Em sua 31ª edição, o Boletim Informativo da Covid-19, elaborado por pesquisadores integrantes da plataforma JF Salvando Todos, demonstra que, após um período de duas semanas registrando quedas nos números de casos confirmados de infecção pelo coronavírus e de óbitos causados pela Covid-19, foi constatada uma alta nos dois indicadores em Juiz de Fora.
De acordo com os especialistas, o cenário do município ainda exige muita atenção devido à baixa adesão ao isolamento social, à circulação de novas cepas do coronavírus e ao ritmo de vacinação – ao mesmo tempo em que dados apontam que este último foi aumentado nas últimas semanas, foi constatada uma queda na média móvel de sete dias em relação à imunização, o que reforça a necessidade de seguir acelerando a aplicação de vacinas para alcançar uma cobertura ideal da população.
Aumento de casos e óbitos no intervalo de duas semanas
De acordo com dados fornecidos pela Prefeitura de Juiz de Fora, durante a 26ª semana epidemiológica (considerada entre os dias 27 de junho e 3 de julho), o município contabilizou 952 novos casos e 31 óbitos por Covid-19, representando, em relação à semana anterior (entre os dias 20 e 26 de junho), aumentos de 10,1% em casos e 3,3% em vidas perdidas. Já analisando de acordo com o intervalo de 14 dias, os dados oficiais apontam que, no dia 21 de junho, Juiz de Fora contava com 36.392 casos confirmados e 1.732 vidas perdidas; duas semanas mais tarde, em 5 de julho, os números cresceram 5,5% e 3,5% respectivamente (38.224 de casos e 1.792 de mortes registradas).
Pequena redução na média móvel de sete dias
Já a média móvel de sete dias para o número de novos casos apresentou, no dia de 5 de julho, uma pequena queda percentual de 2% em relação ao observado no dia 21 de junho, passando de 132,3 para 129,7 casos registrados na respectiva semana anterior. A média móvel de sete dias para o número de mortos também apresentou uma redução percentual de 5,1%, saindo de 3,9 óbitos registrados na semana anterior ao dia 21 de junto para 3,7 contabilizados nos sete dias anteriores ao dia 5 de julho.
Em patamar elevado, média móvel de vacinação apresenta queda
O grupo de pesquisadores também acompanha e divulga dados acerca das vacinas contra a Covid-19, cujo processo de aplicação aumentou de velocidade nas últimas semanas em Juiz de Fora. “A vacinação continua acelerada no município, mas precisa seguir acelerada nas próximas semanas para aumentarmos a cobertura vacinal da população”, afirma o pesquisador Marcel Vieira, um dos integrantes da iniciativa JF Salvando Todos, sobre os próximos passos para conter a pandemia.
O Boletim Informativo, levando em consideração a projeção populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para Juiz de Fora, aponta que 44,2% da população da cidade recebeu a primeira dose da vacina, enquanto 18,4% receberam as duas doses ou a vacina de dose única – ou seja, o último número representa a proporção de juiz-foranos que estão com a imunização completa contra a Covid-19.
A média móvel de sete dias para a aplicação das primeiras doses era de 3.079,6 nesta terça-feira, dia 6 de julho; menor do que 3.278,4, a registrada há duas semanas, em 22 de junho. Já a média móvel de sete dias para segundas doses caiu de 1.346,6 (registrada em 22 de junho) para 599,3 (contabilizada em 6 de julho). “O importante é que, mesmo com a queda, a média móvel continuou muito elevada. Por isso, concluímos que o ritmo continuou acelerado”, pondera Vieira.
Já na 26ª semana epidemiológica (27 de junho a 3 de julho) foram aplicadas 20.542 primeiras doses, 463 segundas doses e 3.617 doses únicas de vacinas, totalizando 24.622 doses aplicadas no município (aumento de 13,1% em relação à semana anterior, entre os dias 20 e 26 de junho).
A distribuição de acordo com faixa etária indica que metade dos casos confirmados em Juiz de Fora são de pessoas entre 20 e 59 anos; já em relação aos óbitos por Covid-19, 75,4% das vítimas tinham 60 anos ou mais. Os pesquisadores apontam que essa proporção está em queda, o que consideram ser um possível efeito da vacinação, visto que o grupo de pessoas idosas foi o primeiro a ser contemplado no programa de imunização.
Outras informações:
31ª edição do Boletim Informativo da Covid-19