Participantes refletiram sobre carreira, aposentadoria e projetos de vida

Equipe do Programa de Preparação e Educação para a Aposentadoria com o grupo de 2025 (Foto: Comunicação da PROGEPE)
A edição de 2025 do Programa de Preparação e Educação para a Aposentadoria (PPEA) da UFJF encerrou suas atividades, na última terça-feira (18), em um ambiente de escuta, troca de experiências e construção de sentidos sobre as trajetórias pessoais e profissionais. Ao longo de nove encontros, os participantes discutiram temas diversos, como envelhecimento e saúde, saúde mental, educação financeira, previdência, projetos de vida e a importância do trabalho na construção da identidade.

Renata Mercês já participa como especialista convidada há alguns encontros (Foto: Comunicação da PROGEPE)
A condução do encontro final ficou a cargo da Renata Mercês, assistente social da Coordenação de Saúde, Segurança e Bem-Estar (COSSBE), que propôs aos servidores um exercício meditativo de “viagem no tempo”. A dinâmica convidava cada pessoa a revisitar diferentes períodos de sua vida até chegar ao momento de ingresso na Universidade ou na carreira pública.
Após o exercício, cada participante representou sua trajetória utilizando argila — surgiram pirâmides, árvores, estrelas, troféus, montanhas e outras formas simbólicas que expressavam conquistas, desafios e aprendizados. Renata destacou que o objetivo foi criar um espaço seguro para que cada um revisitasse sua própria história. “A proposta era voltar no tempo e perceber como esse percurso foi sendo construído. A argila ajudou a materializar essas sensações e significados”, explicou.
Os relatos reforçaram a diversidade de vivências dentro da UFJF. Vicente Luiz Rimulo resumiu sua chegada à Instituição com a palavra “acolhimento”. Ana Bernadete Rocha, auxiliar em Administração, foi a primeira mulher a assumir uma função na cozinha do Restaurante Universitário à época. Ela lembra com orgulho desse tempo: “Minhas raízes estão lá”.
Para Jean Paulo Alvim, técnico em radiologia do Hospital Universitário (HU), o PPEA representou um espaço de escuta raro na rotina de trabalho. “Nesses anos todos de Universidade, nunca tinha me sentido tão ouvido quanto aqui. Já faço propaganda: todos deveriam ter a oportunidade de vivenciar o programa”, afirmou.
Memória e novos sonhos
Integrante da equipe do PPEA, Daniele Stivanin, assistente social do Núcleo de Planejamento, Inovação e Assistência (NUPLA), ressaltou que, ainda na entrevista de inscrição, cada servidor compartilhou um sonho — mesmo aqueles que acreditam já ter realizados todos os seus. “É fundamental não deixar de sonhar. As metas não precisam ser grandiosas, mas devem nos mover. Continuar sonhando é essencial, inclusive quando já não estamos mais trabalhando ou exercendo uma atividade remunerada”, destacou.

Ao final, cada um levou como lembrança um cartão sobre sua vida e carreira (Foto: Comunicação da PROGEPE)
A bolsista Isabelle Vitória, estudante de Serviço Social, avaliou que a experiência contribuiu para ampliar o entendimento sobre o significado do trabalho na vida dos participantes. “Já atuei em outros projetos do Polo sobre o Envelhecimento e, aqui, pude compreender ainda mais como o trabalho importa para eles, como está tão presente na vida e como é o processo de se desvincular disso. Toda a troca foi muito significativa, tanto no grupo de egressos quanto neste agora, em que percebemos um grande amadurecimento de todos. Aprendi bastante ao longo dos encontros.”
A equipe fez uma singela homenagem aos participantes, com um mural de cartões sobre a vida de cada um, para que possam guardar como lembrança do Programa. O PPEA reafirmou seu espaço de preparação, reflexão e cuidado, em que cada participante possa projetar uma aposentadoria mais consciente, ativa e alinhada aos próprios desejos e possibilidades.
Além da COSSBE/SIASS e do NUPLA, ambos da da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE), a equipe do PPEA também conta com a parceria do Polo Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão sobre o Processo de Envelhecimento.
