Na quinta reportagem da série, o destaque é para o balanço dos trabalhos da Diretoria de Relações Internacionais.
O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) estabeleceu para a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) as metas de ampliar os intercâmbios acadêmicos docente, discente e técnico; além de criar os meios institucionais para o estabelecimento de parcerias externas; e viabilizar a reciprocidade da mobilidade internacional nos três segmentos. “Nesse sentido, 2019 foi um ano de grande proeminência das pautas de internacionalização da UFJF. A articulação institucional e o suporte da administração central foram decisivos para conquistarmos expressivos avanços nessa área”, afirma a diretora de Relações Internacionais da Universidade, Bárbara Daibert.
A partir da redação do plano institucional de internacionalização, que balizou a implementação de projetos como o Laboratório de Internacionalização (Labint), o Programa Mais Idiomas e o Programa de Mobilidade Internacional Docente (Promid), a internacionalização passou a configurar-se como uma meta estratégica da gestão. “Esses novos projetos, aliados aos já consolidados Programas de Intercâmbio, Idiomas sem Fronteiras e Global July Program, nos permitiram construir um conjunto de ações de internacionalização capazes de retroalimentarem-se de maneira sinérgica, abrindo caminho para avanços ainda maiores em direção a uma UFJF mais diversa e global”, continua Bárbara.
Acordos Internacionais
Embora seja uma área de manejo complexa e repleta de nuances, um bom desempenho nela reflete o sucesso e consistência da gestão da internacionalização, visto que os acordos internacionais são os principais pilares de uma política institucional internacional consistente e eficaz.
Segundo a diretora, graças às ações de engajamento com o corpo docente e especialmente à participação em feiras internacionais, foram mantidos avanços importantes nessa área. “A grande expansão do ano passado sofreu uma desaceleração devido ao maior foco em parcerias estratégicas, ou seja, na busca de acordos com universidades de perfil compatível com as demandas da internacionalização da UFJF e no aprofundamento de parcerias já existentes, com o estabelecimento de outros meios de cooperação”.
A Universidade chegou, em 2019, ao expressivo número de 114 acordos internacionais ativos. O índice é 112% maior do que o do ano anterior e 308% superior àquele verificado no início da atual gestão da reitoria, em 2016, quando a UFJF possuía 37 acordos ativos.
Acordos Bilaterais
Os acordos bilaterais são os principais instrumentos de formalização de ações internacionais, que se manifestam por meio da criação de parcerias entre duas universidades, por meio de ações como pesquisa conjunta, intercâmbio de alunos e pessoal acadêmico, participação conjunta em editais, acesso a linhas de fomento internacional, dentre outras.
“Neste ano”, aponta Bárbara, “continuamos o trabalho de aumentar as parcerias estratégicas através da formalização de novos acordos – muito devido à participação em diversas conferências de educação internacional – e também pudemos garantir a continuação e aprofundamento dos acordos firmados nos anos anteriores. O engajamento do corpo docente, cuja procura pela assessoria da DRI aumentou de maneira relevante, também se mostrou um fator determinante para o bom desempenho nesse indicador, especialmente com a expansão do Global July e a consolidação do Fórum de Internacionalização”.
A UFJF possui, atualmente, 93 acordos bilaterais, sendo 21 deles fechados em 2019; outros 20 seguem sendo negociados. Somente através dos acordos bilaterais firmados, a Universidade recebeu, em 2019, 26 estudantes estrangeiros, vindos de nove países distintos.
Acordos de Cotutela
Os acordos de Cotutela formalizam uma atividade semelhante à de co-orientação, na qual dois orientadores de instituições distintas supervisionam a redação de uma dissertação ou tese, com a diferença de que à conclusão das atividades previstas são outorgados dois diplomas, sendo um por cada instituição signatária do acordo. Por esta razão, essas propostas geralmente surgem de parcerias consolidadas, existindo uma sólida relação de confiança entre os orientadores e as instituições envolvidas.
