A floresta do Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com sua paleta variada de cores e formatos, será inspiração para duas oficinas de arte que serão oferecidas, no local, no próximo dia 11 de outubro.
A oficina de pintura “Observação e Criação” vai incentivar o público a aprimorar o olhar desde os traços iniciais do objeto às nuances das cores. Por sua vez, “Cianotipia” irá unir conhecimentos de química e elementos naturais, até mesmo do próprio Jardim, como folhas e terra, para criar imagens em tons de azul.
Ambas são gratuitas e irão ocorrer na Casa-sede do Jardim. Os participantes não precisam levar materiais. As inscrições são abertas ao público em geral, sem necessidade de conhecimento prévio em artes. Devem ser feitas on-line pelo site do Jardim: ufjf.br/jardimbotanico.
As atividades fazem parte da inauguração de quatro exposições na Casa-sede do Jardim Botânico, programada para o dia 10 de outubro, às 14h. Serão abertas mostras coletivas e individuais: “Animinimalis”, “Azul Atlântico”, “Nós, os primeiros: memórias em cores” e “Uxô Gamung: reencantamento Puri e o sonho da Terra”. A escolha foi realizada por meio de edital público para ocupação das galerias, em parceria com as pró-reitorias de Cultura e de Extensão da UFJF.
Oficina de pintura
‘Remos’, da artista Ciça Venuto, uma das instrutoras da oficina, utiliza técnica alla prima a ser ensinada na oficina
A oficina Observação e Criação oferecerá experiência prática de pintura alla prima – técnica de pintura direta em que as cores são aplicadas sobre camadas anteriores de tinta ainda úmidas. A atividade, prevista das 14h às 16h, será ministrada pelas artistas Juliana Azalim e Ciça Venuto, integrantes do grupo Jeito Mineiro.
Os participantes aprenderão técnicas fundamentais de observação e representação pictórica, por meio de orientação individualizada e correções em tempo real. A aula promove uma conexão com a criatividade, tornando o processo de observar, interpretar e criar uma experiência transformadora, adequada para iniciantes e para quem busca aprimorar técnicas.
“A oficina foi pensada especialmente para incluir pessoas que nunca tiveram contato com pintura. A metodologia do passo a passo permite que cada participante siga no seu próprio ritmo, com as instrutoras demonstrando cada etapa simultaneamente”, explica Juliana Azalim.
“Nós pintamos o cocar, todos fazem o seu cocar e então passamos corrigindo individualmente e assim por diante. Isso garante que ninguém se perca no processo e todos consigam concluir sua obra”, acrescenta.
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Oficina de Cianotipia
Obra feita em cianotipia integra mostra ‘Azul Atlântico’, de Bárbara Almeida, no Jardim
Processo de impressão fotográfica que remonta ao século XIX, a cianotipia é o foco da segunda oficina ofertada no Jardim Botânico, também no próximo dia 11 de outubro, das 10h às 12h. A atividade foi pensada pela artista e professora Bárbara Almeida, do Departamento de Química da UFJF.
Os participantes irão imprimir imagens de forma artesanal, como era feito nos primórdios da invenção da fotografia, e conhecerão o processo em que as obras da exposição “Azul Atlântico”, de autoria da instrutora, foram produzidas.
Assim como a mostra, a oficina representa um convite à contemplação da Mata Atlântica – bioma a que pertence a floresta do Jardim Botânico – sob a perspectiva do azul intenso da cianotipia.
É uma mistura de ciência, arte e história que resulta na cor do oceano, mas que pode ir além. “Podemos obter imagens amarelas, pretas, cinzas… as cores podem ser alteradas utilizando materiais naturais, desde que se tenha conhecimento de química”, ressalta Bárbara. A atividade é aberta e acessível a todas as pessoas interessados, mesmo quem nunca tenham tido contato com arte.
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Outras informações:
jardimbotanico@ufjf.br
ufjf.br/jardimbotanico
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