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Prograd implementa programas de formação cidadã e profissional

A Pró-reitoria de Graduação (Prograd) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) tem como missão promover a formação de profissionais de excelência acadêmica e profissional. Neste sentido, tem o compromisso de zelar pelo bem público, a partir da formulação e cumprimento de critérios transparentes, diretrizes, normas e regulamentações educacionais fundamentadas na legislação.

Em 2018, a atuação da Prograd teve como foco a implementação e organização dos fluxos de trabalho para maior agilidade nos processos e dinâmicas referentes à gestão da graduação na UFJF e a implementação de programas acadêmicos que qualificam a formação cidadã e profissional dos estudantes da Universidade.

Vagas Ociosas
A pró-reitora de Graduação, Maria Carmen de Melo, afirma que um dos destaques de 2018 foi a aprovação das Resoluções 44 e 45/2018 do Conselho Setorial de Graduação (Congrad), que alteram o Regimento Acadêmico da Graduação (RAG) e regulamentam o ingresso por vagas ociosas.

Em outubro, a Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara) publicou edital para o preenchimento das vagas ociosas nos cursos presenciais de graduação da UFJF. Os interessados concorreram a 681 vagas oferecidas para o campus de Juiz de Fora e 268 para Governador Valadares. Ao total, foram oferecidas 949 vagas nos dois campi. “A novidade foi que, neste edital, as vagas foram ofertadas por modalidade, diferente do que acontecia no passado, quando os candidatos entravam em uma fila de prioridades, concorrendo às mesmas vagas”, explica Maria Carmen.

Editais inéditos
A pró-reitora destaca ainda o lançamento do edital inédito para fomentar viagens técnicas e trabalhos de campo em ambientes externos. O Programa Territórios Educativos disponibilizou 120 viagens por ano para que professores possam potencializar a aprendizagem de seus alunos, através da imersão e vivência em diferentes contextos formativos. Por ter sido lançado em julho, a primeira edição do Programa foi testada no segundo semestre de 2018. Em 2019, o número de excursões, que é fixo, será dividido entre os dois semestres.

De acordo com Maria Carmen, foram aprovadas viagens para os seguintes cursos: Arquitetura e Urbanismo; Artes e Design; Licenciatura em Artes Visuais; Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas; Ciências Biológicas; Ciências Exatas; Ciências Sociais; Enfermagem; Engenharia Ambiental e Sanitária; Engenharia Civil; Engenharia Computacional; Engenharia da Computação; Engenharia Mecânica; Farmácia; Geografia; História; Medicina Veterinária; Música; Pedagogia; Rádio, TV e Internet; e Serviço Social.

“Os destinos foram bastante variados, tais como Barbacena, Belo Horizonte, Betim, Brumadinho, Congonhas, Ervália, Lagoa Santa, Mariana, Petrópolis, Ponte Nova, Rio de Janeiro, Santana do Riacho, Santos, São João del-Rei, São José dos Campos, São Paulo, Teresópolis, Tiradentes e Outro Preto”, acrescenta.

Outra conquista importante de 2018 foi o lançamento do edital destinado ao Processo Seletivo do Programa de Residência Docente. O documento prevê a seleção de dez professores recém-graduados em qualquer instituição, pública ou privada, que serão beneficiados com bolsa de R$ 3.330,43 e irão desenvolver atividades no Colégio de Aplicação João XXIII e em uma escola municipal conveniada.

É a primeira vez que o programa de Residência em Docência acontece na história da UFJF. Além disso, a Universidade é uma das poucas instituições no Brasil a oferecê-lo. Para Maria Carmen, o lançamento do primeiro edital é motivo de muita alegria. “É uma oportunidade de qualificar ainda mais nossos docentes. Acreditamos que será um Programa com muito êxito e estaremos trabalhando para que ele se torne cada vez mais bem construído e consolidado.”

Ainda em 2018, a UFJF lançou o edital para preenchimento de 205 bolsas no Programa de Iniciação à Docência (Pibid), distribuídas entre 13 sub-projetos, ligados aos cursos de licenciatura da Instituição.

Avaliações “in loco”
Entre os trabalhos desenvolvidos pela Pró-reitoria em 2018 estiveram também o suporte e o acompanhamento de avaliações “in loco” de cursos de graduação, realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para reconhecimento e renovação de reconhecimento. No campus avançado de Governador Valadares, foram reconhecidos, com conceito 4, os dois cursos que faltavam: Medicina e Nutrição.