Conforme explica a diretora de Relações Internacionais, embora essa característica torne o acordo de Cotutela um instrumento relativamente complexo, ela também elimina todos os entraves relacionados ao reconhecimento de títulos, facilitando o exercício dos direitos decorrentes do grau obtido nos dois países envolvidos. “Além disso, as teses e dissertações redigidas sob esse regime frequentemente resultam em publicações internacionais em idioma estrangeiro, dando maior projeção à produção acadêmica de ambas as instituições, o que melhora o desempenho nos rankings acadêmicos e, consequentemente, o acesso a linhas de fomento internacionais”.
Por esses motivos, os acordos de Cotutela são considerados a mais complexa das parcerias internacionais em educação, com grande potencial de impacto nos indicadores de Internacionalização. Na UFJF, a DRI já auxiliou no estabelecimento de quatro acordos de cotutela no ano de 2018. “Neste ano, estamos com mais três em tramitação. Graças à difusão ostensiva de informação sobre essa modalidade de acordo internacional, no ano de 2018 assessoramos diversas parcerias”, ressalta Bárbara.
Acordos Multilaterais
No intuito de causar maior impacto internacional, as instituições educacionais vêm adotando a prática de associarem-se em redes universitárias com temáticas ou fins específicos, como a Rede Estigma, o Grupo Tordesilhas e o Projeto Estigma, entre outros. A UFJF possui, atualmente, 13 acordos multilaterais em vigência, com temáticas que variam desde o estigma de drogas até o Cinema e o Audiovisual.
GCUB
Para a diretora, dentre as redes universitárias das quais a UFJF faz parte, merece destaque o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras. Trata-se de uma rede luso-brasileira que promove diversas ações de internacionalização para as instituições parceiras.
Dentre essas ações, a UFJF passou a participar dos programas Bracol (de mobilidade entre Brasil e Colômbia) e Bramex (de mobilidade entre Brasil e México), para alunos de graduação. As vagas nesses países são negociadas pelo Grupo Coimbra com associações universitárias locais, feito que seria impossível para uma instituição isolada, confirmando o maior poder de negociação das redes universitárias.
A adesão ao Programa foi possível graças à articulação entre a DRI e a Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae), que reservou cinco vagas na Moradia Estudantil para os estudantes internacionais provenientes desses programas, além de alimentação subsidiada no Restaurante Universitário. Como contrapartida, os alunos da UFJF que participarem desse Programa na Colômbia ou no México receberão os mesmos auxílios, ou uma bolsa mensal equivalente. “Esse Programa promove uma maior integração regional e tem o potencial para criar parcerias estratégicas com países de realidades sociais e políticas semelhantes às do Brasil”, argumenta a diretora.
Intercâmbio
Em 2019, a UFJF lançou dois editais de seleção para intercâmbio internacional “Outgoing”: em março o edital do Programa de Intercâmbio Internacional do Colégio de Aplicação João XXIII (Pii-João) ofereceu 25 vagas para alunos do Colégio de Aplicação ficarem até um mês na instituição dinamarquesa parceira, a Mariagerfjorg Gymnasium, com 10 bolsas. Em outubro, foi a vez do o edital do Programa de Intercâmbio Internacional de Graduação (Piigrad), que ofereceu 203 vagas de destino, para instituições de diversos continentes, sendo 20 delas com bolsa. A DRI ainda contribuiu com a execução do edital de Bolsas Santander Ibero-Americanas para alunos de graduação.
Como informa Bárbara, quanto ao processo seletivo para o Piigrad, foi revista a fórmula para o cálculo do IRA relativo dos alunos, com apoio do Departamento de Estatística da UFJF. “O edital foi reformulado, buscando aumentar a transparência e a objetividade do processo seletivo”.
