A Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com o Jardim Botânico, lança nesta terça-feira, 1º de julho, o edital para ocupação das galerias Tlegapé, Mehtl’on e Tchóre, que representam o espaço expositivo da Casa-sede do Jardim.
O chamamento público destina-se à seleção de projetos de artes visuais que estejam em sintonia com a missão institucional da Procult, do Jardim Botânico e da Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf) da UFJF. A ideia é acolher propostas de artistas e acadêmicos com interesse em artes, nas mais diversas modalidades, democratizando e ampliando o acesso à cultura, além de fomentar, explorar e fazer fluir as mais variadas vertentes da produção criativa, artística, cultural, científica e educativa.
Mostra Maxakali – A resistência de um povo é uma das importantes mostras que já estiveram em exposição na Casa-sede (Foto: Ramon Rafaello)
Nomeadas com terminologias da cultura “Puri”, povo indígena que habitou a região no século XIX, as galerias Tlegapé, Mehtl’on e Tchóre correspondem, respectivamente, aos verbetes Mata, Força e Luta.
A inscrição é gratuita e deve ser feita exclusivamente on-line, entre os dias 1º de julho e 15 de agosto de 2025. As propostas selecionadas serão executadas em períodos compreendidos entre setembro de 2025 e agosto de 2026, com possibilidade de prorrogação deste prazo.
Os projetos podem ser tanto individuais quanto coletivos, sendo que cada proponente deve apresentar apenas uma proposta. A divulgação do resultado da seleção está prevista para 1º de setembro de 2025, no site do Jardim Botânico.
A galeria
A inauguração das galerias Tlegapé, Mehtl’on e Tchóre aconteceu concomitantemente à abertura oficial do Jardim Botânico, em abril de 2019. O espaço expositivo, que congrega nove salas sob a curadoria da Procult, levou ao público três projetos específicos, sendo o primeiro uma linha do tempo (fixa) sobre a história do local; a segunda, uma mostra do artista Raphael Dutra sobre as aves da Mata do Krambeck; e a terceira uma exposição coletiva intitulada “Entre Enigmas e Percursos”, com intervenções fotográficas sobre fenômenos das paisagens do Jardim.
O espaço também abrigou a mostra “Maxakali – A Resistência de um Povo”, inaugurada em novembro de 2019, fechada durante a pandemia, e reaberta em outubro de 2021, com um recorte da coleção etnográfica pertencente ao Museu de Arqueologia e Etnologia Americana (Maea) e fotografias de Ramon Rafaello.
Atualmente, exibe a individual “Passaredo”, de Clédson Vidigal; a mostra “Hãmhitap hã’ ApnE’ – Aldeia ancestral”, com peças das coleções do Maea, além da arte-instalação “Transfusão Poética no Jardim Botânico”, de Patrícia Almeida.
A Casa-sede fica na Rua Coronel Almeida Novais, 246, no Bairro Santa Terezinha.
Para assegurar um acesso mais fácil e prático aos artistas, reduzir o consumo de papel e democratizar o acesso ao próprio edital, as inscrições devem ser realizadas exclusivamente por via digital.
Outras informações
(32) 2102-6336 – Jardim Botânico