Já no campus de Juiz de Fora, diversos cursos foram avaliados e tiveram sua renovação de reconhecimento obtidas com o apoio da Diretoria de Avaliação Institucional: Música (habilitações em Piano, Canto, Flauta, Violino e Violoncelo); Ciência da Religião; Engenharia Mecânica; e Bacharelado Interdisciplinar em Artes e Design. O curso de Libras foi reconhecido e todos foram avaliados com nota 4.

Investimentos
A pró-reitoria aponta ainda para o investimento de R$ 2,5 milhões na aquisição de equipamentos para os cursos de graduação. Os quatro primeiros cursos a receberem os ativos foram: Licenciatura em Música; Rádio, TV e Internet; Medicina Veterinária e Letras (Libras). Foram destinados R$ 100 mil para cada um deles, a serem gastos exclusivamente na compra de equipamentos e softwares, não sendo permitido o uso da quantia para custeio de obras ou contratação de serviços, por exemplo.

Além dos cursos mencionados, o NAI também fez parte do primeiro repasse por demandar ações efetivas de maneira mais urgente. Sendo assim, também recebeu R$ 100 mil, totalizando R$ 500 mil neste primeiro pacote de investimentos. Para 2019, “foi definido  pelo Conselho de Graduação que a Prograd vai lançar um edital para uso de R$ 1,25 milhão”, afirma a pró-reitora.

Licenciaturas
Em outubro, o Conselho Setorial de Graduação (Congrad) aprovou o Projeto Pedagógico Institucional das Licenciaturas (PPI). “O plano será base para a formação acadêmica profissional de professores e demais profissionais da educação básica e estabelecerá condições institucionais para a construção da identidade e a valorização dos cursos de licenciatura.” Além disso, visa estabelecer avanços para superar o formato tradicional da distribuição de disciplinas específicas e pedagógicas.

De acordo com Maria Carmen, a comissão responsável por analisar o PPI durante todo o processo foi formada por representantes de diferentes áreas, como Ciências Humanas, Biológicas, Exatas, Linguagem e por integrantes da Faculdade de Educação (Faced) da UFJF.

Estágios
Outra conquista, segundo Maria Carmen, foram as mudanças no processo de regulamentação dos estágios vinculados à Universidade. As alterações foram anunciadas em reunião que aconteceu em agosto e contou com a presença de membros das comissões orientadoras e professores-orientadores de estágio, além de coordenadores e vice-coordenadores dos cursos escolhidos para a primeira fase de implantação do novo projeto.

De acordo com a pró-reitora, “o processo, antes feito por meio de formulários físicos, passou a ser realizado com um único formulário online e desenvolvido, na integra, via Siga. Com isso, o aluno passa a ter toda a sua trajetória de estágios sistematizada, tanto ele quanto as empresas conveniadas conosco”.

Eventos
Em setembro, a UFJF sediou a Reunião da Regional Sudeste do Colégio de Pró-reitores de Graduação da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Cograd/Sudeste-Andifes). O evento reuniu gestores de graduação de  todas as universidades federais dos estados do Espírito Santo,  Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, e dos centros federais de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ) e de Minas Gerais (Cefet-MG), no campus de Juiz de Fora.

“As temáticas debatidas foram a constituição de comissões de verificação de vagas em cotas para pretos, pardos e indígenas e as políticas de acompanhamento acadêmico, ingresso e permanência de pessoas com deficiência nas Instituições Federais de Ensino Superior”, explica Maria Carmen.

Já em outubro, a Prograd organizou e participou da III Semana de Ciência, Tecnologia e Sociedade da UFJF. A II Mostra da Graduação aconteceu nos campi de Juiz de Fora e Governador Valadares e teve como objetivo apresentar ao público interno e à comunidade externa as ações que têm sido fomentadas no âmbito dos Programas de Monitoria, Treinamento Profissional, Educação Tutorial (PET e GET) e Projeto de Universalização da Oferta de Línguas Estrangeiras (PU). “Além de dar visibilidade ao que tem sido realizado, a Mostra permitiu a discussão e acompanhamento dos vários programas, evidenciando os principais resultados e enfrentamentos”.