PROMID
Concebido com o objetivo de promover a internacionalização do currículo na UFJF – fator imprescindível para a atração de estrangeiros e internacionalização em casa – o Programa de Mobilidade Internacional Docente (Promid) teve seu primeiro edital de seleção lançado em dezembro de 2018.
A seleção foi concluída em janeiro de 2019, com cinco professores aprovados para participar do Academic English Immersion Program, na Temple University. “No decorrer do ano, conseguimos a liberação de mais duas bolsas, permitindo o envio de um total de sete docentes”, acrescenta a diretora.
Ao retornarem, os docentes deverão oferecer disciplinas regulares de graduação ou pós-graduação por pelo menos três semestres, e contarão com o suporte da DRI para implementação desses cursos. Paralelamente, está sendo preparada uma nova edição do Programa, novamente com o apoio da Temple University, cujo edital de seleção tem a expectativa de ser lançado ainda em dezembro de 2019.
Programa de Mobilidade Internacional para TAEs
No intuito de viabilizar a meta de internacionalização nos três segmentos, a DRI iniciou negociações para o lançamento de um edital de mobilidade internacional para os Técnico-administrativos em Educação (TAEs) da Instituição, em articulação com a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas.
Novamente em parceria com a Temple University, será oferecido um programa de oito semanas com cursos de inglês para melhorar a proficiência linguística do corpo técnico. Adicionalmente, os TAEs da UFJF poderão acompanhar as atividades de rotina dos funcionários da Temple University, ”de maneira a adquirir experiência e bagagem técnica para melhorar a interação com instituições, alunos e professores estrangeiros, capilarizando o processo de internacionalização da UFJF”, enfatiza Bárbara.
O formato do processo seletivo e os critérios de seleção ainda estão em negociação com os setores interessados, mas há expectativa de lançamento do primeiro edital para janeiro de 2020.
Estudantes-convênio
No dia 11 de março (primeiro dia letivo de 2019), a DRI, em nome da Universidade Federal de Juiz de Fora, deu as boas-vindas para cerca de 50 alunos estrangeiros, por meio do evento Orientation Day. A iniciativa foi organizada em parceria com o Projeto Buddy, com o intuito de integrar os alunos recém-chegados à Universidade e à Juiz de Fora. “O atendimento não se limitou aos estrangeiros estudantes da UFJF, uma vez que estudantes estrangeiros de outras instituições manifestaram interesse na transferência para a UFJF”.
Ainda no primeiro semestre, a Diretoria realizou uma reunião com os coordenadores de cursos dos campi Juiz de Fora e Governador Valadares, esclarecendo dúvidas quanto à oferta de vagas para o Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), culminando com a ampliação de vagas no campus Juiz de Fora e com a inédita e expressiva oferta de vagas em Governador Valadares. “Trata-se de um grande passo para o desenvolvimento do Programa também no campus GV que, com essa iniciativa, já receberá um estudante do Gabão, selecionado para cursar Ciências Contábeis, em 2021”.
Em julho, a DRI lançou o edital de seleção do Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes) 2019. Foram oferecidas cinco bolsas, com o valor de R$ 622,00 e duração de um ano. Segundo Bárbara, o projeto foi acrescido dos pontos identificados como importantes pela equipe da Diretoria e da Proae no ano anterior, “enfatizando o valor da dedicação e da busca constante do enriquecimento acadêmico e visando um resultado mais justo para os estudantes envolvidos. Com massiva participação, as vagas foram totalmente preenchidas”.
Outra demanda dos estudantes desses programas que também foi atendida pela DRI refere-se à documentação para renovação de vistos dos alunos que já estudam na UFJF, assim como a expedição de Carta de Aceite para os novos estudantes do Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG).
Por fim, na ocasião de elaboração da Resolução da bolsa Mais Idiomas e de seu edital, a DRI decidiu incluir também os estudantes-convênio, “sendo que, na primeira edição do projeto, realizada no ano de 2018, um estudante namibiano foi aprovado como professor-bolsista para atuar no projeto e na segunda edição foi aprovada uma estudante haitiana”, acrescenta a diretora.
