Título: “Análise da influência do uso de geossintéticos como reforço de aterros sobre solos moles via método do equilíbrio limite e elementos finitos.”
Paula Rosa Monteiro – Mestrando(a) do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFJF
RESUMO: A ocupação do Brasil se deu a partir do litoral do território, local cujo solo predominante é mole e de baixa capacidade de suporte. As áreas de maior densidade populacional e maior expansão territorial são justamente os locais que apresentam então um solo de fundação que demanda cuidados especiais para que possa ser adequado para construções em geral. Desse modo, técnicas de melhoramento de solos que pudessem tornar estes locais seguros para ocupação da população ao longo do tempo foram desenvolvidas, sendo a utilização de geossintéticos como reforço de solos moles umas das mais difundidas. A utilização de softwares baseados no Método do Equilíbrio Limite (MEL) e no Método dos Elementos Finitos (MEF), como Slide e Plaxis, vem sendo cada vez mais comum, já que permitem simular computacionalmente situações de campo, o que facilita as análises antes, durante e após a construção. A ocorrência de rupturas em locais cujos solos apresentam baixa capacidade de suporte não são incomuns, como pode ser visto em Huat (1995), Roy e Singh (2008) e Souza Neto et al. (2022). Dessa forma, o Aterro 2, apresentado por Huat (1995), foi estudado com a intenção de verificar de que forma a variação do módulo de rigidez (J) do reforço, da espessura da camada de argila mole abaixo do aterro e a forma de aplicação do geossintético impactaria no fator de segurança (FS) na ruptura do aterro e também no recalque medido. Essas simulações foram feitas por dois métodos de cálculo diferentes, pelos softwares Slide e Plaxis 2D, de forma a comparar a abordagem dos dois programas. A maior parte das análises foi realizada com base no método de Rowe e Soderman (1985), que preconiza a utilização da resistência ao cisalhamento não drenada (Su) como constante ao longo de toda a espessura de argila mole abaixo do aterro. Porém, visando a comparação entre métodos diferentes, utilizou-se também o método de Hinchberger e Rowe (2003), em que a Su pode variar ao longo da camada de solo mole. Por fim, de modo a validar o modelo construído no software Plaxis 2D, utilizou-se dados medidos experimentalmente por Magnani (2006) e Magnani et al. (2009) e comparou-se estes valores com os resultados obtidos pela modelagem do aterro de Magnani (2006) no Plaxis. Os resultados demonstram que tanto a análise pelo MEL quanto a abordagem pelo MEF convergem para respostas semelhantes na maior parte das análises. Além disso, os métodos de Rowe e Soderman (1985) e Hinchberger e Rowe (2003) apresentaram resultados próximos para as análises feitas, demonstrando ser interessante utilizar o primeiro, mais simples e difundido na Geotecnia. A validação do modelo por meio do aterro experimental de Magnani (2006) mostrou que este é representativo.
Palavras-chave: Solo mole; Geossintéticos; Análise numérica; Análise equilíbrio limite .
– Data: 22/03/2024
– Hora: 14:00 am
– Link: https://meet.google.com/nnp-jvcv-pjv
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Mario Vicente Riccio Filho – Orientador e Presidente da Banca – UFJF
Prof. Dr. Heraldo Nunes Pitanga – Membro Titular Interno – UFJF
Prof. Dr. Fernando Henrique Martins Portelinha – Membro Titular Externo – EESC – USP
Prof. Dr. Marcio Marangon – Membro Titular Externo – UFJF