Inclusão e acessibilidade

Em parceria, a Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf), a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proae) e a Prograd formalizaram a criação do Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI). A iniciativa visa à elaboração de políticas e práticas de apoio à acessibilidade e à inclusão, articulando os trabalhos que já haviam sido iniciados.

A finalidade é construir e implementar políticas de ações afirmativas para pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA), altas habilidades e superdotação, buscando atender estudantes, professores e técnico-administrativos, inclusive promovendo atividades de capacitação.

Com o objetivo de avançar ainda mais na busca por uma universidade inclusiva, a UFJF finalizou a contratação de mais um intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que ficará lotado na Prograd.  Além disso, a pró-reitora de Graduação e servidores da Diaaf reuniram-se com estudantes surdos e coordenadores de curso para tratar das adequações necessárias para acolhimento e inclusão dos alunos.

Maria Carmen destaca também o fomento e participação da Pró-reitoria no I Seminário de Inclusão Educacional na Educação Básica, Profissional, Tecnológica e Superior. O evento, organizado pelo Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI) da UFJF, reuniu cerca de 200 profissionais da Educação dos diferentes níveis de ensino, para debater a temática da inclusão educacional de pessoas com deficiência.

Resoluções
Dentre todas as resoluções aprovadas no Conselho Setorial de Graduação (Congrad) até a reunião de outubro de 2018, Maria Carmen destaca os seguintes temas: regulamentação de normas para apoio à participação de estudantes de graduação em eventos ligados à inovação e ao empreendedorismo; inclusão de representantes das redes municipal e estadual de educação no Fórum das Licenciaturas da UFJF; aprovação da Política Linguística Institucional dos cursos de graduação; criação das disciplinas de Libras Instrumental; instituição dos programas de bolsas, visando à internacionalização da Universidade; e, por fim, regulamentação do Programa Institucional de Bolsas de Tutoria para acolhimento e apoio a estudantes cotistas.

Comissões
Além dos avanços de 2018, Maria Carmen destaca outros trabalhos importantes desenvolvidos pela Pró-reitoria, como “a participação no Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa; a organização de fluxo de procedimentos para matrícula; a reformulação de procedimentos dos processos de trabalho na Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese); a organização do edital do Programa de Educação Tutorial; e a webconferência com o Ministério da Educação (MEC), visando o planejamento, gestão acadêmica e processo de expansão do Ensino Superior”.

A pró-reitora ressalta ainda as comissões de trabalho instituídas no ano passado, que atuaram na “revisão do Programa de Treinamento Profissional; na discussão sobre os Bacharelados Interdisciplinares; no acompanhamento acadêmico; nos programas de ingresso; nos editais de programas de graduação; e na inserção da extensão nos currículos de graduação”.

Perspectivas

O pró-reitor adjunto de Graduação, Cassiano Caon Amorim, ressalta que 2018 foi marcado por muitos avanços e a expectativa é de que esse processo se consolide ainda mais no ano que se inicia. “Em 2019, nosso objetivo é continuar os trabalhos que a Pró-reitoria vem realizando”.

Para Amorim, um importante projeto é a consolidação do setor de análise de matrículas criado pela Prograd. “O objetivo é verificar quem de direito pode concorrer e ter acesso às vagas reservadas para pessoas com deficiência, pretos, pardos, indígenas e estudantes de escola pública de baixa renda”.

Outra pauta relevante, segundo o pró-reitor adjunto, é a reforma da resolução do Programa de Treinamento Profissional na UFJF. “Há uma comissão que já está trabalhando nesta questão. Nosso foco é finalizar este trabalho e criar uma resolução mais próxima e adaptada à realidade da nossa Instituição”.

Consolidar e ampliar as possibilidades de democratização e permanência no ensino superior também serão prioridades. Amorim menciona as políticas de acompanhamento acadêmico e de educação inclusiva. “Nossa expectativa é lançar um edital para bolsas de acompanhamento acadêmico já no início deste ano”. Em relação a políticas de inclusão e acessibilidade, ressalta a ampliação do NAI, trabalhando em políticas que garantam que pessoas com deficiência possam permanecer com mais qualidade na UFJF. “A consolidação do NAI e o que ele vai proporcionar nos traz uma grande expectativa para o ano de 2019”, finaliza.