
Visita oferece momentos de pausa e conexão com o ambiente (Foto: Helcio Laval)
Escolas e grupos interessados em participar do projeto de educação ambiental do Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que oferece visita guiada, já podem realizar o agendamento para os meses de julho a setembro.
Estão abertas 106 vagas para a visita gratuita, que deve ser agendada pelo site do Jardim Botânico (ufjf.br/jardimbotanico). Podem participar instituições e grupos organizados de Juiz de Fora e outras cidades.
Ao agendar, a professora ou o coordenador do grupo, escolhe o dia e o roteiro que mais interessa à turma. São oferecidas quatro opções temáticas de roteiro, adequados às faixa etária do estudante (veja abaixo). Mas o professor também pode elaborar e fazer um percurso livre, também acompanhado de monitores locais.
As visitas mediadas ocorrem de terça a sexta, em dois horários, das 8h às 11h e das 13h às 16h. São gratuitas, e o transporte é custeado pela própria instituição interessada.
Cada instituição pode reservar, no máximo, quatro visitas nesse período, de julho a setembro. Em cada uma, são recebidos até 45 estudantes e 5 professores ou acompanhantes da escola.
Após o agendamento, será enviado ao e-mail cadastrado uma declaração anexa, que deverá ser impressa e assinada pela direção da escola. Esse documento apresenta, dentre outras informações, o consentimento da escola em relação aos seus compromissos e aos riscos da visita ao Jardim Botânico, os quais são inerentes a espaços abertos e de floresta.
Educação ambiental
Como explica o diretor do Jardim Botânico, Breno Moreira, como uma iniciativa de extensão universitária, o projeto de educação ambiental do Jardim Botânico se consolidou, nos últimos seis anos, como uma referência para a promoção da conscientização socioambiental, atingindo diversas faixas etárias e classes sociais.
O espaço ampliou suas ações, oferecendo atividades e visitas guiadas para públicos de diferentes idades, de crianças a idosos, proporcionando uma imersão na biodiversidade local.
O espaço se destaca como uma importante ferramenta para a educação ambiental, recebendo anualmente mais de 200 escolas e cerca de 100 mil visitantes, que têm a oportunidade de conhecer a fauna e a flora de maneira acessível e didática.
Roteiros temáticos

Professores podem escolher pontos do Jardim para visitar com a turma, como exposições na Casa-sede
1 – “Grandes Grupos Vegetais” (estudantes acima de 14 anos): Toda a diversidade vegetal está, segundo a classificação botânica, distribuída em quatro grandes grupos, a saber: Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas. Seus pontos destacam as características morfológicas, ecológicas e evolutivas, além da importância econômica. Assim, este roteiro estabelece um diálogo direto com os temas lecionados nas escolas, sendo, dessa maneira, um instrumento complementar de ensino para os professores visitantes.
2 – “Etnobotânica” (10 anos): Esse roteiro explora a diversidade vegetal e os saberes populares associados a tais recursos. Entretanto, mais do que descrever os nomes científicos e populares das espécies e sua importância econômica, foi concebido para valorizar os saberes campesinos, quilombolas, indígenas e tradicionais. Os pontos de visitação deste roteiro podem ser vistos como um grande quebra cabeça que, quando unido, revela certos processos cognitivos, servindo para desmistificar que os saberes “não acadêmicos” são inferiores. São sistemas com distintas epistemes nem melhores e nem piores, apenas diferentes.
3 – “Relações Ecológicas” (10 anos): A diversidade vegetal não é algo estático, pelo contrário, as espécies se relacionam de diferentes maneiras. Este roteiro explora as relações ecológicas que conferem uma dinâmica temporal e especial à biodiversidade, revelando processos intrigantes, como competição, mutualismo, parasitismo.
4 – “Contos e Lendas da Floresta” (público infantil)
Na contramão da homogeneização cultural e na tentativa da valorização de histórias locais e brasileiras, serão apresentados mitos, heroínas e heróis populares. Mais que relatos ou causos, estes pontos podem ser entendidos como uma base para se discutir temas fundamentais a uma sociedade mais justa, respeitosa e igualitária, como feminismo, racismo e etnocídio.
Outras informações
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