
Os religiosos farão uma apresentação dos cantos multifônicos de inspiração budista conhecidos como zokkay (Foto: Divulgação)
Na próxima terça-feira, 17, o Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebe um grupo de cinco monges tibetanos do Monastério Drepung Loseling, na Índia, além do representante diplomático do XIV Dalai Lama no Brasil, Jigme Tsering.
Os religiosos farão uma apresentação dos cantos multifônicos de inspiração budista conhecidos como zokkay – caracterizados por uma prática vocal única em que cada um dos monges entoa três notas simultaneamente, criando um acorde completo. Os cantos serão acompanhados por instrumentos tradicionais do Tibete como tipos particulares de trombetas, cornetas, gongos, tambores, conchas e sinos. Parte da turnê internacional “A arte sagrada do Tibete”, promovida pela Tibet House Brasil e pelo Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB), a exibição terá início às 19h, no Anfiteatro I do ICH e será seguida por uma palestra com o tema “Por que precisamos uns dos outros”. O evento é gratuito e aberto ao público. Não é necessário fazer inscrição.

Professora Cecília Simões, do Departamento de Ciência da Religião, à frente da acolhida à apresentação dos monges (Foto: Arquivo pessoal)
“Resolvemos acolher essa apresentação porque é um evento único, muito significativo dos pontos de vista cultural e artístico”, conta a professora Cecília Simões, do departamento de Ciência da Religião. Ela conta que a Universidade foi procurada pelos monges por oferecer um curso de graduação em Ciência da Religião, além de manter um núcleo de estudos orientais, focado em religiões e filosofias da Índia, o NERFI.

Para o professor Arnaldo Huff, a música é como experiência espiritual nas tradições da Índia e do Tibete (Foto: Arquivo pessoal)
“Nas tradições da Índia, o som e o canto têm um lugar fundamental”, diz o professor também do departamento de Ciência da Religião. “Basta pensar, por exemplo, no mantra OM como uma vibração primordial do universo”. Ele explica que o canto multifônico dos monges tibetanos serve, como em outras tradições, para produzir uma atmosfera de sensações, conduzindo a estados de bem-estar e de concentração, e facilitando o equilíbrio e o contato com o sagrado. “A música nunca é, na verdade, apenas um meio; ela é em si um modo de experiência estético-religiosa”, define.
A arte sagrada do Tibete
Data: Terça, dia 17 junho, às 19h
Local: Anfiteatro I do Instituto de Ciências Humanas (ICH), Campus da UFJF
Entrada gratuita. Não é necessário fazer inscrição.
Outras informações: Centro Acadêmico de Ciência da Religião