Programa de Alianças para a Educação e Capacitação
O Programa de Alianças para a Educação e Capacitação é gerenciado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), em parceria com o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras. Anualmente, a UFJF recebe cinco alunos de pós-graduação, distribuídos por sistema de rodízio entre os programas de Pós-Graduação. “Os estudantes selecionados são contemplados com Bolsas de Mestrado ou Doutorado, conforme o Programa ao qual forem vinculados”, explica Bárbara.
No ano de 2019, a UFJF recebeu três alunos do Haiti e do Peru, sendo que já contava com outros cinco cursando pós-graduação por meio deste Programa.
Proafri
A partir de 2018, também por intermédio do Grupo Coimbra, a UFJF passou a oferecer vagas para o Programa de Formação de Professores de Educação Superior de Países Africanos (Proafri), que oferece capacitação a docentes Moçambicanos em universidades brasileiras. Os selecionados são contemplados com bolsa de Mestrado ou Doutorado, conforme o Programa ao qual forem vinculados. “Em 2019, recebemos dois mestrandos: um no programa de Comunicação e outro no de Matemática”.
IMACS
Em 2019, a UFJF recebeu os primeiros alunos da rede International Master of Audiovisual and Cinema Studies (IMACS), à qual a Universidade se aliou em 2018, por intermédio do Programa de Pós-graduação em Artes, Cultura e Linguagens (Ppgacl). “Quatro alunos de três países e instituições realizaram parte de seu curso de mestrado aqui na UFJF. Por sua vez, uma aluna do Ppgacl cursou parte de sua formação na Ruhr-Universität Bochum , na Alemanha, graças a essa parceria”.
Outras ações
No que se refere à mobilidade receptiva, além da interface com alunos internacionais, a DRI também presta assessoria em questões migratórias a toda a comunidade acadêmica. Este trabalho foi especialmente importante neste ano de transição de governo e mudança nos procedimentos administrativos.
Segundo Bárbara Daibert, a consultoria da DRI contribuiu de maneira decisiva para viabilizar a continuidade de editais de recrutamento de professores visitantes internacionais e visitantes internacionais de curta duração, “bem como para manter o status migratório regular de nossos estudantes estrangeiros de pós-graduação e bolsistas pós-doc. Também auxiliamos a Propp em seus editais de recepção de estudantes de Doutorado Sanduíche Reverso”, completa.
No plano interno da Universidade, em abril as pró-reitorias de Graduação (Prograd) e de Pós-graduação e Pesquisa (Propp), em conjunto com a DRI, publicaram, a Portaria Conjunta nº 001/2019. O documento regulamenta a matrícula e os demais procedimentos internos voltados aos estudantes estrangeiros na UFJF. Para a diretora, “trata-se de uma grande conquista, que permitiu simplificar e uniformizar os procedimentos, deixando-os mais transparentes e acessíveis tanto para o aluno internacional, quanto para os demais setores da UFJF”.
Bárbara acrescenta que, independente das perspectivas complexas para a questão migratória no Brasil, em 2019 a DRI mostrou, através de suas ações, seu compromisso de assessorar e facilitar a recepção de estrangeiros na UFJF, com respeito aos Direitos Humanos e obediência aos parâmetros legais mais atualizados, “o que tem permitido um aumento consistente dos números de intercambistas em nossa Instituição”.
Núcleo de Apoio ao Intercâmbio (NAI)
O Núcleo de Apoio ao Intercâmbio (NAI) foi estabelecido em 2019 na Diretoria de Relações Internacionais para acompanhar, complementar e potencializar a experiência do aluno intercambista, por meio de atividades criadas e desenvolvidas por alunos ou pelo próprio Núcleo. O NAI se ocupa das atividades que apoiam os programas de intercâmbio, tanto o Outgoing, como o Incoming.
Além de reunir as atividades já existentes e criar novas ações, a iniciativa também abarca propostas de estudantes, geralmente ex-intercambistas, estabelecendo um modo de parceria com o proponente em que pode abonar, sugerir ajustes, gerir em conjunto ou supervisionar. “Este Núcleo leva para o âmbito dos projetos discussões políticas, culturais e artísticas dos países frequentados, como também cria condições e canais para que os alunos participantes de intercâmbio, sobretudo os bolsistas da UFJF, possam dar um retorno da experiência internacional vivenciada e financiada com o erário público”, argumenta a diretora.
Em 2019, foram selecionados projetos já existentes que se encaixam na proposta (Projeto Buddy; parceria com a ONG Em Rede; evento Piigrad Chat) como também foram idealizadas outras atividades (Projeto Iaasa; Projeto Extensão; Galeria Mundi) para compor o catálogo de projetos pertencentes ao NAI.
Política Linguística
Neste ano, a DRI deu seguimento à decisão ocorrida no ano anterior de reunir todas as ações da UFJF que têm como objeto a disseminação de estudos de línguas estrangeiras sob uma única diretriz de política linguística, coordenada pela Diretoria, a fim de harmonizar as atividades já existentes com novas iniciativas. Os programas que continuaram incorporados ao catálogo de atividades que compõem a política linguística da UFJF são: O Projeto de Universalização da Oferta das Línguas Estrangeiras (PU), O Idiomas sem Fronteiras (ISF) , e o Projeto Boa Vizinhança e Língua Estrangeira para Terceira Idade. Além destes, como informa a diretora de Relações Internacionais, em 2019, a DRI inaugurou outros dois projetos, “vertentes essenciais para a expansão da nossa internacionalização: Projeto Labint e Projeto Mais Idiomas.
Idiomas Sem Fronteiras (IsF)
O Programa é fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Educação (MEC), a Secretaria de Educação Superior (SESU) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e seu principal objetivo é incentivar o aprendizado de outras línguas e propiciar uma mudança abrangente e estruturante no ensino de idiomas estrangeiros nas universidades do país.
A iniciativa abrange diferentes tipos de apoio à aprendizagem das línguas inglesa, espanhola, francesa, italiana, alemã e de português para estrangeiros. “Importante ressaltar que, em maio de 2019, o MEC suspendeu todas as bolsas Capes dos bolsistas de inglês, o que interrompeu a oferta desse idioma na Instituição pelo IsF. Foram também interrompidas as aplicações de provas TOEFL. A Universidade Federal de Juiz de Fora, entretanto, manteve os bolsistas dos demais idiomas através de resolução própria, aprovada em 2017, e pudemos ofertar durante 2019 um total de 90 cursos: quatro de Italiano; 75 de Inglês; dois de Alemão; cinco de Francês; dois de Espanhol; e dois de Português para estrangeiros”, pontua a diretora.
Internacionalização em casa
O Global July Program (GJP) é uma iniciativa pioneira da UFJF, que teve sua edição piloto em 2017. Consiste em um Programa que oferece cursos de curta duração em todas as áreas do conhecimento, completamente ministrados em língua estrangeira. Os objetivos principais são fornecer um ambiente de internacionalização em casa para os alunos, além de atrair um número cada vez maior de estudantes internacionais, aumentando assim a visibilidade da Instituição. “Ademais, este Programa é capaz de reforçar parcerias de nossos docentes com professores internacionais, fazendo surgir novos acordos e projetos de pesquisa conjunta”, acrescenta Bárbara.
A terceira edição ocorreu entre os dias 8 de julho e 9 de agosto de 2019, apresentando relevante expansão, ainda maior do que a vista no ano anterior. O número de cursos ofertados aumentou de 36 para 63, e o de professores externos à UFJF subiu de 13 para 35. “Em grande parte, o aumento se deu graças ao edital de financiamento da vinda de professores visitantes de curta duração, lançado em parceria com a Propp. Também como resultado deste edital tivemos 28 disciplinas de pós-graduação oferecidas dentro do Global July”, justifica a diretora.
O Global July GV também contou com significativo desenvolvimento, ofertando 7 cursos presenciais, sendo três transmitidos em tempo real do campus-base e dois online, na plataforma Google Classroom. “Tivemos ainda um curso ministrado em alemão, diversificando a oferta de idiomas do Programa”.
As inscrições também aumentaram significativamente, passando de cerca de 700 inscrições de alunos da UFJF, em 2017, e 900 em 2018, para cerca de 1000, em 2019. O número de estudantes internacionais também apresentou constante evolução: de 23 e 26 em 2017 e 2018, respectivamente, para 38 em 2019. “Expandimos o número de side events (eventos paralelos), que foram sete neste ano, sobre os mais diversos temas”.
Devido ao sucesso do ano passado, também foi incorporado ao Global July de 2019 o evento do Cultura Sem Fronteiras e o Orientation Day do Setor Incoming, oferecendo para os alunos e alunas intercambistas um ambiente descontraído e multicultural, propiciando oportunidades únicas de interação.
Fórum de Internacionalização
Durante 2019, foram realizadas três reuniões do Fórum de Internacionalização – espaço de divulgação das ações de internacionalização na UFJF – nos dias 8 de abril, 10 de junho e 18 de novembro.
Em abril, foram prestados esclarecimentos sobre as competências da DRI, o Programa PEC-G e o estabelecimento de acordos internacionais. Também foram abordadas novidades dos programas Global July, Promid e Labint.
No encontro de junho, foram apresentados os resultados da participação da UFJF na Conferência Nafsa, e tiradas dúvidas sobre o Global July, que se iniciaria no mês seguinte. Em novembro, foram discutidas as perspectivas para 2020, especialmente as relativas ao Global July e ao Promid.
“Com isso”, aponta a diretora, “o Fórum de Internacionalização consolidou-se como um importante espaço de difusão da cultura da internacionalização na UFJF, passando a compor a estratégia de divulgação e reflexão das ações da DRI”.
Missões
Tanto nacionais quanto internacionais, as missões cumpridas pela DRI permitem a atualização sobre o cenário da internacionalização da Universidade em nível mundial, auxiliando no tratamento dos desafios comuns às demais instituições, além de atender a objetivos específicos, como a busca de parcerias estratégicas e a ampliação da possibilidade de obtenção de vagas e oportunidades para a comunidade acadêmica da UFJF. “Além disso, essas missões são uma maneira de dar visibilidade à UFJF, de divulgá-la e de ter contato com representantes de instituições parceiras”.
Assessoria Internacional
Um dos papéis centrais da DRI é realizar a assessoria internacional da UFJF, colaborando com a implementação de iniciativas de internacionalização, segundo os padrões internacionais mais recentes e com respeito ao panorama normativo local. “Neste ano, houve expressivas ações de internacionalização que contaram com o apoio da DRI para se concretizarem”, afirma Bárbara.
Perspectivas
De acordo com a diretora de Relações Internacionais da Universidade, foram implementadas todas as ações programadas para 2019 e os números e dados apresentados demonstram os frutos da implementação de uma política séria de internacionalização na UFJF. “Esperamos que, a partir de 2020, o processo possa acelerar-se, sempre de forma reflexiva, e contribuindo para a manutenção de padrões de excelência no ensino, pesquisa e extensão de uma universidade pública, gratuita e de qualidade”.
Cumprindo seu papel de assessoria internacional da UFJF, a DRI reitera o compromisso com a internacionalização da instituição em todos os níveis. “Continuamos contando com a contribuição de todos que compartilham dessa visão para que possamos difundir ainda mais a cultura da internacionalização em nossa comunidade acadêmica”, finaliza.
Outras informações: (32) 2102-3389 – Diretoria de Relações Internacionais