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Projetos de Extensão

PERCURSOS AGROECOLÓGICOS E PLANTIO SOLIDÁRIO: QUANDO PROFESSORES/AS E AGRICULTORES/AS SE ENCONTRAM

Em projetos aprovados nos editais BIC/PROPP/UFJF 2016 e 2017, mapeamos as hortas escolares das redes Estadual e Municipal da Cidade de Juiz de Fora e traçamos seus usos, finalidades, problemas e potencialidades. O foco de tais investigações consistiu em analisar discursos produzidos por atores escolares sobre as hortas. São muitos os problemas relatados por tais atores: a falta de recursos humanos e materiais, a ausência/inadequação de formação para os/as professores/as, a ausência de envolvimento comunitário e participação discente, a falta de transversalidade, sendo o/a professor/a de ciências o/a comumente responsável pelos trabalhos.

Nesse sentido, este projeto de extensão, desde 2018, assume como objetivo principal formar professores/as das escolas públicas municipais e estaduais de Juiz de Fora, em diálogo com movimentos sociais e associações ligadas à agricultura urbana de base agroecológica, para contribuir no processo de melhoria das hortas escolares, bem como do trabalho pedagógico nelas/por meio delas desenvolvidos. Este processo formativo visa minimizar concepções e práticas simplistas, ingênuas, eventuais, descontextualizadas das demandas comunitárias, que de modo geral, reforçam uma visão que fragmentada, apartada das críticas históricas produzidas pelo movimento do campo e dirigidas ao processo que culminou com o atual modelo agroalimentar predatório ligado ao agronegócio instalado no Brasil.

O percurso formativo sustentável que faz encontrar professores/as e agricultores/as urbanos proposto neste projeto, vem desde a sua primeira edição (edital 2018), favorecendo os pressupostos da agroecologia, que ao ser transposta para a escola urbana como uma experiência educativa estruturada coletivamente, pode atender a demandas referentes ao exercício do rompimento das fronteiras disciplinares e a percepção dos diferentes aspectos que constituem o hábito alimentar e as relações humanas com os demais componentes da relação ambiente/sociedade.

Esta proposição vem ampliando o entendimento crítico do caminho seguido pelos alimentos desde a sua produção até o consumidor, assim como a identificação do trabalho humano envolvido, do uso de aditivos e agrotóxicos em sua produção e seus efeitos sobre a saúde dos produtores e consumidores. Aspectos que anteriormente a execução do projeto, se mantinham invisíveis no cotidiano da alimentação escolar e nas práticas pedagógicas propostas para a educação alimentar e nutricional via horta pelos professores participantes do projeto.

Justificado pelas demandas de formação que os/as próprios professores/as enunciaram na pesquisa, em 2019, o projeto envolveu um curso que denominamos “Encontros Formativos”. Já em 2020 fomos surpreendidos/as pela pandemia COVID-19 que revela e ensina sobre a crise socioambiental, demandando ao campo da Educação Ambiental (EA) novos contornos epistêmicos e teóricos. Do mesmo modo, demandou outras estratégias de continuidade e vivacidade ao projeto: encontros virtuais e a escrita coletiva do livro “Agroecologia Escolar: quando professoras/es e agricultoras/es se encontram” (COSENZA et al, 2021b), envolvendo professoras participantes dos encontros formativos e agricultores/as, narrando valores e experiências construídas na vida cotidiana e/ou naquelas advindas dos Encontros Formativos.

No desafio de prosseguir, nesta edição reforçamos a parceria com o projeto Plantio Solidário do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, que agrega trabalhadores/as, professores/as , agricultores/as em plantio de alimentos pela via da agroecologia para doar a quem tem fome. Tal plantio ocorre no Assentamento Dênis Gonçalves do MST em Goianá, MG e vem agregando um coletivo grande pessoas voluntárias interessadas em cultivar, produzir alimento agroecológico e contribuir com a alimentação de famílias vulneráveis no meio urbano.

 

Uso religioso da sociobiodiversidade e direitos difusos

Buscando construir uma estratégia popular de preservação do meio ambiente, este projeto objetiva a construção de um Protocolo Biocultural para o uso religioso da biodiversidade por casas de matriz africana, estabelecendo um diálogo entre o conhecimento acadêmico e o popular. A experiência do Jardim Botânico certamente trará reflexões não apenas em nível municipal, mas nacional, entendendo que as atuais políticas públicas de conservação não consideram as dimensões sociais, culturais, históricas e políticas.  Objetivo Geral: Promover o direito difuso dos povos de terreiro de Juiz de Fora de acessar à sociobiodiversidade como condição para suas práticas religiosas Objetivos específicos: 1) Reparar danos causados por violações históricas contra os direitos difusos e coletivos dos povos de terreiro; 2) Ampliar a consciências e a formação política dos povos de terreiro sobre seus direitos difusos e coletivos 3) Contribuir para a autonomia dos povos de terreiro em realizar suas práticas religiosas.

Formação de Monitores Ambientais no Jardim Botânico da UFJF (2020-2021)

A parceria GEA- Jardim Botânico para a formação de monitores ambientais necessita de caminhos institucionais para seu fortalecimento e efetivação, sendo o projeto de extensão um caminho para continuidade das ações, fundamentais ao acompanhamento mais sistemático e avaliação contínua e dialógica do trabalho de extensão desenvolvido pelos monitores junto da comunidade. Nesse sentido, este projeto de extensão assumiu como objetivo principal formar continuamente monitores/as ambientais para contribuir no processo de melhoria das ações de extensão envoltas nas visitações escolares.

 

IX ENCONTRO NACIONAL PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL (2017 – 2017)

Sua nona edição foi realizada de 13 a 16 de agosto de 2017 em Juiz de Fora, Minas Gerais, no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora. O IX EPEA tomou como foco a relação entre democracia, políticas públicas e práticas educativas, considerando as questões contemporâneas que atravessam tal relação e que encontram acolhida em diversos grupos de pesquisas do campo da educação ambiental no país. Dentre as atividades programadas para o evento destacaram-se: conferências, mesas redondas, grupos de discussão de pesquisa (GDP); sessões de apresentação de trabalhos completos no formato de comunicações orais. O público-alvo do IX EPEA foi formado por professorxs vinculadxs a programas de pós-graduação, grupos de pesquisa, professorxs, estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadorxs e demais profissionais vinculados ao campo da Educação Ambiental.

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