Laura Moreira (segunda à esquerda), 17, e familiares: estudante precisou do atendimento especializado após passar por cirurgia de retirada do apêndice (Foto: Carolina de Paula/UFJF)

Mais de 700 estudantes recebem atendimento especializado na edição 2024 do Programa de Ingresso Seletivo Misto da Universidade Federal de Juiz de Fora (Pism/UFJF). O serviço, oferecido pelo Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI), atende pessoas com deficiência ou outras necessidades. Os alunos, acompanhados por seus familiares e demais acompanhantes, podem contar com o apoio do NAI nos campi da UFJF em Juiz de Fora e Governador Valadares, nos dois dias de realização das provas: sábado, 9, e domingo, 10. 

Nádia Faria: “a atenção especializada aos candidatos do Pism que tenham alguma necessidade especial possibilita o ingresso” (Foto: Carolina de Paula/UFJF)

No campus Juiz de Fora, os candidatos atendidos pelo NAI fazem as provas nas faculdades de Odontologia, Economia, Enfermagem e Farmácia. Para atender à demanda de solicitações, 345 fiscais receberam treinamento para o atendimento especializado do Pism. De acordo com a coordenadora do NAI, Nádia Faria, a UFJF presta atendimento especializado não somente a pessoas com deficiência, mas também a lactantes e pessoas com diabetes, dificuldades de locomoção e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), entre outros casos. 

“A gente entende que a política de inclusão da Universidade não pode existir só para a permanência do estudante: entendemos que essa atenção especializada aos candidatos do Pism que tenham alguma necessidade especial possibilita o ingresso dessas pessoas”, avalia Nádia Faria. 

Acolhimento 

Para Edivaldo Cardoso, 34, o atendimento especializado torna a UFJF mais inclusiva (Foto: Carolina de Paula/UFJF)

Aluno do 2º ano do Ensino Médio, Edivaldo Cardoso, 34, solicitou o atendimento especial para fazer as provas do Pism II. Natural do distrito de Taruaçu, em São João Nepomuceno, o candidato conta que terminou de cursar o Ensino Fundamental aos 17 anos, mas teve que abandonar os estudos para contribuir com as despesas domésticas. Em 2019, o estudante ficou tetraplégico após sofrer um acidente de moto. 

Mesmo após o acidente, Cardoso não abdicou da vontade de retomar os estudos e pretende ingressar no curso de Serviço Social. Para o candidato, o atendimento especializado torna a UFJF mais inclusiva. A experiência de prestar vestibular seriado na Universidade tem sido a melhor possível, de acordo com o estudante.

“Alguns acham que aquelas pessoas com alguma deficiência não são capazes de conseguirem vir fazer as provas ou, até mesmo, de cursar uma graduação na UFJF. Isso não existe aqui. Quando a gente chega na Instituição, nós recebemos todo o apoio da equipe do NAI. Tudo é adaptado para atender a todas as nossas necessidades e isso tem sido de grande importância”, conta. 

Já a estudante Laura Moreira, 17, precisou do atendimento especializado após passar por uma cirurgia de emergência de retirada do apêndice. Familiares relataram que a jovem se queixou de dores na região abdominal e, ao chegar no hospital, foi constatada uma infecção no órgão. 

Em um primeiro momento, Laura teve medo de perder as provas. Mas sua irmã consultou o edital do Pism e constatou que o atendimento especial poderia ser solicitado. 

“Então minha mãe mandou um e-mail e logo depois eles responderam. Foi super rápido. Quando eu notei que poderia perder o Pism, chorei muito. Mas felizmente deu tudo certo”, conta a aluna que está confiante e pretende ingressar no curso de Arquitetura e Urbanismo. 

Em família

O candidato Arthur de Souza, 17, acompanhado da avó. Para o jovem, o atendimento é “fantástico” (Foto: Carolina de Paula/UFJF)

Acompanhado da avó, o estudante Arthur de Souza, 17, quer ingressar no curso de Jornalismo e sonha em se tornar repórter de televisão. O jovem recebe o atendimento especializado por ter Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Eu acho a Universidade genial. O atendimento aqui é fantástico. Fomos muito bem recepcionados”, conta. 

Segundo a avó do candidato, Imaculada Campos, o jovem sempre almejou ingressar na UFJF. Para ela, acompanhar o neto nessa jornada, significa poder vislumbrar o futuro profissional do estudante. 

“Fomos muito bem recebidos aqui. Meu neto sempre falou em ser repórter. Ele aprende tudo muito rápido e estar aqui na UFJF sempre foi o desejo dele. A Universidade é uma excelente instituição e tenho certeza de que ele se dará muito bem aqui.”

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