Abelhas desempenham papel crucial na polinização e, consequentemente, na manutenção da diversidade da flora (Foto: Silvia Xavier)

Alunos do Instituto Artes e Design (IAD) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) construíram caixas de abelha para meliponicultura e doaram ao Jardim Botânico da instituição. O intuito é que essas caixas façam parte do novo projeto em desenvolvimento no local, que envolve a criação da Trilha do Mel e do primeiro meliponário voltado exclusivamente para educação ambiental e divulgação científica da Zona da Mata mineira. Meliponário é um abrigo para a criação de abelhas, composto por caixas e outros materiais. 

Entrega dos trabalhos aconteceu na terça-feira, dia 4; ideia é que a Trilha do Mel esteja funcionando no segundo semestre (Foto: Silvia Xavier)

As caixas de abelha foram produzidas durante as disciplinas Prática de Produção I e Prática de Produção II do Bacharelado em Design, nas aulas ministradas pelas professoras Lia Paletta e Sílvia Xavier. Segundo elas, a iniciativa de doar os projetos dos alunos surgiu por meio de uma parceria com a professora do Departamento de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Ana Paula Gelli, e a servidora do Jardim Botânico, Luana Lombardi, que propuseram a construção de um meliponário. A entrega ocorreu na última terça, 4.

Ana Paula explica que a ideia é inaugurar no Jardim Botânico da UFJF um local com uma coleção viva de espécies de abelha da tribo Meliponini, conhecidas como abelhas nativas sem ferrão. Esses insetos desempenham papel crucial na polinização e, consequentemente, na manutenção da diversidade da flora e na garantia de segurança alimentar para os seres humanos. 

Os alunos utilizaram temas diversos, como caixas didáticas voltadas para o ensino de crianças, caixas específicas para a polinização de lavouras e jardins e outras com foco na produção do mel. “As expectativas foram superadas. Foi uma apresentação muito rica. Conseguimos perceber o desempenho deles e o cuidado com técnicas que os próprios apicultores usam”, ressalta Luana. O projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e tem previsão de ser inaugurado no segundo semestre de 2023.

A produção

Alunos construíram modelos de caixas didáticas voltadas para o ensino de crianças, caixas específicas para a polinização de lavouras e jardins e outras com foco na produção do mel (Foto: Silvia Xavier)

A construção das caixas começou com pesquisas e palestras sobre meliponicultura, fundamentais para que os alunos pudessem compreender o tema. “Muitos deles nunca haviam tido contato com essa temática, nem conheciam as abelhas nativas do Brasil. A partir desse primeiro contato, foram capazes de desenvolver uma série de projetos que resultaram em trabalhos excelentes”, destaca Luana.

A professora Lia Paletta também ressalta a importância do contato dos alunos com pessoas de áreas diferentes da criação, o que torna o trabalho mais completo e maduro.

Após esse primeiro contato, os estudantes partiram para as aulas práticas de criação. Na primeira modalidade, trabalharam exclusivamente com a madeira e os processos de marcenaria, por meio do Laboratório de Design (LabDesign). Já na segunda etapa, atuaram com manufatura digital, como impressão 3D e o corte a laser. As impressões 3D foram feitas pelo Núcleo de Ensaios e Virtualidades (Nuven/IAD) e o Laboratório Maker do Instituto de Ciências Exatas (LabMaker/ICE).

Ao finalizar a disciplina, as caixas foram apresentadas no Jardim Botânico. Os alunos utilizaram temas diversos, como caixas didáticas voltadas para o ensino de crianças, caixas específicas para a polinização de lavouras e jardins, e também com foco na produção do mel. “As expectativas foram superadas. Foi uma apresentação muito rica. Nós conseguimos perceber o desempenho deles e o cuidado com técnicas que os próprios apicultores usam”, ressalta Luana.

As alunas Fernanda de Castro e Ana Maria Cunha também comentaram com entusiasmo o processo de construção e a concretização da obra. “A experiência me surpreendeu muito. Foi um grande desafio sair da minha zona de conforto e mergulhar em um mundo desconhecido para mim e acredito que para a maioria dos meus colegas de sala, a meliponicultura. A proposta da disciplina me mostrou um potencial criativo que eu não sabia que existia em mim, e com certeza me diverti muito mais no processo do que pensei que seria possível,” ressalta Fernanda.

Além das caixas de abelha, o Curso de Artes e Design (IAD) está desenvolvendo a identidade visual do projeto Trilha do Mel, que será composta por diversas amostras de abelhas nativas da Mata Atlântica.

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