publicada em: 17 de março de 2015 – visualizada pela 1.032º vez
Pesquisadora Elizabeth Cherry visita a UFJF a convite do professor do PPG em Modelagem Computacional, Rodrigo Weber. (Foto: Thiago Andrade)
A pesquisadora do Rochester Institute of Technology (RIT), Elizabeth Cherry, está na Universidade Federal de Juiz de Fora desde a última semana em um projeto de colaboração com o programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional/UFJF. Uma das investigadoras mais renomadas da área cumpre uma agenda intensa na instituição. A finalidade principal do estudo desenvolvido por eles é trabalhar a modelagem computacional para desenvolver o que chamam de “medicina personalizada”.
Nesta terça e quarta-feira serão ministrados dois minicursos sobre Modelagem Matemática de Arritmias Cardíacas, às 16h, no laboratório L 107 do Instituto de Ciências Exatas (ICE).
Na quinta, 19, a pesquisadora encerra as atividades com a palestra “Previsão Intramural da Dinâmica Cardíaca Elétrica (Intramural Forecasting of Cardiac Electrical Dynamics), às 16h, no anfiteatro 1 do prédio Itamar Franco, Faculdade de Engenharia.
O trabalho de Elizabeth é voltado para a modelagem computacional do coração. A tecnologia pretende individualizar os tratamentos relacionados a doenças cardíacas, como explica o professor da UFJF Rodrigo Weber. “Atualmente, as drogas são feitas estatisticamente. Imagine um cenário em que a droga funcione bem para 85% das pessoas, por exemplo, e para 5% ela é prejudicial. Ainda assim, essa substância tem chances de ser aprovada para consumo, porque, em média, ela teve um resultado positivo. Afinal de contas, essa não foi uma droga desenvolvida para uma pessoa, mas para uma população geral”.
Por meio desses modelos é possível fazer o que ela chama de “medicina personalizada”, ou seja, a modelagem computacional pode incorporar vários aspectos individuais da estrutura do coração e “criar mecanismos de avaliação que permitam um tratamento específico para cada pessoa, diminuindo consideravelmente as chances de falha no tratamento médico. Além disso, essa tecnologia permite que façamos vários experimentos diferentes dos tradicionais já testados, e criemos novas hipóteses para problemas relacionados ao coração”, explica Elizabeth.
Weber mostra que a ideia é encontrar caminhos para fazer uma droga personalizada que atenda a necessidades específicas, de acordo, por exemplo, com o DNA do paciente, estrutura e padrão elétrico do coração. “Depois de medir e avaliar uma série de fatores, conseguimos chegar a solução individualizada”. Ele salienta que a medicina personalizada ainda não é uma realidade, mas essa é uma questão de tempo. “Estamos no caminho”, finaliza.
Fonte:
Comunicação UFJF: