Programa apresenta-se como forma vantajosa de acesso ao ensino superior (Foto: Géssica Leine/UFJF)

O Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) se apresenta aos vestibulandos de todo o país, estudantes do ensino médio de instituições públicas e privadas, como uma forma vantajosa de acesso ao ensino superior. O programa divide o conteúdo do ensino médio em três módulos, que são aplicados ao final do ano letivo de acordo com a etapa de aprendizagem a qual o aluno esteja cursando. Para se candidatar à vaga na UFJF pelo programa, é preciso participar de todos os módulos e não repetir nenhum ano do ensino médio.

Nesta edição, o exame será realizado nos dias 30 de novembro e 1° de dezembro. As inscrições para os módulos I, II e III podem ser feitas até as 18h do dia 26 de agosto, por meio do site da Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese). As inscrições só podem ser feitas com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) do próprio candidato.

Confira o edital.

Modelo seriado

Aluno do Bacharelado Interdisciplinar em Artes e Design, Gustavo Tempone vê como vantagem o fato de não ter que estudar todo o conteúdo de três anos para uma única prova, e sim dividir a carga (Foto: Maria Otávia Rezende/UFJF)

Uma das principais vantagens em pleitear uma vaga na UFJF por meio das provas do Pism é a possibilidade de ter o conteúdo dividido por módulos anuais. A divisão faz com que a carga de estudos fique menor, considerando que a prova é referente ao material estudado apenas naquele ano letivo. Além disso, é possível que o estudante organize sua rotina e otimize seu tempo de dedicação ao vestibular seriado, já que passa a ter uma noção mais clara sobre o que precisa aprender para dar conta do conteúdo previsto.

“O Pism facilita muito a vida do estudante. Não precisamos nos preparar para uma única prova. Há uma sensação de que estudamos menos, considerando que é só conteúdo aprendido durante aquele ano letivo, e ainda há a possibilidade de recuperar a nota ao longo das etapas”, explica o estudante do Bacharelado Interdisciplinar de Artes e Design, Gustavo Tempone.

A pontuação é cumulativa, sendo que os módulos I e II valem 120 pontos cada e contam com questões objetivas e discursivas. Nestas etapas, o candidato não precisa ter escolhido ainda uma opção de curso, e o formato e teor das provas são iguais para todos. A escolha pela graduação deve ser indicada no módulo III, que vale 140 pontos e é composto por duas provas com questões objetivas, para todos os candidatos, e provas discursivas de acordo com a área de conhecimento correspondente ao curso escolhido.

Para a pontuação final, vale o somatório das notas dos três módulos multiplicadas pelos respectivos pesos, conforme fórmula a seguir: Pontuação Final = (Módulo I) × 2 + (Módulo II) × 3 + (Módulo III) × 5

Uma chance a mais

Para a estudante de Rádio, TV e Internet, Renata Camara, o Pism representa menos uma pressão, já que o aluno não precisa focar toda energia de uma só vez (Foto: Maria Otávia Rezende/UFJF)

Para ingressar na Universidade o aluno pode concorrer à vaga pelo Pism e, simultaneamente, tentar o acesso pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), inclusive com opções diferentes de cursos. 

Natural de Teresópolis, cidade do interior do Rio de Janeiro, a estudante do curso de Rádio, TV e Internet, Renata Camara, percebe o Pism como uma oportunidade a mais de ingressar em uma universidade pública. “A partir do momento em que nos dá mais de uma possibilidade de acesso à universidade pública, é menos uma pressão em cima da gente. Não precisamos focar toda energia em um só vestibular e é mais chance para aprovação.”

Caráter regional
As provas de todos os três módulos são realizadas nas cidades de Juiz de Fora (MG), Governador Valadares (MG), Muriaé (MG), Volta Redonda (RJ) e Petrópolis (RJ). Portanto, representam uma menor concorrência, diferentemente do Sisu, em que o candidato compete com pessoas de todo o país.

Aprovado pela segunda chamada do Pism, o aluno de Jornalismo, João Chiavegatto, conta que o vestibular seriado traz algumas facilidades, entre elas o regionalismo. “Podemos nos planejar melhor, estudar os conteúdos aos pouquinhos, o que nos permite controlar a ansiedade. Além disso, minha escola nos preparava diretamente para o Pism, pois a concorrência se aparenta menor do que a do Enem.”

Outras informações
vestibular@ufjf.edu.br 

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