O Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora assumiu, dentre suas muitas atividades fins, que as ações de educação ambiental e visitação seriam prioridade. Nesse diálogo com a sociedade sobre as questões socioambientais, é necessário questionar “qual o caminho percorrer?” e “aonde queremos chegar?”.
As respostas são apresentadas pelo Projeto Político Pedagógico de Educação Ambiental (PppEA) que, em resumo, espera que as ações de visitação promova reflexões críticas sobre as relações entre sociedades e naturezas, resultando em agentes capazes de reconhecer o acesso à sociobiodiversidade como um espaço de disputa e um direito humano.
O Projeto está fundamentado em sete grande princípios, como, por exemplo, o conceito de “Ecologia de Saberes”, o qual assume que os saberes necessários às práticas de educação ambiental se dão no diálogo entre conhecimento científico e outros sistemas de conhecimento que também acumulam informações sobre a sociobiodiversidade, geralmente em situações de conflitos socioambientais e, portanto, voltados para a progressiva redução de desigualdades socioambientais.
O mesmo projeto, baseado na “Justiça Ambiental”, reconhece que as desigualdades sociais também assumem uma dimensão ambiental pelas desproporcionais ofertas de serviços e bens ambientais e, ainda, pela imposição de riscos ambientais às populações menos dotadas de reconhecimento, participação e de recursos financeiros e políticos. Nesse sentido, assume a “educação ambiental como práxis não neutra, mas ideológica, e como um ato político”.
Acredita-se que o Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora, concebido por mais de dez profissionais e com forte aporte do Grupo de Estudos em Educação Ambiental (GEA), por suas opções, é único no Brasil, dando a Juiz de Fora um papel fundamental na busca de respostas às crises ambientais.
Conheça o Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico na íntegra (formato pdf , tamanho 735 KB).