Dando continuidade à série de entrevistas com a equipe administrativa que compõe a nova estrutura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), serão apresentadas a seguir algumas propostas da pró-reitora de Recursos Humanos, Gessilene Zigler Foine. A equipe de Comunicação da UFJF conversou com ela sobre os principais desafios do cargo e as primeiras diretrizes definidas para a pasta. O objetivo da série é mostrar de forma transparente a toda comunidade universitária o que pensa e como pretende atuar cada integrante da equipe indicada pelo reitor Júlio Chebli e pelo vice Marcos Chein.
Gessilene é graduada em Medicina pela UFJF, com pós-graduação em Clínica Médica, Gastroenterologia e Administração Hospitalar. É médica do município de Juiz de Fora e servidora pública federal da UFJF, cargo de médico-perito. É professora de Recursos Humanos em Saúde do Curso de Pós-Graduação em Administração Hospitalar do Hospital Universitário. Foi Pró-Reitora de Recursos Humanos da UFJF no primeiro mandato do reitor Henrique Duque e Secretária de Assuntos Administrativos e gestora do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass) no segundo mandato de Duque.
– A senhora já foi pró-reitora de Recursos Humanos no primeiro mandato do ex-reitor Henrique Duque. Nos últimos quatro anos a UFJF cresceu muito, inclusive no número de servidores concursados. Hoje os desafios são os mesmos de quatro anos atrás?
– Não. Os desafios, com certeza são muito maiores do que os de quatro anos atrás. Se a Universidade dobrou de tamanho, os desafios também dobraram. Neste período de quatro anos que eu fiquei fora da Pró-reitoria de Recursos Humanos, tivemos a criação do Campus de Governador Valadares que acaba sendo um desafio extra dentro do trabalho que eu comecei a executar.
– Na área de recursos humanos, o Proquali – Programa de Apoio à Qualificação Profissional – foi uma das prioridades do ex-reitor Henrique Duque. Quais serão as diretrizes agora nesta área de qualificação? Serão criados novos programas ou o Proquali tende a crescer?
– A tendência do Proquali é de crescimento porque a Universidade cresceu e este programa tem que acompanhar. Nós temos o compromisso dos professores Júlio Chebli e Marcos Chein de investir no Proquali como a política de capacitação de excelência da UFJF. Já estamos pensando numa forma de diminuir a burocratização do processo de adesão ao programa, que realmente é bem complexo. Ainda dentro do Proquali, queremos dar uma atenção especial a Governador Valadares, onde nós temos um grupo – principalmente de professores – que por uma questão regional, não têm ainda formação completa em Mestrado e/ou Doutorado. Por isso, estamos pensando realmente em investir no Proquali e transformá-lo em um programa de excelência como já tem sido.
– Nos últimos anos foram realizados vários concursos. Qual a expectativa para os próximos quatro anos?
– A nossa visão é que deverá haver uma desaceleração nestes processos de concursos, a partir do momento que as grandes entradas de funcionários – tanto técnicos quanto professores – foram por programas que já estão preenchidos, como por exemplo o Reuni, inicialmente; a implantação do Banco de Professor Equivalente; e a criação do Campus de Governador Valadares, quando aconteceram entradas em grandes volumes de funcionários, em um período curto de tempo. Agora, nós entendemos que estas contratações vão entrar em um ritmo regular, de rotina, sustentado pelo Banco de Professores Equivalentes, que se autocontrola, ou seja, o que ele vai gerando de vagas de professores nós vamos cobrindo com os concursos, além do quadro de referência dos Técnicos Administrativos em Educação que também funciona da mesma forma: você abre um concurso a partir do momento que sai alguém. Dentro desta lógica, se não surgir nenhum programa novo do Governo federal, teremos uma estabilidade em relação a novos concursos.
– Um das preocupações dos funcionários da UFJF é a manutenção do Plano de Saúde, com valores acessíveis e de qualidade. O que a senhora tem a dizer sobre este assunto? Existem outras ações da Universidade voltadas para a saúde do servidor?
– Em relação ao plano de saúde, a nossa lógica é tentar mantê-lo com a maior qualidade possível pelo menor custo. E a UFJF tem sido vitoriosa nesta implantação. Vamos continuar negociando duramente para manter o plano com o menor valor possível dentro destes reajustes que têm que ser feitos anualmente. Ainda dentro da política de saúde do servidor, estamos trabalhando agora com a linha de prevenção. O Conselho Superior da UFJF já aprovou o Pró-Vida – Programa de Qualidade de Vida do Trabalho pelo qual estão sendo implantadas várias ações no sentido de prevenção do adoecimento. Esta já é uma forma de a Universidade investir no servidor antes que a doença aconteça. Ao mesmo tempo, a UFJF vai criar as Unidades de Pronto Atendimento nos campi de Juiz de Fora e Valadares, para atender todas as questões de urgência. Estas unidades vão disponibilizar consultas de urgência, pequena e média complexidade, e pequenos procedimentos como suturas, curativos e vacinas. Haverá uma equipe constituída de médicos generalistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Em termos de saúde para o servidor, nossa proposta é completa: prevenção, por meio do Pró-vida, acompanhamento, por meio do Plano de Saúde, e urgência e emergência a partir da criação das Unidades de Pronto Atendimento.
– Para finalizar, qual será o grande desafio da Pró-reitoria de Recursos Humanos?
– O grande desafio, que não é somente da Pró-reitoria de Recursos Humanos, mas para a área de gestão de pessoas como um todo, é você conseguir conciliar atendimento aos servidores com qualidade, competência, profissionalismo, tecnicamente impecável e, ao mesmo tempo, associar a isto um atendimento humanizado, com acolhimento e atenção individualizada. Então eu acho que o grande desafio nosso é exatamente conseguir conciliar estes fatores. Se a gente imaginar que a Universidade dobrou, o trabalho vai ser dobrado para conseguirmos fazer isso da forma que desejamos.
Outras informações: (32) 2102-3967 (Diretoria de Comunicação)
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