O Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apresentou números expressivos e importantes conquistas em 2024, consolidando-se como um dos principais espaços de extensão, educação ambiental e pesquisa da região.
Com mais de 80 mil visitantes espontâneos, 220 visitas escolares e 18 projetos de pesquisa, o Jardim reafirma seu papel como referência em conservação da biodiversidade e educação ambiental.
“O ano de 2024 foi um período de avanços e conquistas institucionais importantes para o Jardim Botânico, que esteve aberto para visitação pública durante todo o ano. Nosso intuito é possibilitar à população de Juiz de Fora e região o acesso à biodiversidade, oficinas de diferentes temáticas e o lazer contemplativo”, resume o diretor, Breno Moreira.
Inaugurações e revitalizações
Entre os destaques do ano, estão a inauguração de novos espaços, como o Meliponário de Abelhas Nativas e Trilha do Mel e o Laboratório de Micropropagação de Plantas Ornamentais.
O Meliponário é um espaço destinado à criação e ao estudo de abelhas nativas sem ferrão. O objetivo vai além da conservação desses polinizadores fundamentais, mas também à troca de saberes com o público sobre essas espécies.
O Laboratório possui estrutura equipada para a reprodução de exemplares vegetais por meio de técnicas avançadas de cultivo, promovendo a preservação e o estudo de plantas raras e ornamentais.
“Dessa forma, em um tubo de ensaio ou outros recipientes, é possível propagar, em larga escala, espécies de interesse econômico, ameaçadas de extinção ou que apresentem problemas de propagação pelos métodos tradicionais”, disse o coordenador do laboratório, Paulo Henrique Peixoto, à época da inauguração.
Além disso, o público contou com a revitalização da Casa-sede, que recebeu e mantém em exibição quatro exposições de arte e cultura. O Bromeliário e o Orquidário Frederico Carlos Hoehne, oficialmente inaugurado, foram ampliados com mais de 700 novas plantas. Foram realizados ainda reparos em decks, passarelas e estruturas do espaço, proporcionando mais conforto aos visitantes.
Educação ambiental e eventos
Com o apoio de uma equipe de 32 monitores, foram atendidas 220 escolas e grupos organizados de Juiz de Fora e região, por meio de projeto de extensão universitária de educação ambiental.
Pesquisa de satisfação com 39 representantes de escolas, iniciada em junho, apontou 92% de aprovação na conservação das trilhas, 89% de elogios à cordialidade dos educadores ambientais, e a prática pedagógica foi considerada ótima por 82% das pessoas ouvidas. Os resultados refletem o comprometimento da equipe em proporcionar experiências enriquecedoras.
Em 2024, as turmas da 1ª série da Escola Estadual Delfim Moreira visitaram o Jardim quatro vezes. “Nós gostamos muito da visita, os alunos adoraram a sala de aula da floresta. Gostaram de conhecer o pau-brasil, das explicações sobre relações ecológicas e das abelhas. Fomos atendidos por uma equipe muito atenciosa”, relata a professora de Biologia Marcela de Oliveira.
O Jardim foi ainda a sede ou o organizador de 45 atividades e eventos de educação ambiental, abrangendo desde oficinas sobre plantas medicinais até feiras de troca de mudas, apresentação musical e outras celebrações culturais.
Ensino e pesquisa
O Jardim Botânico segue como um importante espaço de pesquisa, abrigando 18 projetos científicos em 2024, sejam de graduação, mestrado ou doutorado, da UFJF e da Universidade Federal de Viçosa. Temas como conservação ambiental, mudanças climáticas e biodiversidade destacaram-se nas atividades científicas conduzidas no espaço.
Eis três exemplos de investigações no Jardim: “Águas da Mata Atlântica: caracterização ecológica de nascentes em diferentes estágios de degradação”, conduzida pelo professor Fábio Roland (Instituto de Ciências Biológicas – ICB/UFJF); “Desafios do lazer em áreas protegidas: educação ambiental no Jardim Botânico”, de Camila Neves Silva, do Instituto de Ciências Humanas; e “Inventário das espécies de macroliquens do Jardim Botânico”, de Vinícius Antônio de Oliveira, do ICB.
Estudantes de graduação e pós-graduação da UFJF ainda tiveram a oportunidade de terem 116 aulas em campo, no próprio Jardim, que abrigou atividades de 37 disciplinas, como “Gestão de atrativos naturais”, “Botânica farmacêutica” e “Ecologia de microrganismos aquáticos”.
Parcerias e financiamentos
Os avanços em infraestrutura e projetos, como o Meliponário e o Laboratório, foram possíveis graças a parcerias e financiamentos, incluindo recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e da Fundação Stanley Smith Horticultural Trust, com sede nos Estados Unidos.
Colaborações com setores da Universidade também possibilitaram melhorias no espaço e a implementação de novas tecnologias, como redes de internet e telefonia.
Com essas conquistas, o Jardim Botânico da UFJF finaliza 2024 consolidando-se como um espaço essencial para a educação, ciência e conexão com a natureza, enquanto se prepara para novos desafios e projetos em 2025.
Funcionamento no fim de ano
Para quem deseja escapar da movimentação do centro urbano no período de festas e compras, o Jardim Botânico pode ser uma boa opção de refúgio e tranquilidade.
O espaço estará aberto na maioria dos dias deste fim de ano. Só não receberá visitantes nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, além das segundas-feiras, dia dedicado à manutenção e atividades administrativas locais.
O funcionamento usual do Jardim é de terça-feira a domingo, das 8h às 17h, com entrada até às 16h. A visita é gratuita. Ensaios fotográficos devem ser agendados, pelo site do Jardim, e realizados às segundas.
O Jardim está localizado na Rua Coronel Almeida Novais, s/n, Bairro Santa Terezinha.
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