Na segunda reportagem da série sobre os cem dias da gestão “Reconstruir a UFJF”, em pauta o campus avançado de Governador Valadares, o protagonismo da Universidade na Zona da Mata Mineira e a nova política de relações internacionais na Instituição.

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O campus avançado de Governador Valadares é uma das prioridades da administração. Para o reitor Marcus David e a vice Girlene Silva, é preciso trabalhar para que o campus de GV sinta-se parte efetiva do corpo universitário e se afaste do sentimento de isolamento experimentado em outros tempos. “O trabalho que estamos fazendo junto a Governador Valadares é fundamental e prioritário para o nosso reitorado. Estamos empenhados com a importante reorganização do campus, novas estratégias de utilização dos espaços e implantação efetiva do regimento, com a criação das unidades acadêmicas. Agora, há um trabalho concentrado forte para tentarmos retomar a obra do campus, em função de uma perspectiva política nova que surge”, afirma o reitor.

Segundo Girlene, é primordial que as políticas aplicadas pela Universidade cheguem em sua plenitude ao campus de Governador Valadares e promovam a integração das comunidades acadêmicas dos dois campi. “Todas as ações que temos tomado alcançam, diretamente, Valadares. Somos, todos, uma coisa só”, argumenta.

UFJF consolida protagonismo na Zona da Mata mineira
Pela primeira vez na história, a UFJF irá receber delegações olímpicas, que irão treinar nas dependências da Faculdade de Educação Física e Despostos (Faefid). Ao todo, nove delegações, de oito países (Canadá, China, Egito, Eslováquia, Estados Unidos, Estônia, Polônia e Catar) devem usufruir das instalações da Faefid. A Universidade também se fez presente na 1ª Bienal do Livro de Juiz de Fora, com um estande que, além de atrair um publico diversificado, expôs parte de sua produção acadêmica.

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Para reitor Marcus David, UFJF deve aproveitar oportunidades históricas, como a utilização de seu complexo esportivo por nove delegações olímpicas, para assumir o papel de potencializadora do desenvolvimento da Zona da Mata Mineira (Foto: Géssica Leine)

Para o reitor, além da importância histórica, estas são oportunidades para que a Universidade assuma seu papel de potencializadora do desenvolvimento na região da Zona da Mata mineira. “Temos trabalhado fortemente os sistemas de organização da segurança, sistemas de comunicação e acolhimento a essas delegações, no sentido de abrir espaço para toda a comunidade acadêmica ter possibilidades de interação com as equipes. É a Universidade cumprindo seu papel, conseguindo realizar um evento de forte impacto para a comunidade e para o desenvolvimento da região”, reitera.

O diretor de Imagem Institucional, Márcio Guerra, destaca a importância da participação ativa da Universidade em eventos de grande porte para o fortalecimento da instituição como pólo de fomentação esportiva, cultural e intelectual para a região. “É um novo patamar que a Universidade está alcançando, que não é fruto apenas da nossa gestão, é a continuidade da história de uma instituição tão importante para a cidade e para a região”.

Nova política de Relações Internacionais valoriza programas de pós-graduação e pesquisa
A participação efetiva da Universidade Federal de Juiz de Fora nas Olimpíadas Rio 2016 tem gerado bons frutos para a comunidade acadêmica. Prova disso é o curso de capacitação em língua inglesa, oferecido gratuitamente pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI) aos motoristas da UFJF. A iniciativa, que ocorreu no mês de julho, teve como objetivo preparar os profissionais para a recepção aos estrangeiros recebidos pela Universidade.

Mais de cento e cinquenta alunos da UFJF também foram diretamente beneficiados com a chegada das delegações olímpicas à Faefid. Eles tiveram a oportunidade de participarem de um treinamento e estão trabalhando como attachés – representantes das relações internacionais da Universidade – durante a estadia das equipes. “Estamos preparando mais de duzentos alunos voluntários, para que possam receber estes atletas e fazer o trabalho de attaché, que é uma função diplomática. Fizemos encontros com estes alunos, de formação e preparação, e eles, ao final, receberão certificados”, explica a diretora de Relações Internacionais, Bárbara Daibert.

Mas a atual política de internacionalização da Universidade não se restringe às iniciativas voltadas para as Olimpíadas do Rio. Como explica Bárbara, o processo engloba projetos que atendem a diversas demandas, como a tradução do site oficial da instituição, a reestruturação do programa Idioma Sem Fronteiras e, principalmente, a expansão dos programas de pós-graduação. “Temos procurado ver quais os critérios que temos que cumprir para a internacionalização destes programas e tentado cumpri-los, gerenciá-los, para que os programas, dentre outras coisas, subam a nota na Capes”.

“Este é um elemento-chave para uma mudança de conceito na Capes. Os professores podem ter uma excelente

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Criação de uma plataforma com informações institucionais referentes aos laboratórios da UFJF  é um dos investimentos para o fomento de planos de pesquisa e estratégias de financiamento (Foto: Géssica Leine)

produção, mas se eles não estiverem ligados a redes de pesquisa internacionais e se este intercâmbio não for um movimento efetivo, de troca e participação em projetos de pesquisa conjuntos, em convites para dar aulas fora, em produtos e processos em conjunto com universidades estrangeiras, os programas vão patinar e não vão conseguir avançar”, acrescenta Mônica de Oliveira, pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa.

Outra novidade é a criação do Censo Laboratórios, uma plataforma que criará informações institucionais referentes aos laboratórios da UFJF, com estatísticas a respeito de seu funcionamento e produção, além de dados que englobam todos os pesquisadores envolvidos. “Este é um senso grande, cujas informações vão gerar um enorme banco de dados, que serão disponibilizados para a comunidade científica, com o intuito de fomentar planos de pesquisa e estratégias de financiamento”, afirma Mônica.

Veja a primeira reportagem da Série “Cem dias”: Transparência e Responsabilidade Fiscal