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Jardim Botânico estreia ‘Som na Mata’ com músico criador dos próprios instrumentos

Bruno Targs é formado em música pela Universidade de Música Popular Bituca e foi ex-aluno de Ciências Biológicas da UFJF (Foto: Bruno Moraes)

Música ao ar livre, instrumentos especiais e o som da natureza: uma combinação perfeita para quem quer relaxar e se conectar com o meio ambiente. Essa é a proposta do “Som na Mata”, evento que será realizado pelo Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no próximo sábado, 3, das 9h às 11h. Esta primeira edição contará com a apresentação do músico Bruno Targs. Ainda nesta quarta, 31, o Jardim recebe a 12ª Semana Integrada do Meio Ambiente de Juiz de Fora (veja mais abaixo).

O público terá uma experiência sensorial e musical, permitindo um momento de pausa na rotina para que possam “escutar” o que a natureza tem a dizer através de instrumentos convencionais e não convencionais, como kalimbas, liras e maracás.

Ex-aluno de Biologia da UFJF, Bruno Targs é músico, percussionista e compositor, formado pela Universidade de Música Popular Bituca. Realiza trabalhos em educação musical com crianças e adultos e já trabalhou com recuperação motora através de instrumentos. Além disso, é profissional especializado em construir instrumentos de cordas convencionais ou não convencionais (luthier).

Instrumentos convencionais e não convencionais, como os maracás, são criados pelo próprio músico (Foto: Bruno Moreira)

Conforme explica o músico, cada instrumento fabricado por ele possui alguma relação com os elementos da natureza. O kalimbas, por exemplo, é de origem africana e tem ligação com a água. O didgeridoo, conhecido pelo o seu som grave, possui referência à Terra. A lira – primeiro instrumento de cordas inventado pelo homem, segundo historiadores – possui um som mais etéreo, fazendo associação à água e ao evento. Há ainda os maracás, com referência à energia indígena, presente no Jardim Botânico. Já os instrumentos tradicionais, como o violão e os tambores, serão utilizados pelo artista para a exaltação às forças da natureza e da ancestralidade.

O público contará com apresentação de músicas de povos indígenas e de composições autorais. “Irei apresentar músicas que devem ser apreciadas de olhos fechados. O intuito é que cada um leve sua canga para poder deitar e absorver o som, o contato com o chão e os sons naturais do Jardim”, pontua.

Ainda segundo Bruno, a música e os sons acabam sendo portais que, quando o ouvinte consegue e se permite entrar e se misturar, conhece lugares que ainda não tinha acessado antes, onde cada som soa de acordo com a direção do vento. É exatamente este o objetivo da apresentação: permitir a entrega, de conexão consigo e com o entorno.

Som mais etéreo da lira a faz ser associada ao vento e à água (Foto: Bruno Moreira)

Primeira edição
Interessado por diversos gêneros musicais e, ao mesmo tempo, apaixonado pelos sons da natureza, o diretor do Jardim Botânico, Breno Moreira, explica que a ideia do “Som da Mata” veio ao encontro do desejo de juntar esses dois interesses, podendo despertar também sensações e memórias distintas no público.

O intuito é que o evento seja bimestral, com a apresentação de diferentes artistas e apresentações culturais, buscando dar destaque aos artistas locais engajados na conservação da biodiversidade como expressão da sua arte.

“Realizar a primeira edição do ‘Som na Mata’, recebendo o Bruno Targs é um presente para todos nós. Sua história e sua formação tem tudo a ver com a ideologia do Jardim Botânico”, ressalta o diretor.

12ª Semana do Meio Ambiente
Em comemoração ao dia do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, o Jardim Botânico está entre as instituições envolvidas na 12ª Semana Integrada do Meio Ambiente de Juiz de Fora, organizada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG), entre os dias 31 de maio e 7 de junho. A programação tem palestras, trilhas, oficinas, blitz educativa e visitas guiadas.

A abertura da semana ficará por conta do professor Fabrício Alvim, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), com a palestra “Dos naturalistas ao Antropoceno: uma viagem pela vegetação de Juiz de Fora”, no Jardim Botânico da UFJF, às 13h30 desta quarta, 31.

Especialista na vegetação do Jardim Botânico, uma das abordagens da palestra do docente será a apresentação de resultados de estudos dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica sobre as florestas urbanas do município e seus históricos. “Estes dados que apresentamos ao poder público recentemente apontam que, entre as cidades sustentáveis, Juiz de Fora tem um grande potencial para se destacar como um dos municípios mais verdes, tendo 17% a 25% da área territorial coberta por florestas nativas”, ressalta Fabrício.

As atividades da semana serão realizadas em diversos locais da cidade de forma gratuita. A programação completa da semana está disponível no perfil do Jardim Botânico no Instagram.

Outras informações:
(32) 2102-6336
jardimbotanico@ufjf.br
ufjf.br/jardimbotanico
Instagram: @bruno.targs @salti.kalimbas

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