A pesquisa analisou os óbitos de crianças em Minas Gerais ocorridos de 2000 a 2020. (Imagem: Pixabay)

Um estudo sobre mortalidade infantil por doença respiratória infecciosa conduzido pela professora do Departamento de Nutrição do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV) Waneska Alexandra Alves foi publicado, no último dia 6 de outubro, em um dos mais importantes periódicos científicos brasileiros na área de epidemiologia, a Revista do SUS: Epidemiologia e Serviços de Saúde (RESS).

O trabalho – que também é assinado por outros seis pesquisadores – analisou as tendências de morte decorrentes de doença respiratória infecciosa em crianças com até 12 anos incompletos, em Minas Gerais, no período de 2000 a 2020. Para isso, foram utilizados dados do Ministério da Saúde disponíveis no sistema Datasus.

Dos 4.688 óbitos de crianças registrados no estado nesse período, 84,5% deles não especificam as causas e 88% são decorrentes de infecções nas vias aéreas inferiores. Os pesquisadores observaram uma “tendência decrescente” nos óbitos e também na proporção daquelas mortes provocadas por agente causador não especificado. Além disso, houve um aumento no número de óbitos provocadas por infecções virais e acometimento sistêmico em 2020.

Uma das principais conclusões do estudo é que “houve tendência de redução na mortalidade por doença respiratória infecciosa em crianças” no período analisado, inclusive em 2020, ano de incidência da pandemia de covid-19.

Com base nos dados analisados e nos resultados obtidos, os pesquisadores chamam a atenção dos serviços de saúde para a “grande presença de códigos mal definidos ou inconclusivos nas declarações de óbito”. Por isso, defendem a necessidade de “manter a efetividade das ações de saúde na população materno-infantil e qualificar os registros do Sistema de Informações sobre Mortalidade, para um melhor monitoramento da mortalidade e a realização de estudos analíticos.”

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