
Guardião da floresta, Wiyahu Yawanawá tem conhecimento sobre ayahuasca, rapé e outras produções de base vegetal (Foto: Arquivo Pessoal)
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebe, no próximo domingo, 20 de julho, o líder indígena Wiyahu Yawanawá, pertencente ao povo Yawanawá, do Acre. O convidado irá conduzir a roda de conversa “Raízes que Curam: sabedoria ancestral e plantas medicinais”.
A atividade irá ocorrer no Jardim Botânico da UFJF, às 13h30, sendo aberta ao público e sem necessidade de inscrição. Durante a roda, questões atuais, como as mudanças climáticas, serão abordadas a partir do compartilhamento da cultura dos Yawanawá, suas músicas, história e medicina ancestral. “A troca de saberes nos fortalece como povo”, afirma Wiyahu, cujo nome em português é Felipe Luiz.
Construindo seu conhecimento a partir das memórias sobreviventes e da sabedoria de seu povo, Wiyahu é um símbolo de resistência dos povos originários. Carrega consigo um saber único, que busca compartilhar através de viagens por diversos estados brasileiros e pelo mundo. É um feitor das medicinas naturais, como o Uni (ayahuasca), o Rume (rapé) e a Sananga (colírio), essenciais para a manutenção das tradições da floresta e da cultura Yawanawá.
“Com essa visão tão abrangente e vivenciada de sua cultura, Wiyahu tem um conhecimento que não está escrito em livros. Ele é a conexão vital entre os anciãos, detentores de uma sabedoria ancestral inestimável, e a nova geração Yawanawá”, destaca o indigenista Ronan Siqueira, integrante do projeto de extensão apoiador do evento: “Sociobiodiversidade: explorando recursos vegetais do Jardim Botânico”.

Roda de conversa é aberta ao público, em geral, e sem necessidade de inscrição (Foto: Arquivo Pessoal)
O objetivo da roda de conversa, coordenada pelo professor Daniel Pimenta, do Instituto de Ciências Biológicas, é um intercâmbio cultural entre o conhecimento acadêmico e os saberes tradicionais dos povos indígenas. Desse modo, a UFJF via ampliar o conhecimento local sobre a riqueza da cultura indígena, reforçando seu papel como espaço de educação, cultura e diálogo entre diferentes visões de mundo.
“O tema da roda de conversa está alinhado ao compromisso institucional com a valorização da biodiversidade e das culturas tradicionais”, acrescenta o diretor do Jardim Botânico, Breno Moreira. As reflexões serão apresentadas por meio de alguém que carrega legitimidade e representatividade para tratar dessas questões. O evento objetiva também inspirar novas pesquisas e projetos com abordagens inclusivas e atentas aos saberes tradicionais, principalmente no âmbito da etnobotânica.
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