de Fora, Ubá, Uberaba, Uberlândia, Varginha e Viçosa.
Segundo passo: capacitação
Prevista para 9 de junho, a oficina Capacitação em projetos Culturais e difusão das Leis de Incentivo, ministrada pelo produtor cultural Amauri Rocha, complementa as ações do projeto em Juiz de Fora e visa a expor formas de incentivo e fomento à cultura, abordando técnicas de captação de recursos, mecanismos de gestão e prestação de contas e dinâmicas de marketing cultural. Atuante no mercado artístico há mais de 27 anos, Rocha explica que seu foco será na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, instrumento, segundo ele, mais eficiente de Minas. “Há um desconhecimento muito grande do funcionamento e dos benefícios dessa lei”, avalia, destacando a necessidade em divulgá-la e, assim, ampliar ainda mais o círculo de produção artística no estado.